Depois do destaque à produção nacional que nos encheu de orgulho, desta vez saltamos a fronteira para compilar 30 temas que marcaram indelevelmente o ano que caminha para o seu fim.
São vários os géneros convocados, num balanço que, no fundo, é feito de 120 canções (!!) – por cada escolhido, aconselhamos mais três também de 2018.
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A contagem começa agora. Boa audição e proveito!
30. “Écoute chérie” – Vendredi sur Mer
Post-it: O single do projecto de Charline Mignot (cidadã suíça radicada em Paris) tem sensualidade a rodos e, de certa forma, homenageia o clássico “69 année érotique”, de Serge Gainsbourg. Acredita: o teu libido não vai ficar indiferente ao teledisco. Já te sentes danado para a brincadeira?
Álbum: (Ainda não anunciado).
Outras a ter em conta: Angèle – “Je veux tes yeux”; Gwenno – “Tir ha mor”; Okay Kaya – “IUD”.
29. “You’re so cool” – Jonathan Bree
Post-it: Charme vs Fetiche. Charme vs Nova Zelândia. Charme vs Mistério. Jonathan Bree sobe a fasquia do que é ser cool e faz-nos desejar voltar aos anos 60. Estou a ver que depois de gravar o clip, o grupo deve ter ido assaltar um banco…
Álbum: Sleepwalking (2018).
Outras a ter em conta: Bonny Doon – “Long wave”; Connan Mockasin – “Charlotte’s thong”; Marlon Williams – “What’s chasing you”.
28. “Nterini” – Fatoumata Diawara
Post-it: Fatoumata Diawara é um dos nomes grandes da música africana este ano. Em “Nterini”, através de uma atraente textura sonora, a malinesa (com largo percurso na área da representação) evoca a problemática dos migrantes através do sofrimento da distância entre duas pessoas que se amam. Tocante.
Álbum: Fenfo (2018).
Outras a ter em conta: Hollie Cook – “Freefalling”; Imarhan – “Azzaman”; Khruangbin – “Maria Tambien”.
27. “Divide now” – The Field
Post-it: Quando em 2007 Axel Willner deu a conhecer o LP From Here We Go Sublime, nasceu um dos melhores casamentos que o tecno e o trance podiam almejar. Ao contrário do que diz o título da faixa, essa relação não aparenta viver momentos de divisão. Tudo se resume a deixar fluir o corpo, a mente e a alma.
Álbum: Infinite Moment (2018).
Outras a ter em conta: All Against Logic – “Now u got me hooked”; Blawan – “Kalosi”; Jon Hopkins – “Everything connected”.
26. “Crush” – Tessa Violet
Post-it: Gente dedicada à pop açucarada, erguei-vos. Para quem anda desiludido com a Britney, a Katy Perry e a futura digressão das Spice Girls pouco lhe diz, a solução está no êxito suculento de Tessa Violet (popular vlogger). A ida ao supermercado ganha uma outra dimensão…
Álbum: Bad Ideas (2018).
Outras a ter em conta: Caroline Rose – “Soul no.5”; Clara Luciani – “La Baie” (Metronomy cover); Miya Folick – “Stock image”.
25. “Everybody wants to be famous” – Superorganism
Post-it: Como a fama se tornou banal (qualquer dia ainda vai ser obrigatório todos escreverem um livro ou participarem num ridículo reality show), o melhor é ser sarcástico e cantar sobre isso. Os Superorganism, colectivo oriundo de vários pontos do globo, fazem-no eficazmente com a voz da baixinha e imberbe frontwoman, Orono Noguchi.
Álbum: Superorganism (2018).
Outras a ter em conta: Boys – “End of time”; Mormor – “Heaven’s only wishful”; Sophie – “Immaterial”.
24. “Over the midnight” – Jonathan Wilson
Post-it: O profícuo músico norte-americano sabe que o seu país vive tempos difíceis (com a divisão entre os anti e pró Trump). Por ele, era bom que fosse possível esquecermos a existência de “ódio, assassinos e armas” e que, nesse intervalo fantasioso, o tormento fosse substituído por uma ervinha marota. Enrolas tu ou enrolo eu?
Álbum: Rare Birds (2018).
Outras a ter em conta: Kurt Vile – “One trick ponies”; Parquet Courts – “Freebird II”; Nude Party – “Chevrolet van”.
23. “The other” – King Tuff
Post-it: Kyle Thomas, mentor do trio King Tuff, é alguém que pensa em criar a toda hora. Reconhece, no entanto, que demorou quatro anos a regressar com novo material, porque se tornou “esgotante no plano físico e emocional” aguentar o peso da persona artística. O que vale é que voltou e trouxe preciosidades como esta vigorosa introspecção.
Álbum: The Other (2018).
