Música

O festival Som das Ruas foi o Lollapalooza da periferia

Sábado (12), pré-feriado. Aquela chuvinha chata lavava a cidade de São Paulo. Segui na linha vermelha do metrô rumo Corinthians-Itaquera, destino Arena Corinthians. Na parte de fora do estádio, estava montado um palco para a primeira edição do festival Som das Ruas, no qual participaram artistas como Marechal, Rael, Emicida e Criolo.

Não existe gênero melhor para representar a rua do que o rap, certo? O som tem aquele aspecto urbano, cinza, que combina perfeitamente com o clima daquele dia chuvoso. Acrescentou até um tom melodramático, mas que não desanimou o público. A proposta do evento era dar espaço e voz ao gênero, mesclando artistas conhecidos e grupos novatos, selecionados previamente por meio de uma seletiva de duas etapas. Antes do último show, Thaide, o mestre de cerimônia, anunciou o ganhador do festival — a dupla NaFé.

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Então segure minha mão virtualmente e passeie comigo por essas fotos desse dia muito louco e molhado:

Marechal foi a primeira atração principal do dia e fez a apresentação sozinho, selecionando os próprios beats no computador, e descalço.

Tudo certinho, Marechal?

Enquanto não estava no palco, Thaíde distribuía uns olhares 43 pelos bastidores.

Rael chegou mandando o papo reto, exaltando a beleza e a importância da comunidade negra.

E já que estávamos no estádio do Corinthians, ele deixou a camiseta do clube a mostra, e chamou Rappin Hood para o palco.

Depois foi a vez de Ogi, Massao e Apolo aparecerem para cantar a música “Minha Lei”, parte do novo disco de Rael.

E se você nunca viu o clipe dessa música, faça isso agora mesmo. É foda!

Emicida subiu no palco ostentando a coleção nova do Laboratório Fantasma, que tomou as passarelas do SPFW.

Assim como o Rael, ele fez questão de dedicar um espaço da apresentação para falar sobre o movimento negro — e pode mandar mais que tá pouco!

Rashid subiu no palco para mandar um freestyle entre uma música e outra.

E antes que o Criolo entrasse em cena, Thaíde anunciou a vitória dos meninos do NaFé.

A chuva ficou mais forte para receber Criolo no palco, criando uns efeitos de luz e arco-íris muito bonitos.

O show foi o último do dia e o rapper aproveitou para apoiar os estudantes ocupando as escolas.