O Protesto de 1º de Maio em Milão Acabou em Violência

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O Protesto de 1º de Maio em Milão Acabou em Violência

Barricadas, gás lacrimogêneo e treta entre a polícia e os opositores à Expo 2015.

A polícia e os opositores à Expo 2015 se enfrentaram em Milão, Itália, no dia 1º de maio. A Expo (uma feira de alimentos de seis meses de duração) ficou na mira dos manifestantes depois de um escândalo envolvendo funcionários do governo e da feira. Quando assegurou os direitos de hospedar a Expo sete anos atrás, o governo italiano separou € 1,3 bilhão (R$ 4,4 bilhões) para esse propósito. Agora, muitos temem que o investimento vá diretamente ao bolso das empresas envolvidas em vez de beneficiar o país, pesadamente afetado pela recessão.

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A marcha "No-Expo" da sexta, organizada para coincidir com a abertura da feira, foi o ápice de uma mobilização que vem crescendo há vários anos. Por volta das 15 horas, o comitê No-Expo, além de esquerdistas, sindicatos, anarquistas, estudantes e ativistas pelo direito dos animais, se reuniram no centro de Milão sob a faixa "Não à Expo, Coma os Ricos". Como a mídia já vinha prevendo antes do evento, não demorou muito para a tensão explodir.

Logo depois das 17 horas, confrontos começaram entre centenas de manifestantes e a polícia. Pessoas mascaradas se separaram de um grupo pacífico maior e começaram a quebrar vidraças de bancos e lojas, além de incendiar carros. A polícia respondeu com gás lacrimogêneo e canhões de água numa tentativa de dispersar a multidão.

Até agora, cinco prisões foram confirmadas. As autoridades dizem que vão tomar as ações necessárias para lidar com os participantes do tumulto.

Os organizadores da Expo especulam que a feira deve atrair cerca de 20 milhões de visitantes nos próximos seis meses, além de gerar € 10 bilhões (R$ 34,3 bilhões) para a economia italiana.

Tradução: Marina Schnoor