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Deslizamento em Serra Leoa deixa 400 mortos

Autoridades locais falam em mais 600 pessoas desaparecidas. Há risco de novos desabamentos.
Pessoas escalam a lama da encosta em Regent, Serra Leoa, em 15 de agosto de 2017. Screenshot via Reuters TV. 

Cerca de mil pessoas morreram ou estão desaparecidas depois de um deslizamento devastador na capital de Serra Leoa, Freetown. Outras milhares estão desabrigadas. O governo decretou sete dias de luto e pediu ajuda internacional urgente, dizendo que está "sobrecarregado" com a tragédia.

Se o governo não agir com rapidez, segundo agências humanitárias, as coisas podem piorar.

O deslizamento atingiu Freetown na segunda-feira (14), levando centenas de casas e enterrando vítimas enquanto elas dormiam. O governo confirmou para a BBC nesta quarta (16) que o número de mortes já chega a 400, mas alertou que pelo menos 600 outras pessoas estão desaparecidas. A Cruz Vermelha estima que pelo menos 3 mil pessoas estão desabrigadas.

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A área de encostas de Regent em Freetown foi atingida quando chuvas mais fortes que o normal resultaram no deslizamento de parte do Sugar Loaf Mount. A catástrofe natural foi exacerbada pela falta de preparo no socorro às vítimas. Não houve aviso do departamento meteorológico sobre esse risco do desastre.

Agências humanitárias estão se esforçando para ajudar os afetados e tendo dificuldades para alcançar a área montanhosa. A situação pode piorar nos próximos dias, já que a chuva pesada continua. Serra Leoa ainda não está nem na metade de sua temporada de chuvas.

"Temos montanhas e encostas muito íngremes. [É muito difícil] acessar essas áreas, com muita lama escorregadia — há risco de um segundo deslizamento", disse Linnea Van Wagenen, que trabalha para a ONU em Serra Leoa. "Não temos ideia de como esse enorme deslizamento afetou o solo."

O sistema de drenagem da cidade já estava sobrecarregado com as chuvas torrenciais, então há grandes alagamentos em várias áreas de Freetown. "A propagação de doenças como cólera, tifo e diarreia depois das inundações é uma grande preocupação", disse Alex Carle, diretor de programas internacionais da Cruz Vermelha britânica, ao Guardian.

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