A XXXperience comemorou seus 20 anos de festival nesse último sábado (12) e reuniu mais um vez na Arena Maeda a galera mais louca de São Paulo e região. A edição foi marcada também pelo fim da XXXtrilogy, trilogia que começou em 2014 e tinha a intenção de chegar aos seus 20 anos de uma forma triunfante. A ideia foi realizada pelas produtoras No Limits e Plus Talent e passou pelos temas “Vale dos Dragões”, “Portal dos Desejos” e “Reino Mágico”. Foram mais de 50 atrações distribuídas em quatro palcos, contando com nomes como Steve Angello, Alok, Astrix, Infected Mushroom, Dubfire, Claude Vonstroke e outros grandes nomes da música eletrônica.
Colamos lá de novo pra ver de perto tudo o que rolou dentro desse universo chamado Xxxperience. Veja aqui os fatos que mais marcaram o festival:
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“Invasão” psy trance
A XXX desse ano veio com surpresas para a galera do prog e psy trance. O gênero que está presente desde o início da rave ainda é um dos que traz a maior parte do público. É difícil surpreender dentro de tantas edições, porém a organização proporcionou momentos épicos mesmo para os frequentadores de longa data. Os fãs tiveram a oportunidade de ver os astros do psy em sets no formato back to back a noite inteira no Peace Stage. Teve Astrix vs Ace Ventura, GMS vs Wrecked Machines, Talamasca vs Yasser Hanzi e um final triunfante com Infected Mushroom e Skazi no main stage. Foi ÉPICO!
Brazilian Bass
Dubdogz, Shapeless, Illusionise e Alok representaram o “brazilian bass” na primeira leva de DJs do Love Stage (main stage). O segmento de deep house popularizado pelo Alok ainda é criticado por muitos, mas embalou o público da melhor maneira possível no início do festival. Vimos a galera cantando e pulando muito todos os hits.
Muito TRAP com Tropkillaz
Logo depois do set do Alok entrou o Tropkillaz e sua tchurma quebrando tudo pela primeira vez no festival. Laudz e Zegon estavam acompanhados das Trop Girls (Luana Exner e Natacha Virgilio) e de DonCesão animando a galera. Apesar de fazerem um set animado, o estilo ainda não é o preferido dos ravers, que preferem sons mais progressivos ou psicodélicos.
Garoa, Frio e Lama
Esse ano também teve um pouco de chuva para dar aquela emoção de atolar a botinha na lama, mas nada comparado ao ano passado. A garoa ficou constante durante todo o festival, mas isso a gente já sabe que não é nenhum impedimento para os ravers curtirem o rolê.
Estrutura e Organização
A XXXperience não é um festival de se esperar grandes cenografias, a maioria do que vimos por lá era reaproveitado de edições passadas. A estrutura do Union e Skol Beats Stage era exatamente as mesmas de 2015. A cabeça do dragão que estava instalada no chão é a mesma que foi utilizada no palco principal da edição Vale dos Dragões em 2014.
Outro ponto fraco foi a falta de toldos ou espaços cobertos. Os únicos lugares cobertos eram um grande camarote que ficava ao lado do main stage e a praça de alimentação, que ficou impossível de transitar com tanta gente jogada pelo chão. Era possível ver pessoas sentadas em qualquer espaço onde não caísse água, desde as passagens para o palco do backstage até os toldos da entrada onde era feito a revista.
Bonde da Oakley
O bonde da Oakley colou em peso nessa edição. Mesmo com a medusa e guarda chuva barrados na entrada a galera foi portando os kits completos.
Cardápio
Mais uma vez preços altíssimos no cardápio. O que mais chamou atenção foi o preço da água, que saia a R$7,50 por 300ml. A cerveja estava R$10 e o energetico R$17,50. Na praça de alimentação um hambúrguer simples custava R$20.
Segurança
A segurança foi um das falhas mais graves do festival esse ano. Muita gente criticou nas redes. Por volta das 21h, um grupo de pessoas sem ingresso tentou invadir e pular os portões, causando muita confusão. No final do evento há relatos de muitas brigas no estacionamento, furtos e carros arrombados. Vimos apenas duas viaturas da polícia na parte de fora e nenhuma no estacionamento dos ônibus, local onde havia maior movimento.
Techno e House
A rave ainda é uma das melhores alternativas para quem quer curtir techno/house em um ótimo sistema de som e ver grandes DJs da cena. O palco Union e Skol Beats by Joy (backstage) trouxeram nomes como Dubfire, The Martinez Brothers e Claude Vonstroke. Para quem acabou perdendo o set do Stephan Bodzin devido as confusões da Tribe, dessa vez teve a chance de ver o alemão quebrando tudo na XXXperience.
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Acesso Backstage
O backstage era um palco que contava com acesso exclusivo para quem desembolsou um pouco a mais no ingresso. Como nome assinado pela Skol Beats, lá se apresentaram artistas como Dashdot, Volkolder e Amine Edge & Dance. Além de pagar mais caro, o público deu de cara com a mesma cenografia do ano passado. Continuamos ainda sem entender o por que desse palco backstage nas raves e por que a Xxxperience aderiu à essa ideia esse ano.
Muita fritação
Como sempre, os fritos fizeram a festa e não faltou animação pra ninguém. Saímos de lá de alma lavada e prontos para a proxima rave.
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