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Quantidade versus qualidade no caso Cocielo

Após um comentário racista na internet, o youtuber perdeu contratos com marcas e excluiu boa parte do seu conteúdo na internet.
Imagem via Instagram.

Sábado, 30 de junho, França e Argentina entraram em campo para disputar uma vaga na semifinal da Copa do Mundo da Rússia. Sob a euforia de quem seguiria no campeonato ou não, um comentário infeliz e racista tornou-se a principal discussão da internet durante o fim de semana.

O youtuber Júlio Cocielo, 25, dono do Canal Canalha, postou no Twitter que o jogador da seleção francesa Kylian Mbappé Lottin faria "um arrastão top na praia". Após a chuva de comentários, Cocielo apagou esse tweet e outros 50 mil, logo depois que outros tweets de cunho racista foram expostos. Porém, uma vez publicado, para sempre eternizado no mundo da internet.

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Imagem via Twitter.

De imediato, a liga de youtubers do mesmo calibre de Cocielo chegou de prontidão para dar aquela passada de pano sobre a ação do colega, em adição ao pedido de desculpas raso feito pelo youtuber. Mas quem realmente se sentiu ofendido e entende que essa é a vez onde racistas não passarão, repudiaram o comentário e propuseram boicote ao youtuber. Nessa mesma leva, as marcas ao qual Julio era garoto-propaganda retiraram as campanhas do ar e se pronunciaram contra o comentário racista do youtuber.

Cocielo se mantém com 7 milhões de seguidores no Twitter e 16 milhões no YouTube, onde o acesso é livre e ilimitado e muito desses acessos vêm do público infantil e adolescente. Nem primeiro, nem último, o caso do youtuber expõe o essencial mais uma vez: é preciso pensar em quem e no que está falando. Não dá para aceitar nada menos que isso.

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