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Usuários e funcionários reclamam de programa anti-drogas de Doria

Criado para combater o tráfico e uso de drogas na Cracolândia, programa é visto como precário e desumano.
Imagem ilustrativa. Foto: Alice Teixeira/VICE originalmente feita para esta matéria.

A manhã de 21 de maio de 2017 ficou marcada pela megaoperação na Cracolândia realizada pela Prefeitura de São Paulo. A gestão do prefeito João Doria Jr. (PSDB)) mobilizou 900 agentes da Polícia Militar e Civil na ação que dispersou os usuários de drogas da região. Ao todo, 38 pessoas foram presas, carros depredados e imóveis invadidos. Naquele dia, Doria declarou o “fim da Cracolândia”.

Passados seis meses da operação, usuários e entidades assistenciais alegam que o projeto Redenção, criado para combater o tráfico e uso de drogas na região, é precário e desumano. Usuários contaram ao portal G1 que o atendimento de médicos e enfermeiros cessou, enquanto a Prefeitura diz que há atuação em excesso.

O fim da Cracolândia?

Uma funcionária da prefeitura, como informa o G1, caracterizou o projeto como “um retrocesso, apenas traz a internação como o único meio de tratamento”. Segundo ela, os usuários são internados e depois desamparados, retomando a condição de moradores de rua.

Em agosto, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), a Defensoria Pública e conselhos de classe divulgaram um relatório que atesta que o Programa Redenção é ineficaz. As entidades apontaram falhas como falta de alternativas à internação, inexistência de um projeto terapêutico individualizado, falta de profissionais nas unidades de saúde, ociosidade dos pacientes durante a internação e falta de acompanhamento após a desintoxicação.

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