Uma imagem divulgada no Twitter na noite da última terça (4) deixou a internet maluca e uma galera ficou se perguntando: teria o Sepultura acertado uma reunião com sua formação original? Mas acalmem os corações, os irmãos Cavalera não retornaram.
A postagem no microblog (sério, microblog?) do José Norberto Flesch, editor do Destak, deixou os fãs do Cavalera Conspiracy e a Sepulnation desconfiados sobre uma eventual apresentação conjunta da lendária banda de thrash metal nacional. Trata-se de uma imagem produzida com o mesmo fundo utilizado na identidade visual do álbum Roots (1996), trazendo duas datas: 16 de Dezembro de 1996: Londres, Inglaterra, Brixton Academy (acompanhado de uma cruz); 16 de Dezembro de 2016: São Paulo, Brasil, ??? (acompanhado de uma estrela).
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Ou seja, cruz, estrela, morte, nascimento. Mano! Os caras voltaram!
Não, meus amigos, como já disse lá em cima, o Sepultura não voltou à formação original… Mas eu não fui o único a tirar essa conclusão.
Poucos minutos após a postagem uma fã já se ligou: “seria o retorno do Max?”; a imagem ainda foi compartilhada diversas vezes, sob a mesma indagação, um sujeito apareceu um pouco mais desesperado (com bom humor, é claro), “não é humano soltar uma imagem desse calibre assim e sumir”. Já outra mina não entrou muito no espírito da coisa e perguntou sobre a diva Adele.
O Noisey também estava na fissura nessa história toda e ainda durante a noite fez contato com as assessorias da galera. Não vai ter o Sepultura, mas terá o Roots. Os irmãos Max e Iggor Cavalera trazem para o Brasil três shows da comentada turnê Return to Roots — até o momento, apenas a data de São Paulo foi divulgada (16/12). O anúncio oficial no país deve ser feito ainda essa semana e a tour vai passar por sete países da América Latina.
Cartaz bem doido de show da tour em Pensacola, Flórida (EUA).
A turnê, que executa todas as faixas dessa paulada que é o Roots, foi anunciada no início do semestre, com foco inicial no território norte-americano. Ela rolou pelo fato de o disco completar 20 anos em 2016 — inclusive o Noisey prestou sua homenagem a ele com uma longa reportagem sobre os bastidores do álbum.
Roots tem 17 faixas e carrega clássicos do thrash metal como “Roots Bloody Roots”, “Ratamahatta”, “Attitude”, entre outros, como aquele cover porrada de “Symptom of the Universe” que é tão foda que acho que é capaz de o Black Sabbath até ter feito o sinal da cruz ao ouvi-la.
À época, o Sepultura era: Max Cavalera, Iggor Cavalera, Andreas Kisser e Paulo Jr.. O vocalista Max deixou a banda no ano de lançamento do disco, em 1996. Iggor também sairia do grupo dez anos depois, em 2006.
O Sepultura (hoje com Derrick Green e Eloy Casagrande na formação) também tem apresentação agendadas para o final do ano, em novembro, dia 5, no Hell in Rio, no Rio de Janeiro, dia 6, no 53HC Music Fest, em Belo Horizonte (MG) e dezembro, no dia 3, no Rolling Stone Festival, em São Paulo.
A apresentação descrita na imagem que gerou os boatos, em 16 de Dezembro de 1996, foi a última performance daquela formação ao vivo, no lotado Brixton Academy, show que virou um CD duplo: Under a Pale Grey Sky (seria lançado em 2002).