Este artigo foi originalmente publicado na VICE ItáliaO sismo que atingiu o centro de Itália na madrugada de Quarta-feira, 24 de Agosto, já causou até ao momento, segundo os últimos dados oficias revelados, 267 mortos e quase 700 feridos. As operações de busca e salvamento em Amatrice e nos arredores da cidade estão ainda em curso. A pequena localidade, situada numa zona montanhosa, ficou reduzida a uma pilha de destroços depois do abalo.
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A única forma de lá chegar, ou de sair, é através do minibus disponibilizado pela Protecção Civil, entidade que coordena as operações no terreno. A cada deslocação, o veículo vai apinhado de equipas de salvamento e jornalistas, que são deixados num local a cerca de um quilómetro da cidade, já que não é seguro conduzir mais para dentro.Os feridos ligeiros são tratados em hospitais de campanha instalados nas proximidades, enquanto aqueles que necessitam de maiores cuidados são levados para unidades de saúde em Rieti, Norcia e Roma - a 70, 55 e 140 quilómetros de distância respectivamente. O facto de ser tão difícil chegar à cidade explica o porquê de as equipas de resgate terem demorado tanto a chegar logo depois do abalo sísmico inicial.Quando cheguei a Amatrice, às sete da tarde de quarta-feira, polícia, bombeiros, soldados e as unidades da Protecção Civil estavam a escavar nos escombros e, ao mesmo tempo, a tentarem coordenar as operações. Há homens e mulheres oriundos de todo o país: encontrei voluntários da Cruz Vermelha vindos de Roma, bombeiros e Milão e civis que tentavam ajudar da melhor forma possível, ao mesmo tempo que eram mantidos a uma distância de segurança pelas autoridades. As operações continuaram durante toda a noite, enquanto o estádio local - a única estrutura de grandes dimensões ainda de pé em Amatrice - transformou-se num campo de acolhimento. Um abrigo temporário para todos os que perderam as casas, ou que esperavam notícias sobre os seus familiares e amigos ainda desaparecidos.
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Permaneci em Amatrice com as equipas de salvamento até à madrugada de quinta-feira, 25.