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Música

O United Nations Voltou com o Álbum Mais Caótico e Arrebatador do Ano

Se um dia as Nações Unidas pensarem em implicar com o United Nations e ouvirem seus sons, vão descobrir que estão lidando com um bando de psicóticos, e enfiar os processos em seus cus burocráticos.

Foto por Pablo Van Winkle

Sempre brinquei com os caras do United Nations por serem uma cópia do Reversal of Man - principalmente porque o LP de estreia deles, de 2008, soava muito como o clássico de screamo do ROM, This is Medicine (e isso é bom). Mas o tão aguardado novo álbum do United Nations, o The Next Four Years, acabou com as piadas e calou minha boca.

O supergrupo intergovernamental de apertadores de botão não só conseguiu afinar o som e se distanciar dos violentíssimos colegas do ROM, como pirou completamente. O The Next Four Years destrói tudo que está em seu caminho, deixando para trás as cinzas de péssimas bandas de hardcore. Desde o começo (como é possível notar logo na primeira faixa, “Serious Business”, abaixo), o United Nations não parece estar fazendo um álbum, parece querer incendiar todo o planeta. Há tantas camadas de agressão, brutais, catárticas, que se as verdadeiras Nações Unidas algum dia pensarem em perseguir a banda novamente, espero que estas músicas as façam perceber que estão lidando com um bando de lunáticos psicóticos, e espero que enfiem os processos em seus cus burocráticos.

É difícil entender com precisão o que está acontecendo ao longo das 11 faixas. Descrever o United Nations, as infinitas texturas de carnificina auditiva, é como relatar à polícia um acidente de carros a 100km/h. De certa forma, não deveríamos esperar menos de uma banda cuja formação misteriosa já envolveu membros do Thursday, do Converge e do Glassjaw. Mas é impossível se preparar para algo assim. O caos do The Next Four Years não tem precedentes - é uma máquina de destruição perversa e irrefreável. Eu aconselharia todos a segurarem firme, mas não há como.

Encomende o álbum na pré-venda IMEDIATAMENTE, no Temporary Residence Ltd, aqui. Ele estara à solta a partir do dia 15 de julho.