Outras a ter em conta: Adrianne Lenker – “Symbol”; Hibou – “You could vanish again”; Phosphorescent – “C’est la vie no. 2”.
22. “Life is golden” – Suede
Post-it: Nos anos 90, os Suede escreveram temas que nos encheram as medidas. “Animal nitrate”, “The wild ones”, “Beautiful ones” e “Everything will flow”, fizeram-nos dançar ou sonhar com a eterna juventude. “Life is golden” recupera o fascínio dessa era dourada da brit-pop em que Pulp, Blur (ainda no activo) e Oasis foram as estrelas da companhia.
Álbum: The Blue Hour (2018).
Outras a ter em conta: Belle and Sebastian – “The same star“; Gaz Coombes – “Wounded egos”; Stephen Malkmus & The Jicks – “Middle America”.
21. “Street Fighter Mas” – Kamasi Washington
Post-it: Anualmente, as listas “best of” são dominadas pelo quinteto rock-hiphop-folk-pop-electrónica. Ele é o saxofonista que veio mudar esse espectro. Ele é o fenómeno que tem merecido elogios de toda a parte (se calhar, até de jornais em Marte). Não dês mais luta ao teu complexo jazzístico e entra, sem preconceitos, na rua virtuosa de Kamasi.
Álbum: Heaven and Earth (2018).
Outras a ter em conta: Hailu Mergia – “Gum Gum”; Maisha – “Osiris”; Sons of Kemet – “My queen is Harriet Tubman”.
20. “U.A.F.W.M” – Quay Dash
Post-it: Vista como o futuro do rap, Quay Dash (artista transexual sediada em Nova Iorque) junta-se ao produtor Sega Bodega e cria uma malha para aturdir qualquer pista de dança. Esquece os que dizem ser “Yeezus” na terra. This is the real thing!
Álbum: (Ainda não foi anunciado).
Outras a ter em conta: Migos feat. Drake – “Walk it talk it”; Queen Key – “Project bitch (Cash Money Millionaires cover/remix)”; The Carters (Jay-Z and Beyoncé) – “Apeshit”.
19. “Negative space” – Hookworms
Post-it: Há circunstâncias do caraças. No ano que podia ser de aclamação fora do habitat natural (Inglaterra), a banda que nos faz lembrar os The Rapture – pelo menos, neste “espaço negativo” – cessa funções. É pena. Restam as canções.
Álbum: Microshift (2018).
Outras a ter em conta: Go-Kart Mozart – “When you depressed”; Gorillaz – “Tranz”; Teleman – “Song for a seagull”.
18. “Running wide open” – Coma Cinema
Post-it: O quinto e último disco de Mathew Lee Cohran, sob o heterónimo de Coma Cinema, faz-nos crer que se todas as despedidas fossem assim, então que venham elas com maior frequência. Em menos de três minutos, “Running wide open” revela ser um óptimo cartão indie para entrar numa compilação gravada em cassete. Já agora, há quanto tempo não tens um momento de Alta Fidelidade?
Álbum: Loss Memory (2017).
Outras a ter em conta: The Goon Sax – “Make time 4 love”; Tony Molina – “Nothing can I say”; Yo La Tengo – “For you too”.
17. “A perfect miracle” – Spiritualized
Post-it: Jason Pierce anda nisto há muito e a cada lançamento dos Spiritualized, renasce a expectativa de como vai o seu interior psicadélico. Se o teu propósito é ser acarinhado por uma canção que tenha tanto de embalar, como de incentivo a um milagre, é só clicar no rectângulo acima. Até os peregrinos de Fátima são capazes de adoptar este tema.
Álbum: And Nothing Hurt (2018).
Outras a ter em conta: Cat Power – “Stay” (Rihanna cover); Sufjan Stevens – “Miracle of love”; Tomberlin – “Seventeen”.
16. “The mysterious vanishing of Electra” – Anna von Hausswolff
Post-it: Nick Cave é um dos vocalistas mais acarinhados em Portugal e isso reflecte-se quando actua entre nós. De todos os álbuns que já gravou com os The Bad Seeds, teríamos curiosidade em saber como seria uma eventual sequela de Murder Ballads (1996). Não surpreenderia se Anna von Hausswolff fosse convidada a participar. A discografia da nórdica é um contínuo enigma ansioso por ser entranhado.
Álbum: Dead Magic (2018).
Outras a ter em conta: Chelsea Wolfe – “The culling”; Iceage – “Catch it”; The Dandy Warhols – “Forever”.
15. “God’s favorite customer” – Father John Misty
Post-it: Não temos a certeza se Deus existe. Muito menos, se tem clientes assíduos e bem comportados (como se fosse um psicólogo com clínica no meio das nuvens). No meio destas dúvidas, a ironia de Father John Misty vai conquistando o circuito “indie queriducho”.
