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Música

Morre Inezita Barroso, Referência da Música Caipira Brasileira

O céu está em festa com a chegada de uma das vozes mais marcantes da música caipira.

Foto: Divulgação.

A semana começou mais triste para a música caipira brasileira. Morreu neste domingo (8) a cantora e apresentadora Inezita Barroso. Ela estava internada no Hospital Sírio Libanês desde 19 de fevereiro e foi vítima de insuficiência respiratória aguda. Seu velório acontece na Assembleia Legislativa de São Paulo e é aberto ao público. O enterro está previsto para as 17h, no Cemitério Gethsêmani, no Bairro do Morumbi, em São Paulo. Inezita Barroso deixa uma filha, três netas e cinco bisnetas.

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Sua carreira na música caipira começou em 1951, interpretando as canções “Funeral de um Rei Nagô” e “Curupira”. Seus sucessos mais populares são “Moda da Pinga” (também conhecida como “Marvada Pinga”), de Ochelsis Laureano, e “Lampião de Gás”, de Zica Bergami. Ela chegou a receber mais de 200 prêmios, entre eles o Prêmio Roquette Pinto como Melhor Cantora de Rádio da Música Popular Brasileira, além da nomeação para a Academia Brasileira de Letras, em 2014.

Inezita apresentava o programa Viola, Minha Viola, na TV Cultura, há mais de 30 anos. No rádio, foi a voz por trás do diário Estrela da Manhã, na Rádio Cultura AM. Sua carreira artística foi extensa, atuando também como atriz. Inezita fez filmes marcantes da década de 50, como Mulher de Verdade, de Alberto Cavalcanti, e É Proibido Beijar, de Ugo Lombardi.

Nascida em 4 de março de 1925, Ignez Madalena Aranha de Lima completara 90 anos em 2015. Oriunda de família tradicional paulistana e formada em Biblioteconomia pela USP, Inezita desenvolveu uma intensa pesquisa sobre cultura rural e música caipira, o que lhe deu conhecimento para dar aulas sobre folclore na Universidade de Mogi das Cruzes, além do título de Doutora em Honoris Causa em Folclore, pela Universidade de Lisboa.

O céu está em festa com a chegada de mais uma voz marcante da música caipira. Inezita se junta à garganta de ouro da música sertaneja, José Rico, morto na semana passada.