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Música

Ouça "Eu Sei", Som Novo do Goiano Stefanini Produzido pelo Pedrowl

O novinho, que até já abriu show da MØ, já já lança o seu primeiro EP que tem produção do Pedrowl e do Gorky (Bonde do Rolê).

O Rafael Stefanini é um jovem cantor de Goiânia de apenas 20 anos que você precisa conhecer. Ele está prestes a lançar seu primeiro EP, intitulado Onde, que conta com músicas produzidas pelo Pedrowl e pelo Gorky, do Bonde do Role. Sua sonoridade é uma mistura de synthpop com trap e suas influências vão desde Diplo até Mallu Magalhães (sim, é isso mesmo).

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A carreira do novinho está só começando, mas antes mesmo de ter um EP lançado, já consta em seu "Curriculum Musical" um show de abertura para a dinamarquesa , em São Paulo e uma apresentação no Festival Vaca Amarela, que acontece nos dias 4, 5 e 6 de setembro, em Goiânia.

Nesta segunda (17), vocês podem ter um gostinho do que vem por aí, com a estreia de "Eu Sei", a primeira música do seu EP, produzida pelo Pedrowl. Aproveitei a oportunidade do belo lançamento pra trocar uma ideia com ele sobre sua música, suas inspirações e seu passado na igreja.

Ouça enquanto lê a entrevista:

THUMP: "Eu Sei" é a primeira música a ser lançada do seu EP Onde. Por que você resolveu lançar primeiro esse som? O que essa música representa pra você?
Rafael Stefanini: "Eu Sei" é a música perfeita para as pessoas entenderem de cara o conceito do projeto. É uma faixa simples, mas bastante emocional que traduz o caminho que o [EP] Onde está. A compus em 2012 e a música representa um momento embaraçoso que passei nesse período. É definitivamente uma música que muitos se identificarão.

Música sempre fez parte da sua vida? Quando que você descobriu que queria seguir uma carreira musical?
Sim, a música sempre foi um elemento presente na minha vida. Minha mãe é uma pessoa muito musical e ela foi uma influência certeira para mim. Na infância, eu me lembro de vê-la cantando e performando Laura Pausini pela casa toda e isso me intrigava bastante. Ela tinha o hábito de gravar fitas cassetes fazendo isso e eu acompanhava tudo. Sinto que a minha paixão por música surgiu naquele momento, influenciado pela admiração de ver a mãe fazendo aquilo.

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Com sete anos de idade, eu já tinha meu próprio caderno de poemas e composições. Comecei colocando tudo em prática na igreja, enquanto meus avós me colocavam em aulas de teatro, música e dança. Aprendi violão, mas não me afeiçoava muito com o instrumento. O amor por tudo aquilo se concretizou quando aprendi a tocar teclado. As composições, as melodias e a técnica fluíam mais naturalmente para mim.

Quais são suas referências e inspirações?
Eu procuro retirar uma inspiração de tudo aquilo que eu escuto, mas existem influências que são impossíveis de eu ouvir e não me inspirar sempre, como: The Keane, o disco Pitanga da Mallu Magalhães, o Nós do Marcelo Camelo, o som do Diplo, Skrillex e Hot Chip. Podem parecer referências distantes umas das outras, mas algumas eu uso liricamente e outras na hora da produção musical com o Pedrowl, que inclusive está sempre me apresentando sons novos e incríveis.

Me conta um pouco sobre seu EP. Qual a vibe dele?
O Onde é uma mistura de sentimentos meus coletados durante dois anos. Apesar de as composições soarem românticas, existe muita raiva por trás das palavras e duplos sentidos também. Por exemplo, a faixa "Duas Faces" é uma declaração de como eu vivia há 10 anos (na igreja, com a liberdade contida e um mundo cheio de limites) e como vivo hoje.

O EP foi todo produzido pelo Pedrowl, o responsável por criar comigo a sonoridade que mais se encaixava com as letras. O som é basicamente um synthpop mesclado da forma mais sutil com o trap. Ele me apresentou várias referências do gênero e eu fiquei apaixonado. Quando ele fez a demo de "Duas Faces", eu falei "é isso que eu quero pro EP todo". Então, acabamos estendendo a parceria também para os shows.

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Como é a sensação de lançar o seu primeiro EP?
A melhor do mundo. Eu definitivamente me sinto realizado porque me empenhei três anos nesse projeto e ver que estou prestes a lançá-lo é muito gratificante. Coloquei todo o meu coração nele junto com o Pedrowl, espero que as pessoas consigam entender a mensagem que ele passa e, é claro, curtam o som. Meu objetivo é fazer com que pelo menos uma pessoa coloque os fones de ouvido, deite na cama e escute o EP completo com um sorrisão, hahaha.

Ouvi dizer que tem uma participação do Rico Dalasam no EP. Como foi trabalhar com ele?
Sim, tem mesmo. A faixa se chama "É Tarde" e é uma das minhas favoritas. Depois de gravar a música completa, eu percebi que faltava alguma coisa, então entramos em contato com o Rico e pedimos pra que ele gravasse um rap em algumas estrofes. Pronto! Vi que estava perfeito. Ele faz um trabalho maravilhoso que eu acompanho há um tempo e a participação dele foi insubstituível nessa faixa.

Você abriu o show da MØ em São Paulo, né? Como foi a experiência?
Foi uma das experiências mais marcantes pra mim até agora. Eu a conheci na faixa "XXX 88" com o Diplo e fiquei extasiado com o som. Quando soube que faria a abertura, fiquei parado por meia hora sem reação. Hahahaha. Foi o primeiro show com o EP Onde então, eu e o Pedrowl (que é o produtor musical do projeto) nos esforçamos para que tudo desse certo. Ficamos trancados no estúdio do Gorky (Bonde do Rolê) durante uma semana, oito horas por dia, finalizando as coisas e criando o formato que gostaríamos. Foi intenso, mas valeu a pena ver o resultado.

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