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Jonas Sá é tropicalista artsy e novo nome do selo RISCO

Em sua estreia no catálogo do selo, Jonas lança o primeiro single de seu próximo disco, "Aimoré".

O carioca Jonas Sá teve uma infância um tanto incomum: seus pais, durante os anos 80, tinham a banda Cinema (cujo som foi resgatado no ano passado pela coletânea Outro Tempo). Ele passou os primeiros anos de vida cercado por grandes nomes das artes brasileiras — ou que atuavam no Brasil — na segunda meta do século XX, como Miguel Rio Branco e Tunga. Por conta desse contato, Jonas acreditou por toda a vida que seria cineasta, mas acabou seguindo o caminho dos pais e virando música. Ele é o novo nome do selo RISCO e, nessa segunda (26), lança um novo single intitulado "Aimoré".

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O caminho da música se deu por conta da influência de alguns amigos e começou oficialmente em 2007, quando Jonas lançou seu primeiro álbum Anormal. As referências vão longe: ele cita desde Caetano Veloso (a qual atribui seu lado tropicalista) ao compositor impressionista Claude Debussy, passando pelo Beck. "Tá tudo no mesmo patamar pra mim. Eu poderia estar fazendo outra coisa, desenhando ou fazendo filmes, mas estaria falando das mesmas coisas do mesmo jeito. Mas decidi fazer discos", me fala Jonas em entrevista.

E a nova empreitada do artista é PUBER., que será lançado no dia 11 de maio. O disco vem como uma grande mudança estética desde seu último lançamento, BLAM! BLAM!, de 2015. Enquanto o último é um disco de colagens sobre sexo, dos seus aspectos mais íntimo ao sexo na atividade profissional e econômica, PUBER. é um disco gravado ao vivo e foca em temas mais políticos.

"[No disco novo], quis focar na minha voz. Fazer um disco de canção, e deixar a voz e a letra tomarem o espaço. BLAM! BLAM! é uma afirmação estética; PUBER. também tem uma clareza estética, mas é de uma afirmação de canção e momento. São canções que se relacionam mais com o que está acontecendo à minha volta", fala.

A faixa que Jonas escolheu para fazer essa transição, "Aimoré", tem elementos dos dois discos: as conversas sobre intimidade e elementos de programação, como BLAM! BLAM!, mas foi composta num formato de canção e tem beiras mais "quentes", segundo Jonas, por toca em questões raciais, como a dos índios aimorés. "Mas falo de tudo isso como elementos de força e beleza incontestáveis pro coração", fala.

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