Quando aconteceu a tragédia com o avião que transportava a Chapecoense, o choque foi imenso. No calor dos acontecimentos, muitas promessas de homenagens e ajuda foram feitas por dirigentes, atletas, ex-atletas, torcedores e pessoas do mundo do futebol.Registramos 22 promessas feitas nos primeiros dias após o acidente já sabendo que muita coisa era bravata. Dois meses depois, resolvemos checar o que foi cumprido e o que era apenas papo. Entre as promessas, algumas eram complexas, como garantir jogadores para a Chape e ajuda financeira para as famílias. Outras eram mais simples, como pequenas iniciativas de homenagem. Nossa suspeita se confirmou: das 22 promessas, apenas oito foram cumpridas, como a entrega do título da Copa Sulamericana para a Chape e o pagamento do seguro de vida por parte da CBF. Nove promessas não foram cumpridas, como a imunidade ao rebaixamento por três temporadas. Três promessas, como o amistoso com o Barcelona, seguem indefinidas e é preciso mais tempo para saber se ocorrerão de fato. No caso do jogo com Barcelona, tudo indica que vai rolar, mas é preciso esperar até agosto. Uma das promessas levou um status "mais ou menos". Ou seja, podem ocorrer argumentos para os dois lados de que ela foi cumprida. Confira.PROMESSA 1: Atlético Nacional ceder o título da sulamericana à Chapecoense
STATUS: Cumprida
Horas após o acidente, o Atlético Nacional de Medellin, da Colômbia, emitiu uma nota oficial pedindo à Conmebol que entregasse o título da Copa Sulamericana para a equipe brasileira. "Queremos publicar esse comunicado no qual o Atlético Nacional pede para a Conmebol que o título da Copa Sul-Americana seja entregue à Associação Chapecoense de Futebol como louro honorário pela sua grande perda e em homenagem póstuma às vítimas do fatal acidente que deixa o nosso esporte de luto", dizia o documento.Menos de uma semana depois, no dia 5 de dezembro, o conselho da entidade confirmou o título de campeão para a Chape. O troféu foi entregue para o novo presidente do clube, Plínio David de Nês Filho, em 21 de dezembro, durante o do sorteio dos grupos da Libertadores de 2017. O time colombiano foi homenageado com o prêmio "Fair Play" por causa do gesto. Presidente da Chapecoense com o troféu da Copa Sul-Americana. Foto: Conmebol
PROMESSA 2: Jogadores cedidos a custo zero
STATUS: Mais ou menos
Uma das principais promessas dos clubes brasileiros para ajudar a reerguer a Chape foi a cessão sem custos de jogadores.De fato, alguns jogadores chegaram à Chape sem custos na transferência. O Palmeiras cedeu três atletas (Amaral, João Pedro e Nathan), o São Paulo mandou Reinaldo, o Fluminense cedeu Wellington Paulista e o Grêmio emprestou o volante Moisés. Porém, quase nunca os salários são totalmente pagos por seus clubes de origem. O Atlético-MG cedeu por um ano o meia Dodô, com metade dos salários bancados pela Chape. Já o negócio entre São Paulo e Chape pelo meia Daniel melou justamente porque os clubes não entraram em acordo sobre a divisão do pagamento do ordenado. Ou seja, a ajuda não tem sido tão generosa assim.Antes das transferências, em 15 de dezembro, Vágner Mancini, novo técnico do time catarinense, criticou a falta de ajuda de outros clubes. Ele apontou pouca solidariedade na questão financeira e também na qualidade dos atletas oferecidos. Uma semana depois, João Carlos Maringá, dirigente da Chape, reforçou as críticas e citou o Santos, que teria oferecido atletas já colocados numa lista de dispensas.PROMESSA 3: Imunidade ao rebaixamento
STATUS: Não cumprida
