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Música

A Turma Que Abre o Show do De La Soul em SP Escolhe Suas Faixas Preferidas do Grupo

E é quase unânime que o álbum preferido é o Stakes Is High.

O papo é reto: se você não é um completo vacilão, cê tá ligado que vai rolar show do De La Soul esse fim de semana. Só pra relembrar, vai ser a festa da Chocolate no Audio Club, em São Paulo, na sexta (25) e no Circo Voador, no Rio, domingo (27).

UPDATE: O SESC Ribeirão Preto nos lembrou bem, que na quinta (24), tem De La Soul lá também! Mal aê caras! Porém, os ingressos já estão esgotados :(

Tendo isso em mente, e pra você ir aquecendo pro rolê, mandamos uns e-mails pra turma selecionada pelo Nave para participar do show de abertura em SP e perguntamos qual é o som do De La Soul que eles mais curtem e por que. Se liga:

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Kamau

Então… Eu sou MUITO fã de De La Soul e fica difícil escolher uma track só. Difícil até se for uma track de cada disco. Mas acho que eu poderia destacar uma que não é muito falada e não lembro se rolou em nenhuma das 4 vezes em que vi o show.

"I Am I Be" do disco Buhloone Mind State por ser instrospectiva e falar tanto. Acho que reflete muito o jeito com que costumo escrever, onde "falando sozinho" falamos com muito mais pessoas…

O Kamau foi longe pra justificar o motivo pelo qual ele curte esse som. Acho que ele quis dizer que com todas essas vozes falando no meio da batida, parece que a gente nunca está sozinho. Mas pode ser eu que esteja viajando…

Nave

Mano, a música que eu mais curto é a "Itzsoweezee", que tá no Stakes Is High.

Curto muito esse som primeiro porque a musica é boa por si só, a vibe e as ideias, o refrão gruda. E o clipe é foda!! Foi trilha de muito rolezinho, hahaha.

Concordo. Deve ser foda mesmo um rolezinho bem easy ao som dessa batida. E essa risadinha é comprometedora, hein?

Flora Matos

“Dinninit” :) A princípio por causa das sensações que essa música me traz…

Batida, harmonia, flow, clima e lugar pra onde ela transporta.

Florinha direta e reta. Só jogou o nome e as tags que ela usa pra acessar suas memórias afetivas. Certa ela, não ficar dando muita trela pra jornalista intrometido.

Ogi

Stakes is High foi um disco que ouvi até furar. Lembro que um amigo trouxe pra mim, lá de fora, logo que saiu. Meus amigos iam em casa e eu tava sempre ouvindo, ai emprestei o CD pra alguém e nunca mais voltou. De La Soul é uma parada que até quem não é ouvinte de Rap gosta quando ouve de prima. Esses dias mostrei pra minha mulher e ela começou a mexer a cabeça e sorrir. Destaco as faixas “Supa Mcs”, “Itzsoweeze”, “Stakes is High”, “Big Brother Beat” e “4 More”.

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O Ogi foi o último a responder. Aí acho que ele quis compensar o atraso com cinco músicas diferentes. Faz mal não, Ogi! A gente empresta uma pro Don L.

Don L

Quando eu era moleque e comecei a ouvir rap gringo, a internet não tinha se popularizado ainda. Era final dos anos 90 ou começo dos 2000 e quando eu ouvia Cypress, Tupac, Nas e Mobb Deep dos CDs roubados que apareciam em Fortaleza, eu comprava de vez em quando a The Source (sem entender nada de inglês) em uma banca de importados, muitas vezes edições antigas, alguns anos atrasadas, e via algumas referências ao De La Soul, que nunca tinha ouvido. Eu lembro principalmente da capa do Stakes is High, porque me chamava atenção, eu achava intrigante, e lembro que era um disco que eu imaginava que deveria ser muito chapado, bom pra ouvir chapado nos fones, sentir o feeling da música e viajar, criar minha própria ideia do que tava sendo dito, como eu gostava de fazer na época. O tempo passou e eu fui crescendo e indo por outro caminho de influências no rap, quando se tornou mais fácil ter acesso a tudo e estudar a história dos grupos relevantes como De La Soul, e acabei só ouvindo esse disco muito recentemente. Então vou citar uma faixa que me chamou a atenção porque é exatamente como eu imaginei que seria esse disco quando eu via a capa dele na The Source: chapado, com aquele feeling bom, e ouvindo hoje eu me sinto com 16 anos ouvindo meus raps pra aliviar o peso do mundão e sentir aquela força pra seguir em frente pensando tipo - é, a gente ainda vai viver grandes histórias e mudar o mundo!

O Don L escreveu um parágrafo emocionante relembrando seus tempos de infância em Fortaleza. Tão longo e emotivo que esqueceu de recomendar o som. Aí vai um emprestado do Ogi.