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Bate-boca marca as prévias da votação da denúncia contra Temer na Câmara

A defesa do presidente pediu aos deputados que deem um ano e meio para Temer seguir sua "obra magnífica".
Foto: Fotos Públicas

A votação da denúncia contra Temer na Câmara teve início, nesta quarta (2), com a fala da defesa do presidente. Antonio Mariz de Oliveira pediu aos deputados que deem um ano e meio para Temer seguir sua "obra magnífica".

As falas de intenção de voto já mostravam alguma polarização nos discursos. A base governista indicou que fará de tudo para arquivar a investigação da PGR contra Temer, enquanto líderes da oposição pediam que a votação fosse adiada e, mais tarde, frente ao inevitável, optaram pela obstrução numa última tentativa de que o quórum de 342 deputados votantes no plenário não fosse atingido.

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Deputado Wladimir Costa, que ficou nos holofotes esta semana depois de tatuar "Temer" no ombro, foi chamado para discursar a favor de Temer, mas estava ausente. Deputado Takayama (PSC-PR) indica que é a favor do arquivamento da investigação e que a denúncia contra o presidente seria "um revanchismo do governo de esquerda". Ivan Valente (PSOL-SP), que chegou bem cedo ao plenário, criticou Cunha ("bandido corrupto") e chama Michel Temer ("chefe do esquema"). Ele se posicionou contra as reformas de Temer e pediu eleições diretas. "Quem apoia o governo se esconde nos gabinetes".

Foto: Gustavo Bezerra /AGPT/Fotos Públicas

O deputado Mauro Pereira (PMDB/RS) defende o arquivamento da investigação dizendo que aqueles que votarem contra o parecer são inimigos do Brasil estariam alinhados ao PT. "Quem é o chefe da corrupção do país, o capital da corrupção chama-se Luis Inácio Lula da Silva". "A realidade dói, o PT acabou do Brasil e agora vocês estão querendo tirar um presidente sério".

Ex-candidato à prefeitura de São Paulo, o deputado Major Olimpio (SD/SP) se posicionou contra a denúncia: "Ladrão é ladrão. Não tem ideologia, não tem partido… Não há dúvida que Temer e sua quadrilha cometeram corrupção. É bandidaço."

Um dos pontos que mais causaram confusão antes da votação nominal, foi a decisão do PSDB em deixar o voto livre para a bancada do partido.

Sempre há espaço para ideias das mais estapafúrdias. Como a do deputado Laerte Bessa (PR/DF), que reclama do PT ao dizer que membros do partido sujaram todo o plenário com as cédulas falsas com a cara de Temer. O parlamentar também pergunta "que crime que Temer cometeu? Que dinheiro que ele recebeu?". Muita gente protestou.

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Foto: AGPT/Fotos Públicas

O PSB, por sua vez, orientou que sua bancada vote a favor de Temer. O governo, inclusive, exonerou 10 ministros para que pudessem votar a favor do relatório.

Antes de atingir o quórum necessário para o início da votação nominal, houve bate-boca entre os gaúchos Pompeo de Mattos e Mauro Pereira. "SE NÃO FOR VOTAR TIRA A BOMBACHA", disse Mauro. "TÁ FANTASIADO DE MACHO".

Depois de muita discussão, o quórum de 342 deputados aptos a votar foi registrado às 12:32.

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