Outra proposta que soava como um dos pilares para a reconstrução do clube era a imunidade de rebaixamento durante três anos no Brasileirão. Coritiba, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Palmeiras, Portuguesa, Santos e São Paulo chegaram a publicar uma nota em conjunto a favor da ideia. Dizia o documento: "Trata-se de gesto mínimo de solidariedade que se encontra ao nosso alcance neste momento, mas dotado do mais sincero objetivo de reconstrução desta instituição e de parte do futebol brasileiro que fora perdida hoje".Após a nota, a Chape viu com bons olhos a proposta, mas logo o discurso mudou. Em 5 de dezembro, Ivan Tozzo, presidente em exercício do clube, disse em coletiva que a imunidade era "uma grande besteira". No mesmo dia, o dirigente esteve no programa "Bem, Amigos", do Sportv, e deixou mais evidente que, talvez, a mudança de postura não tenha partido do clube. Ele disse): "Os outros clubes vão aceitar? É claro que para nós isso seria bom… Conversando com a CBF, eles acham difícil muito acontecer"O blogueiro Rodrigo Mattos, do UOL, deixou claro que a confederação brasileira sempre se posicionou contra a medida. O temor da entidade era a tal da "segurança jurídica" para o campeonato. Havia o temor de que uma mudança no regulamento do Brasileirão poderia dar margem para que qualquer clube conseguisse melar os próximos campeonatos via tapetão. Então, um mês após o acidente, a imunidade ao rebaixamento foi totalmente descartada.PROMESSA 4: Ajuda financeira para a Chape
STATUS: Não cumprida
No calor do acidente, muita gente prometeu dinheiro para a Chape. Entre eles Zico e D'Alessandro (que promoveram jogos beneficentes), o Sport (que prometeu a renda do jogo com o Figueirense), o São Paulo (que leiloou as camisas do jogo contra o Santa Cruz), o Palmeiras (que realiza a partida neste sábado contra a Chape) e a CBF (que prometeu a grana dos ingressos mais R$ 5 milhões). Botafogo e Atlético-MG afirmam que também leiloaram camisas.Em 8 de dezembro, a Chape reclamava que apenas R$ 10 mil tinham caído na conta. Ontem (19.01), o clube contabilizava apenas R$ 220 mil. Só o São Paulo diz ter arrecadado R$ 148 mil com as camisas. O Sport já depositou R$ 96, enquanto as granas de Zico (R$ 220 mil) e D'Alessando não pintaram ainda. A grana da CBF não entrou ainda, e a renda do amistoso com a Colômbia deve ficar abaixo do esperado por conta da baixa procura por bilhetes. A Chape conta que o grosso dos R$ 220 mil vem de pequenas doações, de pessoas físicas, com valores de R$ 5 a R$ 2 mil. O valor vindo dos novos sócios torcedores não é contabilizado. Botafogo e Atlético-MG afirmam que também leiloarão camisas. Dudu e Gabriel (ambos Palmeiras) leiloaram camisa e chuteira, mas não há infomações de que o dinheiro chegou até á Chape. PROMESSA 5: Criação de fundo para as famílias das vítimas
STATUS: Não cumprida
Logo após a tragédia, muito se falou sobre a criação de um fundo para as famílias das vítimas. Uma das pessoas que falou sobre o assunto foi o então diretor executivo do São Paulo, Marco Aurélio Cunha. Ele disse: "O presidente Leco deu uma ideia, ontem, de fazer um fundo que possa suprir os contratos desses jogadores que morreram, por um tempo. Ajudar a instituição é um dever de todos, da CBF, mas ela vai continuar. Quem não continua são os provedores dessas famílias. Essa é a parte que mais me toca."Apesar das iniciativas para arrecadar fundos existirem, parece que a grana não está chegando para quem precisa. Segundo reportagem do UOL, as esposas dos atletas reclamam de abandono. Elas cobram a premiação do título da Sulamericana e o dinheiro vindo de doações e de eventos após o acidente, como o Jogo das Estrelas do Zico (que teve público de 58 mil pessoas).Também faltaria a grana do jogo entre Sport e Figueirense, pela última rodada do Brasileirão. O clube Pernambucano prometeu passar a renda bruta da partida, que foi de R$ 96 mil. A grana de leilões de camisas (iniciativa tomada por vários clubes, como São Paulo) é outra fonte de renda aguardada. E, por fim, a premiação de R$ 70 mil de cada atleta pelo título da Sulamericana não chegou.PROMESSA 6: Jogadores argentinos na Chape
STATUS: Não cumprida
