Revoltados com a vitória da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) no processo contra o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), defensores do ex-militar resolveram fazer justiça com as próprias teclas. Nesta quarta (4), Rosário teve seu número de celular vazado e foi adicionada a um grupo chamado "Bolsonaro 2018" onde recebeu insultos como "vaca", "comunista de merda", "bandida", "filha da puta" e "traidora da nação".
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Defensores de Bolsonaro atacam Maria do Rosário pelo WhatsApp. Imagem: reprodução/ Twitter
Na última terça (14), a Terceira Turma do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) manteve a condenação de Bolsonaro a pagar indenização de R$ 10 mil a deputada por ofendê-la em 2014, quando disse que não a estuprava porque ela "não merecia" e era "muito feia".Maria do Rosário postou imagens dos xingamentos em seu Twitter. Nelas, é possível notar que todos os agressores são homens. "Informo que mais uma vez grupos criminosos de apoio ao deputado hoje condenado descobrem na Câmara meu número e usam Whats para agressões sem limite", publicou.
Consultado pela VICE, o advogado Roberto Rigato afirmou que a deputada pode fazer um boletim de ocorrência e pedir a instauração de inquérito policial por injúria e difamação. "Ainda mais se eles escreveram para ela e depois circularam fotos da agressão em outros grupos", endossou."O Estado brasileiro prescreve como direito fundamental que 'são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas", pontuou Rigato. Para ele, não "é preciso nenhum malabarismo retórico" para demonstrar que as mensagens configuram-se como atos de violência ao direito da deputada.Siga a VICE Brasil noFacebook,TwittereInstagram.
