Como Seria Kanye West na Presidência dos Estados Unidos
Arte de Koren Shadmi

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Como Seria Kanye West na Presidência dos Estados Unidos

Cinco escritores imaginam o astro pop na Casa Branca em 2021.

No último VMA, Kanye West finalizou seu discurso com o anúncio de que se candidataria à presidência dos Estados Unidos nas eleições de 2020. Nós da Terraform, a seção de ficção científica do Motherboard, nos vimos obrigados a chamar alguns escritores (e fãs de Kanye West) para imaginar o Mandato West por volta do ano de 2021. Aqui estão cinco visões dos Estados Unidos sob o comando do Presidente Yeezus.

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1. Um Papo com Secretário do Tesouro Kendrick

O Presidente se senta na ponta de uma longa mesa de reuniões. Kendrick Lamar está sentado na outra extremidade. O Presidente levanta a mão, e um membro do Serviço Secreto se aproxima e coloca um Snickers em sua palma aberta. "Você é o cara da grana", ele diz, com a voz atravessando a mesa.

"Sou sim. Secretário do Tesouro", diz Lamar. "Mas não sei por que você me escolheu."

"Precisamos dar dinheiro para quem precisa", diz o Presidente. Ele examina o Snickers e vê que a embalagem está fechada; o chocolate é entregue de volta ao agente do Serviço Secreto, que o abre.

"Concordo."

"Foda-se", diz o Presidente. "Pode levar meu dinheiro. Eu arranjo mais."

"Ainda existem pessoas miseráveis, pessoas que vivem às custas de programas sociais, pessoas desabrigadas, pessoas oprimidas pelas construções sociais. Elas precisam da gente."

"E como a gente vai conseguir todo esse dinheiro?", pergunta Lamar.

"Vamos pegar o dinheiro dos ricos", diz o Presidente.

"Mas os ricos não vão simplesmente entregar suas fortunas. Você abriria mão do seu dinheiro, Senhor Presidente?"

"Foda-se", diz o Presidente. "Pode levar meu dinheiro. Eu arranjo mais. Eles também. É o que a gente faz de melhor, você não acha?"

"Verdade. Aumentamos os impostos?"

"Isso aí". O Presidente termina seu Snickers e amassa a embalagem. "Por que a gente demorou tanto pra fazer isso?"

"Culpa dos brancos."

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O Presidente se levanta e entra no longo corredor que liga a sala de reuniões ao resto do prédio. Enquanto caminha, ele grita para o assistente mais próximo: "Eu já disse para vocês se livrarem dessas pinturas velhas, essas merdas retrógradas! E olha esse carpete, eu já disse que quero um TAPETE. DE. CAMURÇA. PRETA. Por que essa lerdeza? E você, ô do sapato — tira essa merda e vista algo melhor amanhã. Compre um Allen Edmond, pelo amor de Deus". Os funcionários arrancam os quadros das paredes e saem correndo.

-Casey Johnston. Casey é editora da Sweethome. Seu trabalho já foi publicado na Wired, no The Awl, na Ars Technica e aqui na Motherboard.


2. Memórias de uma Vida Normal

"Senhor, seu telefone está tocando". Kanye não precisava que Jeremy, o agente do Serviço Secreto de plantão naquela tarde, o informasse que seu celular estava tocando — mas como ele havia aprendido nos dois primeiros anos de seu primeiro (e quisera Deus único) mandato presidencial, os agentes do Serviço Secreto eram ao mesmo tempo inúteis e absolutamente necessários.

"Senhor —"

"Eu sei, Jeremy, eu sei."

Mesmo sem olhar para a tela de plástico reciclável de seu iPhone 8zQ, Kanye sabia quem estava ligando: era James, a quem Kanye havia, em tempos mais felizes, apelidado carinhosamente de Cudi.

James ligava para ele todos os dias desde o acidente — o acidente de avião que havia, há um ano e meio, tirado a vida de sua esposa, Kim, e de toda sua família, exceto de seus dois filhos. Mas Kanye se recusava a falar. Kanye não quer falar, ele repetiu para si mesmo; a ironia era grande demais. Kanye deu um longo suspiro e colocou o celular no silencioso.