AFA (Associação do Futebol Argentino) enviou um comunicado à CBF colocando jogadores locais para jogar na Chape. A Chape se reapresentou com 35 atletas para 2017. Nenhum deles é argentino.PROMESSA 7: Palmeiras com o uniforme da Chape em partida oficial
STATUS: Não cumprida
Já campeão brasileiro, o Palmeiras, que veste as mesmas cores da Chape, demonstrava interesse em utilizar o uniforme completo da Chape diante do Vitória, na última rodada do campeonato. O clube paulista obteve a liberação de seus patrocinadores e fornecedor de material esportivo. e uma solicitação foi feita à CBF.A CBF freou a homenagem com medo do tapetão. Como não consta no regulamento do Brasileirão a possibilidade de uma equipe jogar com o uniforme de outro time, a entidade temia a safadeza de alguém que decidisse denunciar o Palmeiras no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (o mesmo tribunal com histórico de decisões polêmicas). O alerta foi feito ao time de São Paulo, que optou por uma homenagem em sua própria camisa nos espaços normalmente ocupado pelos patrocinadores.PROMESSA 9: Amistoso com o Torino (ITA)
STATUS: Indefinido (mas não deve rolar)
Urbano Cairo, presidente do Torino, teria declarado que topava um amistoso com a Chape. Em 1949, o clube italiano perdeu todos os seus jogadores também em um desastre aéreo.O dirigente não falou em datas, ou nada que indicasse que a partida pudesse ocorrer em breve. Desde que a ideia da partida foi noticiada, o assunto Torino não foi mais abordado. E o calendário já apertado da Chape em 2017 (que inclui Primeira Liga, Estadual, Campeonato Brasileiro, Recopa, Copa Suruga, Copa Sulamericana, Copa do Brasil e Libertadores) também não colabora para a realização da partida.PROMESSA 10: Presidente da Fifa no velório dos atletas
STATUS: Cumprida
Sérgio Rangel, da Folha de S.Paulo, afirmou que o presidente da Fifa, Gianni Infantino, alteraria sua agenda para estar presente no funeral dos atletas em Chapecó. Segundo a informação, o dirigente desistiria de participar da final do Mundial Sub-20 feminino.Acompanhado de Seedorf e Puyol, o dirigente compareceu à Arena Condá no dia 3 de dezembro para o funeral das vítimas.PROMESSA 11: Corinthians de uniforme verde
STATUS: Não cumprida
Dois dias após o acidente, o Timão especulava sobre adotar a cor proibida como forma de homenagem. O diretor de futebol do Corinthians, Flávio Adauto disse em entrevista coletiva: "Por mim joga de camisa verde, calção verde e meia verde". Na época, o clube discutia como homenagearia a equipe catarinense na última rodada do Brasileirão, diante do Cruzeiro. Dias depois, em seis de dezembro, o clube definiu que a homenagem seria a divulgação do número da conta bancária da Chape no lugar do patrocinador. O verde, porém, teria sido barrado por alas mais radicais dos conselheiros e das torcidas organizadas.PROMESSA 12: Atlético-MG não entrar em campo contra a Chape
STATUS: Cumprida
Ainda com a indefinição de como seria a última rodada do Brasileirão, o presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno, fez um pronunciamento para dizer que seu clube não entraria em campo. O Galo era o adversário da Chape.Marcada para 11 de dezembro, a partida não ocorreu mesmo. A CBF afirmou que não poderia cancelar a peleja, então um WO duplo, com as duas equipes não somando pontos, foi assinalado. O resultado, porém, não alterou a situação de nenhuma equipe das 20 equipes do Brasileirão. O Atlético foi para a Libertadores e a Chape ficou na décima primeira colocação.PROMESSA 13: Flamengo botar escudo da Chape em sua camisa
STATUS: Cumprida
