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Guilhotina

Plana plena, pleníssima

Motivos impressos e reais para você não perder o Festival Plana.

O Pedro é designer na VICE. Ele também tem uma editora, a Pipoca Press. Por isso, ele sabe que tem muito trabalho foda de muita gente foda que está circulando pelas feiras e eventos de publicação no Brasil e fora dele. Aqui você vai conhecer esses trabalhos e essas pessoas.

A Plana Festival Internacional de Publicações de São Paulo está chegando! Será nos dias 23 à 25 de março, na Cinemateca. O que é a Plana? O maior festival de publicações e editoras independentes da América Latina. Cerca de 200 editoras brasileiras e internacionais vem para São Paulo para colocar à mostra e à venda seus trabalhos.

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O tema do ano é o “Retorno ao Nada”, que nessa edição propõe o fomento de projetos não só no âmbito da cultura gráfica, mas inspirando ideias políticas e sociais por meio de debates, conversas e encontros. Para isso, a curadoria de Bia Bittencourt, idealizadora do festival, foi dividida com 20 editoras, artistas e produtores culturais que montaram tudo coletivamente a programação de palestras, exposições e atividades paralelas à feira,

A programação incrível toda está aqui!

Algumas informações práticas

Chegue cedo! No ano passado muita gente ficou para fora por conta da lotação do espaço. É muito expositor. Chegar cedo garante que você veja tudo, ou quase tudo. Ajude o festival! O evento é gratuito mas um festival feito na raça custa bem caro. No site do festival você pode dar uma contribuição voluntária. É o preço de um zine!

Nem todos aceitam cartão! Vale levar uma dinheiro em espécie, nesse caso. No entanto, todos são bem tranquilos e você pode fazer uma transferência ali na hora.

Acompanhe as redes! Se não for de ou não estiver em São Paulo, acompanhe o Instagram do festival e das editoras aqui e aqui listadas. A VICE também estará por lá cobrindo tudo!

Sobre a Plana deste ano

As sessões do “Cinema zero“ em parceria com a Cinemateca acontecem durante o festival e na semana seguinte. Vão acontecer também visitas guiadas, mediante marcação nos dias da feira também!

Foto: Allysson Alapont

Na sexta vale conferir La Garçonnière onde poetas e escritores leem suas obras acompanhados por músicos, atores e performers, ao mesmo tempo em que artistas expõem seus trabalhos, suas instalações, suas obras plásticas e gráficas, seus livros e seus objetos.

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Foto: Guilherme Santana/VICE Brasil

No sábado, não dá para perder a mesa Degênero: o grito do corpo, com Amara Moira, Claudia Nigro e mediação de Chico Felitti. A mesa discutirá os ataques contra a diversidade de gênero que estão acontecendo atualmente em nossa sociedade. Além disso, serão debatidas as formas de exclusão que acontecem no mercado editorial, relacionadas a mulheres, lésbicas, gays, bissexuais e transexuais.

Foto: Jessyca Alvez

Ainda no sábado, acontece o Slam das Minas, uma batalha de poetas, que chegou no Brasil em 2008 e comemora uma década. É uma batalha inspirada no boxe, com regras que criam uma atmosfera de igualdade entre os competidores: só é permitida a declamação de textos autorais de até três minutos, não é permitido usar figurino ou objeto cênico, pode-se ler o texto e o júri é convocado na hora. No Slam das Minas, somente mulheres podem se inscrever para a batalha. Durante a Plana, as inscrições para poetas serão feitas meia hora antes.

Foto: Divulgação

No domingo o editor-chefe da revista Flaneur, Fabian Saul, e o diretor de arte, Johannes Conrad, discutirão o processo de feitio da revista. Eles vão apresentar vários contribuidores e convidar todos para discutir os temas da revista.

Aqui está um recorte comentado e linkado do que você pode encontrar por lá:

Zoológica, de Silvino Mendonça Savant Editora (Brasília)

Segunda edição de um zine sobre animais e jornalismo.

Hariken 87, de Rafa Moo Editora GRIS (Salvador)

Segunda publicação da coleção Futebooks, Hariken 87 é um zine que reinventa uma viagem do artilheiro Dino Furacão ao Japão

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Cafeína, de Glenda Pocai Polvilho Edições (Belo Horizonte)

Primeira parceria internacional e biligue da editora mineira. O livro ainda tem desdobramentos em posters e patches.

