Crédito: Kevin Dooley/Flickr
O Comitê de Inteligência do Senado dos EUA compilou 6 mil páginas de relatório em técnicas de interrogatório usadas em suspeitas de terrorismo pela Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) entre 2009 e 2013.Hoje, parte desse relatório finalmente veio a público: uma síntese de 500 páginas com os nomes de participantes e agentes da CIA.O relatório, intitulado "Committee Study of the Central Intelligence Agency's Detention and Interrogation Program" (Estudo do Comitê do Programa de Interrogatório e Detenção da Agência Central de Inteligência, em português), conclui que a "aprimorada técnica de interrogatório" da CIA, que incluiu muitas situações físicas e psicológicas que os ativistas de direitos humanos dizem constituir tortura, eram "não eficazes".
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O relatório também conclui que a CIA enganava os formuladores de políticas e o público sobre a operação e o programa e sua eficiência. Além disso, o relatório diz que o gerenciamento do programa era "inadequado e profundamente falho", e que o programa era "muito mais bruto" do que se sabia.Os métodos em questão também "regularmente resultaram em informação fabricada", de acordo com o comitê.A equipe do comitê inspecionou mais de 6,3 milhões de páginas de gravações da CIA do relatório, de acordo com um comunicado de imprensa do presidente senador Dianne Feinstein. O comitê votou por divulgar o relatório em abril de 2014, mas levou oito meses de negociação com a Casa Branca para tirar as partes que seriam redigidas. Em agosto, o escritório do diretor de inteligência nacional disse ao Washington post que pelo menos 15% do documento seria redigido.A síntese completa está aqui:Study of the Central Intelligence Agency's Detention and Interrogation ProgramO RELATÓRIO CONCLUI QUE A CIA ENGANAVA FORMULADORES DE POLÍTICAS E O PÚBLICO