Fiz esse blog de desenhos e pinturas para prestar uma homenagem a Prince Rogers Nelson (1958-2016). Cada um fica de luto à sua própria maneira. Sendo um artista, sempre processei a dor e a tristeza desenhando coisas que estão na minha cabeça. Juntei obras de vários ilustradores feitas em homenagem a ele. Espero que isso ofereça algum conforto àqueles o amavam.

“Só sei que o Prince tem sido uma inspiração constante para mim desde os 13 anos.”
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“‘Computer Blue’ sempre se destacou para mim das faixas mais estranhas e experimentais do Prince. A versão original ao vivo tinha mais letra, mas a versão do disco foi cortada para um verso e um rife de guitarra estendido. Para mim isso parecia o som das pessoas do futuro, todo mundo passando e clicando em fotos de amantes em potencial em vão. A letra diz ‘Where is my love life? / Where can it be? / There must be something wrong woth the machinery!’ A música parece encarnar a angústia e a frustração da busca por amor num mundo frio, mas ainda sombreando os temas maiores de isolamento e evolução espiritual de Purple Rain. Adoro os sons futuristas, cristalinos e espaciais que Prince colocava na música. Until I find the righteous 1, Computer Blue.”

“É fácil ver duas eras distintas: Prince antes de Deus e Prince depois de Deus. Mas algumas coisas permaneceram entre as duas eras. Prince sempre foi um músico virtuoso e tinha uma habilidade incrível como showman. Ele estava sempre desperto. Ele sempre foi uma voz forte e uma presença poderosa para a comunidade negra e eu queria abordar isso nesse trabalho.”


“Para mim e muitos outros, Prince sempre foi uma força guia constante de energia, sexualidade e criatividade ousada, consciente e completamente maluca. Chutando a bunda de todo mundo nessa realidade frequentemente cinza e chata que chamamos de vida. Você amava ou odiava o Prince… e se você o amava, geralmente amava as pessoas que o amavam também. Nada se compara ao Prince.”

“O Prince era foda! Sinto que não sou legal o suficiente para falar dele.”

“Ninguém fez melhor.”

“Eu queria que o desenho refletisse um aspecto talvez negligenciado do que há por trás de um astro tão enorme — um artista único, divertido e sensível, que provavelmente passou incontáveis horas sozinho num estúdio. Tire os grandes sucessos que fizeram dele um gigante e pense por um segundo no tipo de pessoas que reivindicava a cor roxa, se vestia como um mosqueteiro que comeu cogumelo, andava de moto, emputecia Tipper Gore, escreveu ‘Batdance’ e participou do Record Store Day um pouco antes de morrer? Um indivíduo incrível, cuja morte nada mais é que uma tragédia.”


“Desenhei a capa de Dirty Mind, meu disco favorito do Prince.”

“Ele era o músico e performer mais natural da atualidade. Ele tocava guitarra como se não fosse nada. Acho que isso era uma forma de comunicação ou algo assim para ele — como falar. Sempre vou colocar ele, MJ e James Brown no topo dos melhores performers de todos os tempos para mim. Intocável. Agora ele deve estar com eles.”
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