Gostoso, de Radriguez Bebel Books (São Paulo)

Zine safado e gostoso de uma editora que adora tratar desse assunto! Posters e cartões também serão vendidos!

Uma Bicha, de Caio Riscado Pipoca Press (Rio de Janeiro)

Que bicha você é? O livro te traz várias possibilidades. Ou várias bichas.

Chicos Zine, de Fábio Lamounier e Rodrigo Ladeira Chicos (Belo Horizonte)

Um compilado de fotografias e depoimentos de homens gays, disposto em diferentes materiais: 02 mini Zines, 12 fotografias, 02 pôsteres.

Férias 3, de Vânia Medeiros Conspire Edições (São Paulo)

Terceiro zine da série “Férias”. Dessa vez, as férias foram na Alemanha e Turquia.

Kingdom, de Rita Lino Stolen Books (Portugal)

Eu já era moderna antes de Lady Gaga, de Leandro Cunha Aurora Edições (São Paulo)

Com influências de David Bowie, Andy Warhol, Carlos Zéfiro, Hilda Hilst, Matias Aires, o livro – impresso inteiramente em serigrafia – apresenta o universo icônico de Leandro, em imagens que olham no fundo dos olhos.

Oarmarinho, de Laura Castro Sociedade da Prensa (Salvador)

Fruto do blog homônimo, em que Laura Castro escreveu por quatro anos, como um dispositivo de criação literária experimental.

Selfie, de Dario Maroche Microutopias (Uruguai)

Parte da coleção “Palavra do ano”. Cada ano uma palavra do ano. Cada ano uma nova publicação.

Colossus, de Igor Arume Risotrip (Rio de Janeiro)

Um arquivo de fotos de estruturas monolíticas ancestrais encontradas na internet, colecionadas e editadas em uma publicação formato A3.

De novo, de Gustavo Piqueira Lote 42 (São Paulo)

O livro ensaia esse formato de intercalação e dobras de quatro folhas em seis modalidades de possibilidades expressivas: fotografia, texto, desenho, colagem, diálogo e cor/pictogramas.

Catálogo, de Marcelo Gandhi Norte (São Paulo)

81 fotos de nus masculinos retirados de tumblr gays durante 2 anos. Critério de escolha: desejo

Mal te conheço mas ja fiz seu mapa astral, de Marrytsa Melo Nano Editora (Rio de Janeiro)

Após uma roda de estudos astrológicos, 6 pessoas foram desafiadas a fazer o mapa astral na primeira pessoa que cruzasse o seu caminho.

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Carrossel, o dificil livro das escolhas, de Ale Kalko Ale Kalko (São Paulo)

O zine/livro se utiliza das dobras do papel para contruir a narrativa. Cada quadrado formado pelas dobras é um capítulo.

Narco, de Lina Ibañez Fotolab Linaibah (Colômbia)

Uma fanzine consumível. Reune fotos de personagens de Pablo Escobar.

Edifício Recife. Recife Edifice, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca Ikrek (São Paulo)

Aborda temas como a mercantilização das práticas coletivas tradicionais e a folclorização da cultura pop nas economias emergentes.

N. R. A., de Ana Rodrigues e João Paulo Pereira Quaseditora (Rio de Janeiro)

11 trocas de imagens que dialogam, se equivalem, perguntam e respondem, sempre com humor e uma desprentensiosa sensibilidade de olhares atentos para tudo que os cercam.

1980, de Sonia Freitas Editora Criatura (Brasília)

O fotozine feito por mãe e filha reúne fotografias feitas na década de 1980, em sua maioria em Brasília.

Indicadores, de Rony Maltz Lp Press (Rio de Janeiro)

O primeiro de um desafio editorial de editar um zine por semana. Um inventário visual de microexpressões a partir de stills de vídeos de 2016 e 2017.

Vermelho, de Paloma Mecozzi Vibrant Editora (São Paulo)

Livro reune o trabalho da artista em uma edição muito sensível.

Plana Festival Internacional de Publicações de São Paulo
23, 24 e 25 de março
Local: Cinemateca Brasileira
Largo Senador Raul Cardoso, 207
Vila Clementino – São Paulo

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