Os The Twist Connection podem ser uma banda recente, mas os seus membros são verdadeiras lendas no contexto da história das últimas três décadas do rock em Portugal. Rock de ginga na anca, a explodir de blues, soul, garage e suor, o trio de Coimbra é liderado pelo mítico Kaló, na bateria e voz (Tédio Boys, WrayGunn, Bunnyranch e Parkinsons), Samuel Silva, na guitarra (The Jack Shits, Los Saguaros, Sonic Reverends) e Sérgio Cardoso, no baixo (É Mas Foice, WrayGunn).
Gajos que só de olhares para eles consegues ver o rock n’ roll a latejar-lhes nas veias da testa. As raízes estão todas na América da beira da estrada, na viagem, na experiência da road trip sem destino, com uma alma gigante que não se apoquenta pelos fantasmas do passado. Antes, alimenta-se deles.
Videos by VICE
Foi isso que os The Twist Connection fizeram no disco de estreia, Stranded Downtown, editado em finais de 2016. Um álbum de estórias (e de choques eléctricos contínuos) que contam a história desta gente que, há (bem) mais de duas décadas, entregou a alma ao Diabo com o único intuito de, a cada nova aventura, cada nova canção, cada nova subida a um palco, buscar a salvação.
Aproveitámos a presença da banda no espaço Second Home, em Lisboa, para uma actuação a convite da VICE Portugal e Sailor Jerry e sentámo-nos com Kaló e Samuel para conversarsobre as origens dos The Twist Connection, a música que adoram e sobre porque é que tocar bateria de pé é a cena mais libertadora de sempre.