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Quando o povo foi às urnas, Kanye foi eleito com 97% do voto popular.

"Estamos a meia hora do aeroporto, Sr. Presidente". Outra viagem para a China. Quando esse trabalho iria acabar? Kanye sabia que essa era uma pergunta sem resposta. Quantas vezes ele havia se lembrado daquela fatídica noite de outono em 2015 — quando, para fugir da obrigação de cantar um medley de hits para disfarçar o fato de que ele não havia produzido nada para o disco (que nunca viria a ser lançado) SWISH (Que nome idiota, ele pensou), ele, inspirado pela fumaça de um bom baseado, fez um discurso brilhante que terminou com a proclamação de sua candidatura nas eleições de 2020.

Acontece que ele nem precisou se candidatar: após o impeachment da Presidente Hilary Clinton, condenada à prisão perpétua por tentativa de assassinato, o país passou vários anos sob o domínio de seu vice, Donald Trump (Por que Hilary escolheu Trump, afinal?, Kanye se perguntou, uma bóia de inquietude imergindo brevemente sobre o mar de melancolia que lavava sua mente), que passou o resto de seu mandato tentando separar fisicamente os Estados Unidos do resto da América do Norte com a ajuda de bombas submarinas instaladas ao longo de suas fronteiras.

Quando o povo foi às urnas, Kanye foi eleito com 97% do voto popular. Até a fatídica ligação de Trump — a ligação na qual Trump e o outro candidato à presidência, Josh Duggar, desistiram da corrida presidencial da qual Kanye nunca tinha feito parte — ele havia esquecido sua declaração, ocupado demais em se reerguer após a recepção morna de seu último álbum, Strings of My Soul, um álbum de R&B psicodélico lançado em 2019.

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"Sr, Presidente, Biden me pediu para que entregasse isso para o senhor". É claro que Kanye havia escolhido Biden como seu vice — por que não? Ele parecia um cara legal e um bom político, e, além disso, Biden havia sido um ótimo amigo durante seu período de luto. Mas às vezes suas sugestões eram um pouco…. não-ortodoxas.

Kanye abriu o pedaço de papel (Que ultrapassado!, ele pensou com um sorrisinho discreto, bem a cara do Joseph) no qual as seguintes palavras estavam escritas em um garrancho: "Você deveria perdoar o cara do 'O que é isso?'".

Kanye chamou o agente.

"Quem é esse cara?"

"Sr. Presidente, você se lembra do Vine?" perguntou Jeremy com delicadeza.

Kanye tentou se lembrar, mas nada veio à sua mente. "Ah, sim — vamos perdoar ele quando a gente voltar de viagem", disse o Presidente para ninguém em particular. Ele nem sabia por que esse homem estava preso; na verdade ele não se importava.

A taxa de aprovação do Presidente Kanye West era a mesma desde sua posse: 100%. Ridículo, Kanye havia pensado na época, e sua opinião continuava a mesma. Os primeiros três anos de seu mandato haviam sido — para ser sincero, como talvez ele fosse com sua mulher, caso ela estivesse viva — uma bosta completa. Anos marcados por várias crises econômicas, uma tentativa de assassinato direcionada a Donald Trump durante a posse e um Senado controlado por republicanos que tentaram, sem sucesso, aprovar um impeachment com base em "pensamentos impuros e antecedentes de comportamento indelicado". Para completar, a cratera gigantesca que havia aparecido na Dakota do Norte em 2021 — e que havia, desde então, crescido a ponto de englobar todo o estado, resultando em milhares de mortes — havia, naquela manhã, se expandido para outros estados, ameaçando cobrir todo o Centro-Oeste do país dentro de um ano.