A forma que o Flamengo encontrou de homenagear a Chape foi colocar em sua camisa o escudo do time catarinense. O uniforme era para a partida contra o Atlético-PR, pela última rodada do Brasileirão.Parecia coisa simples, até que um único conselheiro do Fla, Eduardo Vinícius, questionou a homenagem. Disse ele: "Eu acho que havia inúmeras formas de homenagear a Chapecoense, principalmente pelo momento. Mas já fizeram homenagens em braçadeiras de capitão, por exemplo. Sou contra a colocação do escudo porque isso não está de acordo com o manual. Colocar o escudo no uniforme é a maneira menos criativa possível". Assim, para que a homenagem ocorre, o conselho do clube precisou aprovar a medida. O bom senso prevaleceu, e o Fla levou o escudo da Chape na camisa no jogo com o Atlético-PR.PROMESSA 14: Ronaldinho Gaúcho na Chape
STATUS: Não cumprida
No Instagram e no Twitter, torcedores começaram a pedir o craque na Chape. O irmão do jogador não descartou a ideia e disse: "É um momento muito difícil, tudo aconteceu agora. Mas no que depender de nós, vamos ajudar. Não sei seria num jogo ou com um vínculo. Mais para a frente, se houver um contato, podemos conversar. Emociona o fato de ter o nome lembrado para ajudar e nos faz pensar. Só posso dizer que estamos aqui e queremos ajudar".Atualmente, Ronaldinho está entre Coritiba e Nacional (URU). Não há indícios de que houve qualquer papo com a Chape.Homenagem antes do jogo do Barcelona para as vítimas do acidente aéreo. Foto: FCB
PROMESSA 15: Amistoso com o Barcelona
STATUS: Indefinido (mas deve rolar)
A tragédia com a Chape, claro, repercutiu mundialmente. Luis Enrique, técnico do Barcelona, falou em entrevista coletiva antes do clássico com o Real Madrid que aprovava um amistoso com o time brasileiro. O convite oficial do Barça veio seis dias depois. Era para a Chape jogar o torneio Joan Gamper, aquele jogo que abre oficialmente a temporada dos europeus no qual o Santos levou um vareio de oito em 2013. No dia seguinte, o presidente em exercício da Chape, Ivan Tozzo, aceitou o convite para o jogo. Só não dá para cravar de que se trata uma promessa cumprida porque o Joan Gamper sempre rola em agosto. Veremos.PROMESSA 16: Mosaico da torcida do Atlético-PR
STATUS: Cumprida
A torcida do Atlético-PR prometeu um mosaico para a partida contra o Flamengo, no dia 11 de dezembro. Foi uma simples, mas uma bela homenagem. O mosaico em preto e branco na parte inferior da Arena da Baixada dizia "Somos Chape".PROMESSA 17: Homenagem em pelada do Zico
STATUS: Cumprida
A lenda flamenguista prometia muitas homenagens para a Chape durante o Jogo das Estrelas, a tradicional pelada de fim de ano organizada por ele. "Assim que tomamos conhecimento desse terrível acidente, já começamos a nos mobilizar. A Chapecoense, os jornalistas, as vítimas e seus familiares merecem todas as homenagens. Assim como o Atletico Nacional, que tem dado um lindo exemplo para o mundo. Queremos receber representantes dos dois clubes para fazer um evento que possa confortar ainda mais todas essas pessoas. Estamos fechando todos os detalhes para realizar uma edição histórica", disse ele.A partida aconteceu no Maracanã no dia 28 de dezembro, com a participação de jogadores da atualidade, como Neymar, Renato Augusto, Rafinha Alcântara (Barcelona) e ex-atletas, como Renato Gaúcho, Aldair e Zinho. Entre as homenagens teve: Maracanã iluminado de verde, bandeira da Chape carregada por representantes dos quatro grandes clubes do Rio, balões verde e branco, minuto de silêncio e a presença de Mateus Pallaoro (filho de Sandro Pallaoro, presidente da Chapecoense que morreu no acidente).PROMESSA 18: Chape e CBF pagar seguro de vida dos jogadores
STATUS: Mais ou menos