Álbum: God’s Favorite Customer (2018).
Outras a ter em conta: Cass McCombs – “Sleeping volcanoes”; John Grant – “Touch & go”; Matt Maltese – “Less and less”.
14. “Lose your smile” – Beach House
Post-it: Para muitos melómanos, o primeiro contacto com o mundo bucólico e cintilante do duo Victoria/Alex deu-se em 2008. Depois de Devotion, os trabalhos seguintes mantiveram a bitola e o novo 7 surpreende por subir a fasquia. “Lose your smile” é um emblema que podia figurar no melhor dos Air. A grandeza dos Beach House nunca deixa o nosso sorriso pendurado.
Álbum: 7 (2018).
Outras a ter em conta: Courtney Marie Andrews – “Took you up”; Nils Frahm – “A place”; Still Corners – “The message”.
13. “La marcheuse” – Christine and The Queens
Post-it: Conhecida no universo artístico por Christine and The Queens ou simplesmente Chris, Héloïse Letissier é uma das cantoras francesas que tem merecido um maior airplay para lá das fronteiras do seu país. No videoclip “La marcheuse”, é visível a apurada pop electrónica e a citação ao “espectáculo” das touradas. Como a violência é o mote da letra, não espanta.
Álbum: Chris (2018).
Outras a ter em conta: Gundelach – “Duck hunting”; Lykke Li – “Deep end”; Nabihah Iqbal – “Zone 1 to 6000”.
12. “Amor verdade” – Maria Beraldo
Post-it: Um dos achados desta lista vem do Brasil. A estreia da multi-instrumentista e compositora, Maria Beraldo, é um belo tratado experimentalista com electrónica, jazz e rasgos autobiográficos. “Amor verdade” iça a bandeira lesbiana com uma gentileza irrepreensível. Se tens algum familiar (ou amiga) com receio de sair do armário, envia-lhe esta.
Álbum: Cavala (2018).
Outras a ter em conta: Alela Diane – “Ether & Wood”; Anelis Assumpção – Caroço; Tim Bernardes – “Ela”.
11. “Need a little time” – Courtney Barnett
Post-it: Em 2015, virou a mesa do rock com as suas estórias particulares no excelente Sometimes I Sit and Think, Sometimes I Just Sit. No corrente ano, a compositora australiana reapareceu mais introvertida (relativamente às letras expostas), o que não anula o fulgor criativo. A escrita de Courtney Barnett jamais será hermética.
Álbum: Tell Me How You Really Feel (2018).
Outras a ter em conta: Eleanor Friedberger – “In between stars”; Lucy Dacus – “Night shift”; Sidney Gish – “Sin triangle”.
10. “Hunter” – Anna Calvi
Post-it: Janeiro de 2011. A cantora Anna Calvi (filha de mãe inglesa e pai italiano) lança o primeiro disco e somos “arrasados” pela intensidade das suas composições. Mais do que a singela designação de rock alternativo, há dois pilares com os quais a vemos edificar cada criação: o cinematográfico e o sexual (sem ser propriamente lasciva). “Hunter” confirma que em métodos vencedores não se mexe.
Álbum: Hunter (2018).
Outras a ter em conta: Ezra Furman – “Love you so bad”; Interpol – “If you really love nothing”; She Drew The Gun – “Something for the pain”.
09. “A slice of lemon” – Molly Nilsson
Post-it: Molly did it again! Depois do ano passado ter tido a nossa atenção com o simples e fascinante “About somebody”, a sueca seduz novamente com este “pedaço de limão”. A continuar assim, ainda vou aderir ao gin e a todo o entusiasmo que provoca nos seus lovers. Talvez, o mesmo arrebatamento quando esta canção rola num dos gadgets cá de casa. Por último (e longe de ser uma nota de rodapé), o clip sugere que o tema do aquecimento global – e as consequentes mudanças climáticas – não devia ser menosprezado.
Álbum: Twenty Twenty (2018).
Outras a ter em conta: Kacey Musgraves – “Butterflies”; Loma – “Relay runner”; Part-Time Friends – “Streets and Stories”.
08. “Teenage toy” – Insecure Men
Post-it: Durante a vida, cada um de nós vai tornando algumas personalidades da música num companheiro para as horas vagas ou no convidado VIP da celebração instantânea. O som dos Insecure Men parece uma reunião de artistas que admiramos (Shaun Ryder, Damon Albarn em tom exótico e Mark Ronson), com uma tonelada de coolness na guelra. O tema aqui escolhido retrata a típica frustração sexual na adolescência. Quem é que não a teve…
Álbum: Insecure Men (2018).
Outras a ter em conta: Baxter Dury – “Miami”; Gabe Gurnsey – “You can”; Rolling Blackouts Coastal – “Talking straight”.