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Nada disso era sua culpa — as crises econômicas eram obviamente culpa de Trump — e por isso sua taxa de aprovação continuava na casa do 100%. O DNC já havia garantido sua nominação, apesar de suas ressalvas quanto a um segundo mandato, nas eleições de 2022; a eleição aconteceria daqui a nove meses e, por enquanto, nenhum dos partidos havia indicado seus candidatos. (O filho robótico de Rand Paul, Pinchfeather, construído à imagem e semelhança da própria Ayn Rand, havia investido brevemente em uma possível candidatura — mas após uma série de insultos raciais direcionados a Kanye durante um discurso, ditos sob o efeito do que Pinchfeather descreveu como um "defeito nos circuitos", ele foi retirado silenciosamente da corrida presidencial).

Naquele momento, não existia nada que Kanye quisesse menos do que continuar a ser Presidente. Não que ele fosse ruim no que ele fazia — ele era um presidente razoável, ao menos o quão razoável é possível ser em um cargo que havia sido ocupado por assassinos e bandidos ao longo de toda a história — mas ele sentia falta de sua privacidade. Ele sentia saudades de sua família — até mesmo de Brody, filho de Caitlin, de quem ele e o resto do país nunca haviam gostado. Ele sentia falta de ser o Kanye West normal — uma vida que não tinha nada de "normal", mas com a qual ele já estava acostumado.

"Estamos a alguns minutos do aeroporto, Sr. Presidente", disse Jeremy em uma voz perfeitamente monótona. Ele acha que eu estou inquieto ou entediado, Kanye pensou. Ninguém aqui me entende. Ele esticou o braço e abaixou a divisória que separava o motorista do resto do carro. "Você pode ligar o rádio?", perguntou ao motorista, que obedeceu imediatamente.

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A música encheu o carro com uma explosão de cores — cores conhecidas, um estrondo de bateria e sintetizadores. Era uma música do próprio Kanye — as estações de rádio tocavam suas músicas sem parar, especialmente depois do Grande Terremoto da Califórnia de 2021, que matou uma grande parte da indústria musical e milhares de moradores do estado. Ele evitava ouvir suas próprias músicas; a dor era grande demais. Enquanto a voz de T-Pain flutuava no ar como uma pomba recém-libertada, Kanye olhou para o lado de fora e suspirou, um pouco satisfeito com o momento. A paisagem fora do carro era apenas um borrão e, por alguns segundos, ele se sentiu em paz.

-Larry Fitzmaurice. Larry é o editor executivo da Live Nation TV. Em seu último emprego como editor da Pitchfork, ele escolheu Yeezus como seu álbum preferido da primeira metade dessa década.


3. Reforma Estética na Casa Branca

O Presidente West estava muito feliz por ter ganhado a eleição. DONDA, sua multiempresa, havia acabado de reunir as plantas do projeto de renovação da Casa Branca em um belo e artístico livro, e ele estava pronto para se acomodar. "Se eu for viver aqui por quatro anos, tenho que me sentir confortável. Não posso viver em uma casa projetada por uns otários". Além disso, ele havia solicitado um novo modelo de caneta presidencial.

"Isso é coisa de gente branca", disse Kanye baixinho para si mesmo, "o papel de parede parece o figurino de uma boy band."

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Essa preocupação poderia soar trivial para outros, mas aquelas canetas eram fotografadas e distribuídas constantemente, e Kanye não acreditava em produtos de baixa qualidade. Ele mandou um memorando com algumas ideias sobre tinta fosforescente e se preparou para uma reunião. Kim também queria participar daquele encontro, mas North havia acabado de ganhar um novo hover board e estava louca para brincar com seu irmãozinho. Kanye a deixaria encarregada da parte de produção, mas no momento ele tinha que se rebelar contra aqueles papéis de parede horrorosos. Qual era a necessidade de um salão verde-vômito no meio da Casa Branca? Por que os decoradores não escolherem um tom de verde melhor? "Isso é coisa de gente branca", disse Kanye baixinho para si mesmo, "o papel de parede parece o figurino de uma boy band."

Os conselheiros de Kanye entraram na sala e nenhum deles ficou surpreso com sua presença. Eles haviam sido informados de que ele seria um presidente bem ativo. Em geral a Primeira Dama quem se encarrega da decoração, mas, até o momento, o único pedido de Kim havia sido a presença de espelhos em cada aposento — uma "piada" da campanha de seu marido ou pelo menos era assim que todos pensavam até ela encomendar 132 espelhos na noite da eleição. "Ok, galera, vamos sentar e começar a trabalhar".

"Por onde você quer começar, Sr. Presidente?"

Kanye havia planejado dar um longo discurso, mas pela primeira vez na vida ele estava cansado de falar. Esse trabalho exigia mais desenvoltura do que ele imaginava.

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"Sinceramente? Pela mobília. Sei que existem um monte de regras, mas fodam-se as regras! Esse móveis são horríveis e, sinceramente, qual é a vantagem de ter uma casa dessas só para mim se eu não posso melhorar a decoração? Posso ser o Presidente, mas no fundo eu serei sempre um esteta. Se dependesse de mim, eu já tinha dado uma de Frank Gehry nesse prédio," murmurou, interrompendo sua própria reclamação. "Peço desculpas pela minha falta de paciência. Não quero que grandes líderes mundiais como o Putin venham até aqui e pensem que eu tenho mau gosto. O visual importa!"

"Senhor, Putin não visita a Casa Branca há mais de cinco anos."

Kanye, o Presidente, responde sem nenhuma hesitação: "Vou trazê-lo para cá. O trabalho de vocês é ter certeza de que ele não se sentará em uma cadeira horrorosa do século 17. A gente pode até discutir sobre política externa, mas não aceito nenhuma crítica sobre meu talento para design de interiores! Onde estávamos? Ah, sim… A sala verde é péssima."

-Judnick Mayard. Mayard é uma escritora freelancer do Brooklyn. Seu trabalho já foi publicado no Guardian, na Gawker, no Daily Beast,e em vários outros sites.


4. Projeto de Kanye para Levar Arte às Comunidades Carentes É Aprovado

WASHINGTON, 21 de julho de 2021 — Rick Rubin, Diretor Criativo da Casa Branca, anunciou nessa quarta-feira que o Projeto Donda, criado pelo Presidente Kanye West, havia sido aprovado, apesar das objeções do Senador Donald Trump, um crítico voraz do ambicioso plano anunciado no Festival Made in America de 2019.

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O segundo colocado na corrida eleitoral de 2020 chamou West de "perdedor" durante um discurso inflamado transmitido em sua conta no Periscope

O segundo colocado na corrida eleitoral de 2020 chamou West de "perdedor" durante um discurso inflamado transmitido em sua conta no Periscope na última segunda e prometeu "destruir esse absurdo [O Pojeto Donda]". West, na noite de terça-feira, lançou "Trumped", uma música instrumental de nove minutos composta por trechos do discurso de renúncia de Trump e seu antigo bordão "Você está demitido!", na conta de Instagram da Primeira Dama Kim Kardashian West.

"Kanye fala direto do coração e isso fica claro em sua música", disse Rubin. "Com o Projeto Donda, milhões de americanos serão incentivados a ter a mesma liberdade artística."

Até a publicação dessa reportagem, Trump não havia entrado em contato com a imprensa.

O Projeto Donda foi parte crucial da bem-sucedida candidatura presidencial de West, anunciada no VMA de 2015.

Reformulado a partir do Projeto Federal Número Um e nomeado em homenagem à falecida mãe de West, o Projeto Donda é uma tentativa de reunir artistas, músicos, atores e escritores de todo o país na criação de organizações artísticas e na construção de espaços culturais em comunidades carentes.

Entre os coordenadores do projeto estão Rubin; Donnie Smith, ex-diretor executivo da Casa Donda, ONG criada por West; Keith "Chief Keef" Cozart, candidato a prefeito de Chicago em 2019; e Beyoncé Knowles-Carter.

