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Rica Pancita analisa os lançamentos da sexta #110

Ressaquinha do Carnaval? Sim. Sonzeras na playlist? Com certeza.
Rica Pancita analisa os lançamentos da sexta #110

E ae, meus nobre.

Acabou. Uma hora acaba. É da vida. Foram os quatro dias de dormir pouco, beber mais que o recomendado, cagar igual presidente no Einstein e cantar os grandes hits da década de 50. Agora acabou e volta tudo a ser o de sempre mesmo.

Os lançamentos, sei lá se foi muito se foi pouco, acabou o Carnaval e eu tô meio melancólico. Então desculpa aí. Mas garanto que fiz o melhor pra filtrar as mais show que teve.

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Certo? Certo. Vamo? Vamo.

Bora pra lista.

----AS TOP DO PÓS-CARNAVAL----

Vampire Weekend - “Sunflower” e “Big Blue”
A primeira faixa eu achei foda num nível FODA que só rolou comigo em relação a essa banda na primeira vez que ouvi “Cousins” (e faz quase 10 anos isso já, hein galera). É praticamente um prog, mas muito do legal de ouvir. A outra é boazinha, mais no violão, mas muito acima do último single que eles tinham lançado (que é chato). Se seguirem nesse caminho está ótimo.

Salvador Sobral - “Anda estragar-me os planos”
Eu, enquanto MAIOR DIVULGADOR de Salvador Sobral em território brasileiro, vou botar qualquer coisa que ele lançar entre as melhores. Até vocês começarem a se coçar aí porque pelamor, já tá na hora. Pode botar ele pra cantar o JINGLE DA BIOMETRIA (“vem! Pra biometria. Vem! Não pode faltar ninguém!”) que vai virar algo que toca o coraçãozinho das pessoas. Que o cara tem a manha. E é isso. Empolgo sempre.

Matmos - “The Crying Pill”
Eu vou parar de falar dos singles do Matmos porque tá sendo praticamente um por semana. Aí quando chegar o disco mesmo eu não vou ter mais nada pra falar. Só digo então que é o melhor single até o momento (sendo que os outros já eram bons).

----AS OUTRAS DO PÓS-CARNAVAL QUE TÃO BOAS TAMBÉM----

Mac DeMarco - “Nobody”
Musiquinha com base ok, diria até que legal de ouvir, mas com a repetição começa a ficar meio monótona. Como gosto de fato de ouvir o Mac cantando, eu vou fazer vista grossa e colocar entre as boas. Mas ainda estou em dúvida se merece mesmo ou não. Mas vá lá.

Chemical Brothers - “We’ve Got To Try”
Tem um quê de Basement Jaxx (e meus parabéns para quem entendeu). O que é legal, mas seria mais legal há 15 anos atrás. Hoje em dia é apenas “é, tá aí ó… os cara de volta”. É bom ter os cara de volta, mas dá pra melhorar isso aí ainda.

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Stephen Malkmus - “Come Get Me”
Curtinha, boazinha, porém curtinha. Mais de rockinho lo-fi. Legal de ouvir, porém curtinha. Quase uma vinheta.

Kokoroko - Kokoroko
Jazzinho afrobeat bem legalzinho. Zero novidades, é igual os afrobeats que você já manja. Se você não manja nenhum, aí até recomendo mais. Se manja também, mas aí você já vai estar sabendo onde está pisando. Bom.

Meat Puppets - Dusty Notes
É bom o disco. Não tava esperando nada (nada de bom, ao menos) e veio um disco bem legal de ouvir. Só folk rock porém com algum elemento pra deixar a música muito animadinha, muito tchubaruba, muito trilha de tutorial de YouTube, porém trilha boa. Então é um pianinho aqui, um banjo acolá, synthzinho, essas coisa.

Foals - Part 1: Everything Not Saved Will Be Lost
Surpreendentemente (pra mim), no fim das contas, com o disco completo, achei o resultado até que bom. Foi agradável, não muito longo (dura 39 minutos) e mesmo os singles que eu não havia gostado antes, hoje já soam melhorzinho. Óbviamente que é aquele brit rock que não vai muito longe, mas tem lá seus momentos, como “White Onions” e “In Degrees”. Bastante som de pistinha indie, bastante Hot Chip um degrau abaixo. Enfim, é bom sim.

Cage The Elephant - “House Of Glass”
Mais um brit rock que tá aí o brit rock. É uma boa música sim mas, se você não notou, brit rock é um subgênero que no máximo do máximo me desperta um “éééééé tá aí o rock aí… beleza…”. Então realmente empolgar não me empolga não. Mas é boa sim. Tá aí o brit rock. (Antes que comentem eu sei que são norte-americanos. Olhei na Wikipedia.)

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Bárbara Eugênia - Tuda
Um bom disco de sei lá o que. De músicas. Porque é uma puta mistureba, aí é música em português, música em espanhol, uma mais de axé, outra mais pro pop eletrônico, aí vai pra música latina voz-violão, com um pouquinho assim de carimbó. Aí isso aí já me incomoda um pouco, porque prefiro as coisas mais organizadinhas do que uma grande compilação de gêneros musicais. Todas são boas, mas na #organização é isso aí que eu falei. Mas são boas.

DJ MP7 - “Tamo Junto & Abençoado”
Mas um futuro sucesso sertanejo-EDM-gospel do DJ MP7. Praticamente o Dennis DJ de Deus. Mesmo nível de tudo. É bom e você pode tocar para os seus amiguinhos que eles nem vão perceber que estarão louvando ao Senhor. É esquema ganha-ganha.

----AS QUE ESQUECE----

The National - “You Had Your Soul With You”
Chato hein. HEIN. Chato. Indiezinho sem muita graça, mas que tem uma boa produção, uns efeitos, uma picotada no som da guitarra que dá até um tchans pra música… que vem a ser um indiezinho sem muita graça. Faz parte.

Khalid - “My Bad”
Esses popzinho meio R&B, meio EDM, meio bosta nenhuma, que tanto faz quanto tanto fez. Vamos pra próxima.

The Black Keys - “Lo/Hi”
“Rock sujo” que engana sei lá quem hoje em dia. Eu que não. Os mesmos bagulho de sempre de tocar em festinha indie pra jovem que ainda não tá ligado. É okzinho? É. Não é horrível. Mas é de uma imensa bobagem que enfim, é isso aí que falei.

Toda semana, o guerreiro brasileiro Rica Pancita seleciona a nata dos lançamentos do universo pop para a playlist só com o ouro fonográfico no Sexta Lançamentos por Rica Pancita.

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