Da coluna 'VICE Brasil 360'
Tem dez anos que os entornos do metrô Santa Cruz é o endereço da Batalha do Santa Cruz, uma das batalhas de improvisação mais importantes do hip-hop paulistano e, se pá, do Brasil. Lá já rimaram gente como Emicida, Rashid, Marcello Gugu, Projota, Bitrinho, Flow MC e Bárbara Bivolt e, até hoje, o lugar reúne semanalmente dezenas de manos e minas para um duelo de rimas.
A convite do Noisey e daVICE Brasil, a Bárbara nos levou numa edição do Santa pra gente sentir o clima e filmar, em 360º, como funciona essa coisa da batalha de sangue. "É legal essa cultura de batalha, que todo mundo pensa que é violência, mas que aqui a gente prega uma parada diferente, uma coisa de união", disse Bivolt. "É um lugar aberto pra qualquer pessoa chegar, olhar e aprender, o que pode salvar vidas de pessoas que tão nas ruas."
E não é só porque é batalha de improvisação que a Batalha não tem regras: "Não pode rima de mãe, nem de namorado. É uma batalha de sangue, então cada MC tem 30 segundos pra atacar o outro, e vice-versa, com tema livre, mas machismo não é mais tolerado", explicou Bárbara. "E é legal que cabe ao público decidir quem é o vencedor."
E, dez anos depois, pra Bárbara, a Batalha do Santa Cruz ainda é o lugar de onde podem sair mais nomes importantes do rap nacional: "É uma responsabilidade muito grande você estar ali, sabendo que é um lugar de tradição, onde muita gente importante já fez suas rimas e que agora é a sua vez de fazer isso", disse Bivolt.
Saca o vídeo 360º aqui abaixo: