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Mais Valia traz peso experimental em clipe inspirado em Floripa

Dirigido por Renan Casarin, “Desterro” é o primeiro som do trio pós-rock instrumental composto à distância.
Foto: Zazá Asf

Nem a distância foi capaz de miar a química do trio de pós-rock instrumental pesado Mais Valia. Formada em Jaú, interior de São Paulo, a banda hoje está com seus integrantes morando entre Florianópolis — o baixista, Alexandre Palacio —, Roraima — o baterista, Vitinho Martins, e Bauru — o guitarrista, Ricardo Cezario.

O processo de composição naturalmente mudou, e os novos sons, que sairão brevemente em um EP, foram finalizados no convívio dos shows durante uma mini turnê por Santa Catarina. Daí vem a temática do primeiro single/vídeo do trabalho, "Desterro", que vocês ouvem/assistem com exclusividade primeiramente aqui no Noisey.

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"Apesar da distância, nos mantemos bastante ativos, e ao longo do ano recebemos alguns convites de festivais que apreciamos muito como o PIB, DoSol e SIM, que será agora em dezembro", comenta o baixista Alexandre sobre a nova fase que se descortina.

"Tivemos que adaptar um pouco nosso modo de compor para este EP. A primeira parte do processo se deu a partir de troca de emails com guias, riffs, linhas de batera, e essa foi uma novidade pra gente. Antes, no máximo, chegávamos com uma ideia vaga nos ensaios e desenvolvíamos ali mesmo. Mas pra tudo se dá um jeito se você realmente está no corre", diz.

O fera dos clipes de stoner Renan Casarin (Quarto Ácido, Red Mess), atualmente finalizando um documentário sobre a vertente, mais uma vez assume a direção aqui. "Ele entende nosso som e demos carta branca para ele captar e editar o clipe de maneira autoral", diz o baixista sobre a escolha. "Todo o conteúdo foi captado em Florianópolis, e achamos que o resultado transmite uma ideia de solidão que surge a partir da palavra 'Desterro'."

O nome "Desterro" se refere ao batismo da cidade até 1893. Os músicos contam que o clima de Floripa influenciou totalmente a vibe do som. Segundo Alexandre, "acabou rolando um recorte do lado mais sombrio da ilha, mas também com suas nuances mágicas, digamos." De modo geral, a faixa entrega um pouco da pegada do EP, ainda mais pesada e experimental do que nos lançamentos anteriores, Mesopotamia e o single "Flamingo".

Os planos para o futuro imediato incluem fazer bonito neste sábado, dia 11, no festival DoSol, em Natal, e gravar o novo material, a convite do Thiago Gadelha, no estúdio Toca do Lobo. Eles vão se fechar por uns dias numa fazenda em Chã Grande, próxima a Recife, a fim de compor, produzir e captar tudo.

Assista:

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