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Tudo que sabemos sobre o massacre em Suzano

Dois atiradores abriram fogo em um colégio na Grande São Paulo e depois cometeram suicídio.
raul brasil

ATUALIZAÇÃO 13/3 às 16:04: Em nota divulgada pelo Planalto pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência, o governo lamentou o atentado e expressou "seu profundo pesar com os fatos ocorridos na cidade de Suzano, em São Paulo, apresentando suas condolências e sinceros sentimentos às famílias
das vítimas de tão desumana ação". O presidente Jair Bolsonaro também se manifestou pessoalmente no seu Twitter.

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ATUALIZAÇÃO 13/3 às 14h57:

Durante uma coletiva de imprensa, o Secretário de Segurança de São Paulo João Camilo de Pires Campos confirmou que os dois atiradores são ex-alunos da escola. Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, foi desligado no ano passado por "problemas".

A polícia confirmou as armas utilizadas: um revólver .38, uma besta, um arco e flecha e uma machadinha. Ainda segundo o secretário, a polícia trabalha com a possibilidade de um dos atiradores ter atirado no colega e, em seguida, se matado.

ATUALIZAÇÃO 13/3 às 14h38: Sérgio Moro ligou para o governador João Dória no começo da tarde para transmitir solidariedade após o ataque. O Ministro da Justiça ofereceu apoio do governo federal nas investigações sobre o caso.

Outras autoridades do governo se pronunciaram sobre o caso. Ricardo Veléz, Ministro da Educação, expressou condolências e repudiou o ato dos jovens, acrescentando que acompanhará "de perto a apuração dos fatos."

O Ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também lamentou o acontecimento pelo Twitter.

Até o momento desta atualização, o presidente Jair Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre a tragédia. Carlos, Eduardo e Flávio também não postaram ou deram declarações a respeito.

Mourão afirmou, em coletiva no Palácio do Planalto, querer "chegar à conclusão por que isso está acontecendo. Essas coisas não ocorriam no Brasil, ocorriam em outros países". O vice-presidente disse, também, não ver ligação entre o ocorrido e a proposta de flexibilização do porte de armas de Bolsonaro, e destacou a influência que "videogames violentos" podem ter no massacre.

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ATUALIZAÇÃO 13/3 às 14h15: A polícia informou que os autores do crime são Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Henrique de Castro, de 25 anos.

Dois homens encapuzados abriram fogo dentro da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP) na manhã desta quarta-feira (13). Oito pessoas foram mortas e os adolescentes se suicidaram em seguida. Das vítimas, sete eram estudantes e outra era funcionária da escola. Segundo a polícia, os atiradores aparentam ser adolescentes e possivelmente são ex-alunos. Nas fotos enviadas dos atiradores após cometerem suicídio, é inegável as semelhanças com as vestimentas usadas por Eric Harris e Dylan Klebold em 1999 no Massacre de Columbine: capuz cobrindo o rosto, o relógio virado ao contrário e roupas pretas.

A polícia encontrou no local uma arma calibre 38, uma besta, garrafas que poderiam ser usadas como coquetéis molotov e também uma mala com fios. O esquadrão anti-bombas foi chamado. 23 feridos foram levados ao hospital.

Um pouco antes do atentado, a polícia foi chamada para atender uma ocorrência com uma arma de fogo próxima à escola. A suspeita é que os atiradores atiraram em outro local para distrair a polícia e poderem entrar na escola na hora do intervalo e terem tempo para efetuar os disparos.

Segundo testemunhas de Suzano relataram ao G1, um estava portando uma arma e o outro uma faca. Os tiros começaram durante o intervalo, enquanto os alunos comiam a merenda. De acordo com um aluno, os adolescentes vieram por trás dele e dos seus colegas atirando e atacando com a faca. Um jovem levou uma facada no ombro. Só foi possível fugir porque o pente descarregou da arma e o atirador precisou parar para recarregá-la.

Ao todo, são 10 mortos (contando com os adolescentes que cometeram o atentado) e 17 feridos. Em um vídeo feito após o atentado, corpos das vítimas estão no corredor da escola e alunos gritam de desespero. A instituição possui 358 alunos da segunda etapa do fundamental (6º ao 9º ano) e 693 estudantes do ensino médio.

O governador João Doria lamentou o caso nas redes sociais e foi de helicóptero até a escola para falar com a imprensa acompanhado do secretário Estadual de Educação, Rossieli Soares da Silva, do secretário de Segurança, general João Camilo Pires de Campos, e do comandante da PM, o coronel Salles.

Essa reportagem será atualizada conforme mais informações forem aparecendo.

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