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remake

Assista: como construir uma pista de skate itinerante

Nossa série inventada com a Petrobras te conta. Você vai precisar de: uma kombi, rampas de madeira e muita disposição.

Muita gente acredita que um skate com o shape quebrado não tem solução. Bem, se a gente só levar em conta a função primária do objeto, pode até ser. Gustavo Silveira e Vini Patrial, da Experimental Skate Art, preferem a inventividade. É com um olhar curioso que eles transformam skates inutilizados em tudo quanto é coisa diferente, de tábuas de carne a cadeiras estilosas. Além disso, a dupla faz questão de compartilhar o saber, com oficinas que provam que você não precisa ser o rei das manobras para amar a cultura skater.

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No meio desse rolê de invenções, descobertas e muita curiosidade, eles toparam o desafio e protagonizam o primeiro episódio de Remake, série de VICE inventada com a Petrobras, que explora a jornada de conhecimento ao alcance da mão do universo dos makers no Brasil. A pegada, como você deve imaginar, era repensar algo do cotidiano, transformando-o numa experiência totalmente diferente para quem curte o rolê do skate. Gustavo e Vini têm tudo a ver com isso, já que exploram, cotidianamente, todas as possibilidades artísticas e científicas do skate.

A ideia era ir muito além da transformação do shape, algo que eles já sabiam fazer com a mão nas costas. Nossa apresentadora e pesquisadora Rita Wu se lançou, junto com a dupla do skate arte, numa missão desafiadora: criar uma espécie de Skate Truck. Não se trata de uma loja móvel; em vez disso, os caras construíram, com as próprias mãos, uma pista de skate móvel, acoplada a uma kombi antiga. Assim, do dia para a noite, Gustavo, Vini e Rita Wu tiveram que materializar uma pista de street itinerante, para nenhum skatista botar defeito.

Como uma caixa de surpresas, a traseira da kombi foi totalmente remodelada para se desdobrar em rampas manipuláveis, que podem mudar de posição e interagir de formas diferentes com o meio e com os skatistas. "A parte estrutural era a nossa maior preocupação. Tinha que estar firme, acompanhar o balanço natural do carro e contar com o apoio do chão", explica um dos makers do projeto, Vini Patrial.

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Pensando nisso, Vini desenhou a pista para que as rampas pudessem ser montadas e desmontadas com rapidez, no esquema plug and play. A ideia era estacionar a kombi, montar a rampa, curtir, guardar tudo e seguir para outro rolê sem perder tempo. "A ideia de ter um carro disponível para levar a pista pra qualquer canto é muito inusitada e tem tudo a ver com o nosso trabalho na Experimental. Tem que colocar a mão na massa mesmo, com erros e acertos, senão a gente não aprende. E o próprio skate nasceu disso, da necessidade. Tá enraizado nessa cultura maker", opina.

Depois de uma reforma relâmpago, o Skate Truck foi levado para dois rolês diferentes por São Paulo, rodando pela Móoca, com o skatista Gabriel Fortunato, e depois na Praça Roosevelt, parada obrigatória dos skatistas na capital. "Quando chegamos na praça, os moleques que estavam lá piraram. Todo mundo queria curtir a pista, que ficou grandiosa, com inúmeras possibilidades de montagem diferentes", explica Gustavo Silveira.

O mais legal desse projeto, segundo ele, foi perceber a reação positiva da galera em cada canto diferente da cidade. Foi uma mistura de ocupação, diversão, criatividade, skate e parceria. "Quando duas, três ou mais pessoas se juntam para bolar e construir algo, o resultado flui de um jeito muito melhor. Cada um contribui com a sua especialidade". Saque o primeiro episódio da série acima.

Saiba mais sobre a iniciativa Jornada Pelo Conhecimento em www.jornadapeloconhecimento.com.br

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