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A taxa de aceitação do Projeto Donda cresceu paralelamente à taxa de desemprego do país, que chega a 15.3% entre a população jovem, responsável por eleger West.

Mas o Congresso, que desacelerou seu ritmo de decisões em preparação para as eleições de meio de mandato de 2022, se recusa a fazer as deliberações necessárias para o financiamento do projeto e grandes nomes da política apontam os antigos trabalhos de Knowles-Carter e Cozart como motivos razoáveis para rejeitar a medida.

"A falta de respeito presente nas letras de Chief Keef são o suficiente para proibir qualquer envolvimento seu com o governo americano", disse Tipper Gore, diretor executivo da Coligação Parental de Música, em uma declaração feita na última terça-feira. "Nós não deveríamos ser obrigados a emitir um aviso para o povo americano antes de apresentar esses funcionários do governo, que só conseguiram esses cargos graças à letras e comportamentos inapropriados."

Cozart não respondeu a esse comentário, mas a Casa Branca emitiu uma declaração em resposta a Gore em sua conta oficial do Periscope. Na quarta-feira, a página exibia a imagem de um pôster da campanha de Kanye coberto por adesivos semelhantes ao famoso aviso do PMRC ("Aviso: Letras Explícitas"), mas contendo a frase "Nenhuma Criança Será Deixada Para Trás".

-Maura K. Johnston. Johnston é escritora, editora e crítica de música. Ela é a criadora da Maura Magazine.

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5. Abaixo o totalitarismo fashion!

Em uma de das decisões mais polêmicas desde sua posse, o Presidente West manteve seu apoio ao projeto de banir o uso de chinelos e meias entre todos os funcionários do governo. Apesar das inúmeras ameaças do Partido Republicano, a administração não pretende voltar atrás nessa decisão. Caso aprovada pelas duas câmaras do Congresso, a lei entrará em vigor imediatamente, forçando todos os políticos do país a comprarem sapatos melhores.

"Me recuso a deixar o governo transformar nosso país em um estado de totalitarismo fashion"

Opositores da "força-tarefa anti-chinelo-e-meias" têm sido muito claros quanto às suas intenções de barrar o projeto. Rand Paul, que foi visto, segundo múltiplos funcionários do governo, usando o que parecia ser um "objeto parecido com uma meia" e "algum tipo de crocs", lidera a oposição à iniciativa de West. "Eu me recuso a deixar o governo transformar nosso país em um estado de totalitarismo fashion", declarou Paul para repórteres na entrada da sede do governo. "Esse país foi erguido sob o signo da liberdade, e o Presidente West não pode impor suas opiniões radicais sobre calçados ao batalhador povo americano."

Outros temem que o projeto de lei seja um passo em direção ao totalitarismo. Ted Cruz, em entrevista ao programa Fox and Friends, disse à Steve Doocey que "Esse é só mais um exemplo da elite de Washington tentando cotrolar o povo. Eu não quero que o governo dite como eu devo ou não devo usar minhas meias. Isso é inconstitucional." Cruz prometeu obstruir a proposta usando chinelos e meias compridas.

De acordo com o Chefe de Comunicação da Casa Branca, Daniel Pfeiffer, o Presidente espera que ambas as câmaras do Congresso entrem em um acordo sobre o problema. Em uma coletiva de imprensa no começo dessa tarde, após um repórter perguntar se aquilo seria uma medida descabida, o Presidente West simplesmente apontou para a Birkenstock falsificada no pé do mencionado repórter e se limitou a dizer a enigmática frase "por que, cara?".

Até o presente momento, o Presidente não se pronunciou sobre a questão dos homens que voltam de férias vestindo camisetas mal-feitas do Che Guevara ou sobre a crescente popularidade das calças cargo dentro dos campus universitários, mas tendo em vista o rigoroso comprometimento dessa administração em relação à melhoria do vestuário masculino, é provável que medidas relacionadas a essas contravenções sejam votadas ainda em novembro desse ano.

-Elizabeth Plank. Plank é a editora sênior da Mic News.

Tradução: Ananda Pieratti