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O comandante do Comando de Policiamento de Área 7 (CPAM7), coronel Alberto Malfi Sardilli, disse que o uso de bombas é feito para evitar o confronto direto de policiais com manifestantes. "Caso fossem usados cassetetes, seria pior".Sardilli também acrescentou que munições de efeito moral (bombas e bala de borracha) oferecem um incômodo, principalmente por causa das reações provocadas pelos componentes químicos. "O elastômero (bala de borracha) não pode ser usado em meio à multidão, somente em casos nos quais é constatado uma atitude criminosa".O comandante garantiu que se algum abuso for constatado, o policial responde pela infração, inclusive judicialmente, caso algum manifestante for ferido.
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Em junho de 2013, o fotojornalista Sérgio Silva foi atingido por uma bala de borracha e ficou cego do olho esquerdo. Ele cobria o quarto ato do Movimento Passe Livre em São Paulo.Silva tentou processar o governo do estado pelo incidente. No entanto, a Justiça negou neste ano o pedido de indenização do profissional.Na decisão, o juiz Olavo Zampol Junior afirmou ser "improcedente" o pedido do fotógrafo. O magistrado considerou que o profissional assumiu o risco por estar entre manifestantes e a polícia. "(A) culpa (é) exclusiva do autor ao se colocar na linha de confronto", diz trecho da decisão.MANIFESTANTE PERDE VISÃO
Questionado sobre a manifestante que ficou cega, devido um estilhaço de bomba que atingiu o olho esquerdo dela, o coronel Sardilli afirmou que o caso é uma exceção. Explicou que as bombas são constituídas de duas partes, o corpo e o "capacete". "(Quando há a explosão) o corpo do equipamento é fragmentado previamente. O que sobra, no máximo, são pedaços de três milímetros por três milímetros".
Sardilli afirmou que membros das tropas de choque e das Forças Táticas de batalhões são os mais aptos a utilizar as armas não letais. Policiais são treinados no 3º Batalhão de Choque, que oferece aos interessados o Curso de Distúrbios Civis. "Não é o ideal que policiais de viaturas de área (que fazem rondas em bairros) usem este tipo de equipamento (de contenção). Somente em último caso, quando a integridade do policial é colocada em risco".Antes de assumir o comando do CPAM7, que abrange oito cidades da grande São Paulo, Sardilli ficou à frente das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) e da Cavalaria da PM.Siga a VICE Brasil no Facebook, Twitter e Instagram.