Sob acusação de golpista e forte zueira de satanista, Michel Temer faz um governo cheio de episódios caóticos. Teve reunião com ator pornô no Ministério da Educação, jantar satânico para fingir que tudo estava bem e acusações de que Roger Waters teria recebido dinheiro do Partido dos Trabalhadores para falar qualquer coisa que fosse.Bem aceito pelo mErCaDo, Temer termina o mandato sem conseguir fazer a economia deslanchar e com reprovação de 85% dos brasileiros. Mesmo assim, ao menos seis ministros e ex-ministros da atual gestão já sabem o que vão fazer no próximo ano: trabalhar com João Doria, governador eleito de São Paulo e reverenciado por uma parcela de liberais na economia e conservadores (pero no mucho) nos costumes.
Publicidade
Listamos alguns eventos que sacudiram o noticiário nos últimos dois anos e esperamos não ficar com saudades, taoquei?Que “Ordem e Progresso” que nada. O slogan do governo Temer é “com o Supremo, com tudo”, frase dita pelo senador Romero Jucá, (MDB-RR) que ocupou o Ministério do Planejamento no primeiro ano de nova gestão, em conversa gravada com Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro. Em áudio divulgado às vias do impeachment, ele sugeriu "mudança" no governo federal para “estancar a sangria” das delações da Operação Lava Jato.Situação: Preferimos evitar o trecho do áudio em que Machado fala em um “governo de união nacional” com um “grande acordo, protege o Lula, protege todo mundo”.Agora defensor da moral e bons costumes, Alexandre Frota se reuniu com Mendonça Filho, então ministro da Educação, e os Revoltados On Line para debater o que chama de “doutrinação nas escolas” e propagandear o projeto Escola Sem Partido. Pegou mal, afinal, Frota tem em seu currículo filmes como Na Teia do Sexo ("A loirinha Graziella Gucci contrata o bad boy Alexandre Frota para assassinar seu marido e o preço é pago com buceta!") e 00Frota - O Homem da Pistola de Ouro, 2009 ("Cenas alucinantes de muita ação e, claro, muita sacanagem!") e, o ministro teve que se explicar. “Não discrimino ninguém porque respeito a liberdade de cada pessoa fazer suas escolhas de vida”, alegou em nota.Situação: Frota foi um eleito deputado federal por São Paulo com 155.522 votos.
Jucá e o pacto para “estancar a sangria”
Frota e o ministro da Educação
Publicidade
Serra abençoando pastores
Homem não vai no médico porque não quer
Temer faixa torta
Publicidade
Roberto Freire vs. Raduan Nassar
Jantar satânico
Blairo Maggi saúda a portaria que dificulta a pena para trabalho escravo
"O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, divulgou hoje nota de apoio à Portaria 1.129/2017 do Ministério do Trabalho, que dificulta a punição de empresas que submetem trabalhadores a condições degradantes e análogas à escravidão. Maggi disse, na nota, que a portaria 'vem organizar um pouco a falta de critério nas fiscalizações'. E complementou: 'Ninguém quer ou deve ser favorável ao trabalho escravo, mas ser penalizado por questões ideológicas ou porque o fiscal está de mau humor não é justo. Parabéns presidente Michel Temer. Parabéns ao ministro (do Trabalho) Ronaldo Nogueira'."
Publicidade
Situação: Esquecemos.O governo Michel Temer foi o primeiro desde o general Ernesto Geisel (1974-1975) a não ter uma única mulher como ministra. Pegou mal. Então, ele disse que ia incluir uns nomes no segundo escalão. Pegou mais mal ainda e Grace Mendonça foi nomeada na AGU (Advocacia-Geral da União). Na sequência, Luislinda Valois (PSDB-BA) foi chamada para o Ministério dos Direitos Humanos. A política, porém, caiu após pedir para acumular seu salário de desembargadora aposentada com a remuneração da pasta alegando “trabalho análogo à escravidão”. O valor almejado por ela era de R$ 61,4 mil, muito mais que o teto permitido de R$ 33,7 mil à época. Valois queria receber mais de R$ 300 mil de forma retroativa durante os meses em que foi ministra.Situação: Sofrendo em casa com salário de desembargadora aposentada.Filha do delator do Mensalão, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), enfrentou uma luta para conseguir ser nomeada ministra do Trabalho — cargo o qual jamais ocupou. A política sofreu críticas por ser processada na Justiça trabalhista, o que é uma grande ironia para o cargo que foi indicada. Para responder ao críticos, achou de bom tom aparecer ao lado de quatro homens fortes e sem camisa em um barco: "Eu juro para vocês eu achava que eu não tinha nada para dever para essas duas pessoas".Situação: Sendo investigada por comandar um esquema de concessões fraudulentas no Ministério do Trabalho e impedida de ver o próprio pai, também investigado.
Luislinda Valois, o salário de dois dígitos e a comparação com a escravidão
Cristiane Brasil te despreza, trabalhador
Publicidade