Walter Feldman, secretário-geral da CBF, garantiu no programa "Bem, Amigos" que a entidade arcaria com o seguro de vida dos atletas.No dia 11 de janeiro, o vice-presidente jurídico da Chape, Luiz Antonio Pallaoro, afirmou que tanto o clube quanto a CBF já pagaram os valores referentes ao seguro de vida dos 19 atletas. "A Chapecoense possuía um seguro que equivalia a 14 salários, na lei está estipulado que são 12, mas nós acrescemos o 13º salário e as férias também. E havia uma cláusula de que se houvesse algum acidente, morte trágica, como aconteceu, dobraria o valor. Cada jogador recebeu 28 salários da Chapecoense e 12 da CBF. São 40 salários. O salário é o que estava em carteira, o resto é direito de imagem, de arena e afins. Se o camarada ganhava R$ 50 mil, ganhou R$ 2 milhões à vista, já pagos", disse ele.Porém, a maior parte dos rendimentos de um atleta não é parte do valor pago em CLT, o que diminuiu consideravelmente o valor do seguro recebido pelas famílias. Se um jogador recebia R$ 50 mil, é possível que apenas uma fração desse valor era o registrado em carteira. Logo, o valor do seguro foi bem menor do que deveria ser.Além disso, outros profissionais, incluindo o técnico Caio Jr., não estavam cobertos pelo seguro da CBF, o que tem mobilizado técnicos e outros profissionais da bola para a criação de uma lei que obrigue a CBF a registrar todos esses trabalhadores da mesma maneira que registra os jogadores. Apelidada de "Lei Caio Jr.", a iniciativa do deputado José Rocha (PR/BA) recebeu apoio de Vágner Mancini. A parte coberta apenas pela Chape rendeu aos familiares de funcionários e membros da comissão técnica entre R$40 mil e R$ 54 mil.PROMESSA 19: Amistoso do Brasil para levantar grana para os familiares
STATUS: Cumprida
A CBF anunciou para o final de janeiro um amistoso entre Brasil e Colômbia com renda revertida para as famílias de atletas e funcionários da Chape. A partida está marcada para o dia quarta (25) no Engenhão. Tite já até convocou os jogadores), que atuam em 14 equipes brasileiras. Vai rolar até um revival da dupla Diego e Robinho. Os ingressos já podem ser comprados.PROMESSA 20: Gudjohnsen jogar pela Chape
STATUS: Não cumprida
Com passagens por Barcelona e Chelsea, o atacante Eidur Gudjohnsen, uma espécie de Túlio Maravilha islândes, se colocou à disposição para atuar pela Chape. No Twitter, escreveu: "Por respeito, eu jogaria pela Chapecoense, se eles tiverem um lugar para mim! Nem que seja apenas para jogar com o Ronaldinho novamente". Bem, a Chape já tem um novo elenco com 35 jogadores e não há sinal do veterano islândes.PROMESSA 21: Não aos caixões colorados
STATUS: Cumprida
Antes da decisão da Copa do Brasil do ano passado, entre Grêmio e Atlético-MG, a torcida do Grêmio se mobilizou nas redes sociais para que quem fosse ao acompanhar a decisão no estádio não levasse os "caixões colorados". O Inter estava a um passo do rebaixamento, e a provocação, já vista em outros momentos da rivalidade, poderia aparecer de novo.O Grêmio foi campeão. O Inter caiu. E os caixões colorados não apareceram. Evidentemente, não era hora disso. Ufa.PROMESSA 22: Paz entre as organizadas paulistas
STATUS: Indefinida
Uma das homenagens feitas à Chape partiu das principais torcidas organizadas de São Paulo. Em 4 de dezembro, elas se reuniram em frente ao Pacaembu para cantar e celebrar a vida dos mortos no acidente. Dois dias depois, os líderes das organizadas procuraram Elisabete Sato, diretora do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa), para propor o fim das brigas.Como a bola ainda não rolou oficialmente em 2017, não dá para cravar que o pacto foi cumprido. Pelo menos na Copa São Paulo, que tem um lamentável histórico de violência dos organizados, o pau não cantou entre as torcidas.Por outro lado, o que parece ser um ato de nobreza e compaixão pode ser apenas uma ordem vindo do crime organizado. A Polícia Civil investiga se o pacto de paz, na verdade, nasceu após uma ordem dos líderes do PCC.Saldo total até janeiro de 2017:
8 promessas foram cumpridas9 promessas não foram cumpridas2 promessas foram cumpridas pela metade3 promessas ainda estão indefinidas (isto é, ainda podem se concretizar)Siga Bruno Romani no Twitter
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