07. “Pray for me” – The Weeknd, Kendrick Lamar
Post-it: Black Panther é o blockbuster do ano (acima de Mission Impossible 6), que não se cinge ao dinheiro que faz nas bilheteiras ou à espectacularidade das cenas. O argumento tem sumo suficiente para ter todo o nosso respeito (em oposição a outras balelas Marvel) e a trilha sonora contém este dueto galáctico. A sua “missa” está disponível no vídeo acima.
Álbum: Black Panther: The Album, Music From and Inspired by Various Artists (2018).
Outras a ter em conta: Anderson Paak feat. Kendrick Lamar – “Tints”; Jimothy Lacoste – “Drugs”; Jungle – “Heavy, California”.
06. “FUN!” – Vince Staples
Post-it: O rapper Vince Staples é conhecido por ter uma veia humorística e, neste comeback, não deixou de reforçar essa nota. No teledisco (um dos mais conseguidos do ano), o Google Maps é manejado com uma destreza cómica e ousada. O single vai deixar o teu apetite aguçado para o alinhamento completo do CD. Are u having fun?
Álbum: FM! (2018).
Outras a ter em conta: Childish Gambino – “This is America”; Pusha T – “If you know you know”; Young Fathers – “Toy”.
05. “Concrete” – Shame
Post-it: O rock (com coordenadas punk) precisava de uma banda destas para sacudir a letargia que parece ter atingido algumas estrelas – nomeadamente, aquelas que há quinze anos estavam na mó de cima. Os Shame são raçudos, têm conteúdo para cantar e vender (os assuntos políticos não são excepção) e não estão para ir atrás de modinhas. Depois desta estreia de arromba, sem qualquer vergonha arriscamos: estes rapazes vão ser os pontas de lanças titularíssimos na próxima década que se avizinha.
Álbum: Songs of Praise (2018).
Outras a ter em conta: Goat Girl – “The man”; Bodega – “How did this happen!?”; Say Sue Me – “B lover”.
04. “Energ1” – Sevdaliza
Post-it: Beth Gibbons e Björk são estetas que esgotam os adjectivos e referências para toda uma geração de músicos. Partindo dessa premissa, o catálogo de Sevda Alizadeh (iraniana “adoptada” pelo país das tulipas) dá um cariz pessoal que promete deixar os nossos ouvidos em alerta de cada vez que aparece com novidades. Em “Energ1”, a voz de Sevdaliza é servida por uma toada lânguida para realçar um chamamento (ou um afastamento?) por alguém que se deseja. Sublime.
EP: The Calling (2018).
Outras a ter em conta: Karen O & Danger Mouse – “Lux prima”; Serpentwithfeet – “Bless your heart”; Two People – “In the garden”.
03. “Fly” – Low
Post-it: Para o bem e o para o mal, os Estados Unidos representam a actual confusão que reina em diversas partes do Planeta. Uma erosão que nos faz reavaliar os valores da democracia e repensar a sociedade onde vivemos. Ao comemorar as bodas de prata no universo indie rock, os Low apresentam um disco conceptual cheio de mensagens caústicas sobre o nebuloso clima político-social. Soluções? É carregar no play e voar…
Álbum: Double Negative (2018).
Outras a ter em conta: Field Music – “Time in joy”; Jon Hassel – “Pastorale vassant”; Laurie Anderson & Kronos Quartet – “The water rises/Our street is a a black river”.
02. “Make me feel” – Janelle Monáe
Post-it: O jogo entre os valores tradicionais e os progressivos (sexualidade e a temática dos géneros), é o ponto fulcral do registo malandreco de Monáe. Ao terceiro de originais – numa soma entre pop, r&b e hip hop -, atinge um dos pontos alto da sua carreira (que contempla performances interessantes como actriz) e satisfaz amplamente os seus admiradores. “Make me feel” é claramente um tributo a Prince. Digno e viciante.
Álbum: Dirty Computer (2018).
Outras a ter em conta: Becky G feat. C. Tangana – “Booty”; Chaka Khan – “Like sugar”; Theophilus London & Tame Impala – “Only you”.
01. “Colossus” – Idles
Post-it: Chegados ao templo do privilegiado (leia-se o topo da lista), a pergunta tem de ser feita. Há quanto tempo não vias uma rockalhada merecer o trono? Com uma letra que tem níveis de testosterona a mais (com a voz de Joe Talbot a soar inicialmente a um mix entre Franz Treichler, dos Young Gods, e Scott Weiland, dos Stone Temple Pilots), os britânicos Idles rasgam as vestes e animam a malta com um punk que termina com uma impetuosidade visceral. Irresistível.
Álbum: Joy as an Act of Resistance (2018).
Outras a ter em conta: Amyl and The Sniffers – “I’m not a loser”; Oh Sees – “Overthrown”; Ty Segall – “She”.
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