As 101 Faixas Vitais de 2014 | 60 - 51

Quando o Mike Mago se junta com os vocais ofegantes e pra cima da Martina Sorbara, da Dragonette, o resultado é uma música que pinta um pouco fora da moldura. "Outlines" soa facilmente como o new wave dos anos 80 e o vocal house dos anos 90, com um efeito tão animador que você nem percebe o quanto a letra é triste. Viva! (DG)

Sendo o Viceroy um cara que costuma produzir coisas tão pra cima, seria desleixo nosso deixar de fora o remix dele para esta parceria sentimental entre o RAC e o Matthew Koma. Dê play nessa aqui, coloque os óculos escuros e vá para a praia. Como diz o Soundcloud do Viceroy: é verão. O tempo todo. (DC)

O teclado tocado com força, o beat subtropical e os vocais suplicantes fazem desta ode à reconciliação a trilha sonora perfeita para a próxima vez que você chegar perto de acabar um namoro. Mantenha-a no bolso para quando precisar fazer as pazes. (MGL)

Não fosse pelo Hippie Sabotage, "Habits", da Tove Lo, podia ter apodrecido no porão de uma grande gravadora. A dupla californiana chamou a atenção para a faixa pop, transformando-a num hit das raves antes que ela chegasse às paradas. Ainda assim, o trabalho deles é precedido pelo flip do Keys N Krates, um bootleg que a princípio irritou os responsáveis por Lo, até eles perceberem que era melhor alimentar o vício do que deixar todo mundo na abstinência. (ZM)

Quando o Rustie revelou que tinha feito uma parceria com o Danny Brown, pouca gente ficou surpresa, mas ninguém sabia exatamente o que esperar. O fruto da colaboração entre o músico de Glasgow e o rapper de Detroit, "Attak", supera o hype e brilha como uma das faixas mais potentes de Green Language. (ZR)

Embora esta possa ser uma das faixas mais suaves já feitas pela dupla, é uma celebração do fato de que eles estão fazendo sucesso! Birmingham sempre foi o centro de uma parada meio bassline, e agora que ela está se espalhando para o resto do mundo, Wants e Loreza estão admiravelmente representando a sua cidade (embora esta faixa seja mais balearic do que brum). (JK)

Nitidamente se divertindo, o MK faz um re-rub house da faixa do Sam Smith, produzida pelo Two Inch Punch, jogando-a no meio da pista lá pelas três da manhã. Subitamente, um teclado que você não tinha notado antes é a sua âncora para a realidade. Dinheiro? Não. Você não está pensando em nada. (ZM)

É de um álbum decepcionante que vem esta pérola etílica do Tiësto. Não soa em nada como ele, em grande parte graça aos vocais e à contribuição na composição do Matthew Koma. Na verdade, o refrão em particular faz "Wasted" parecer tão nada a ver com o Tiësto que é um sinal que talvez ele deva tentar seguir a carreira de popstar se essa coisa toda de ser DJ não der certo. (ZR)

Já nos estalidos iniciais fica claro que "Say My Name" reserva algo grande. Sim, tem um refrão épico e um brilhante sintetizador de oitava superior, mas é a percussão violenta e sincopada que sustenta os "oh yeahs" de Zyra que deixa a faixa mais afiada e reafirma a posição do ODESZA como o próximo grande estouro da música eletrônica. (ZM)

O Dusky nos mantêm grudados na pista a cada lançamento, mesmo que eles não sejam tão frequentes quanto gostaríamos. Ainda assim, o amor – na forma do house – tomou conta das nossas almas e dos nossos pés com esta faixa, com a mais forte das vibes. (OS)

THUMP Staff: Zel McCarthy, Jemayel Khawaja, Michelle Lhooq, David Garber, Ziad Ramley, Josh Baines, Olyvia Salyer, Dylan Coburn, Meghan Logue and Joel Fowler

Tradução: Fernanda Botta