FYI.

This story is over 5 years old.

Fotos

"É Melhor Ficar na Quebrada do que Ir pros Rolês do Centro e Acabar Roubando um Boy"

O fotógrafo do R.U.A. ficou bem de baile no fluxo permitidão que rolou há umas semanas no Capão Redondo, zona sul de São Paulo.

Naquela quebrada, a festa pareceu rolar a partir dum som que representa a própria quebrada. Foi assim que, no último dia 12 de julho, um sábado, o baile começou. Ainda eram 20h quando geral começou a colar no Capão Redondo, em São Paulo. Aos poucos, começaram a aparecer os manos das quebradas vizinhas: do Vale das Virtudes, Morro do Piolho, Inocoop, Sabin, enchendo o ambiente com a fumaça de seus narguilés — que não era a única presente por ali.

Publicidade

Foto: Jardiel Carvalho/R.U.A Foto Coletivo

Foto: Jardiel Carvalho/R.U.A Foto Coletivo

Foto: Jardiel Carvalho/R.U.A Foto Coletivo

Lá pelas 22h, o fluxo já é muito mais alto astral. A noite não era das mais quentes, mas movimentação trazia o calor necessário à continuidade da festa.

Foto: Jardiel Carvalho/R.U.A Foto Coletivo

Foto: Jardiel Carvalho/R.U.A Foto Coletivo

Foto: Jardiel Carvalho/R.U.A Foto Coletivo

A polícia não deu as caras, já que a festa tinha o aval da subprefeitura para acontecer. Mas foi com o esforço de alguns moradores da própria comunidade que o rolê se concretizou. Essas festas rolam como uma alternativa de lazer pra rapaziada da periferia que, ou não pode, ou prefere não se afastar de seus bairros para curtir a noite. Entre papos e "trocação" de ideias um fera lá me disse: "É melhor ficar na quebrada do que ir pros rolês do Centro e acabar tendo que roubar algum boy".

Foto: Jardiel Carvalho/R.U.A Foto Coletivo

Foto: Jardiel Carvalho/R.U.A Foto Coletivo

Foto: Jardiel Carvalho/R.U.A Foto Coletivo

Enquanto o DJ Lipão fritava os autofalantes com cornetas, as barracas de comidas e bebidas, que mais cedo serviam senhoras, senhores e crianças, alimentavam os guerreiros e guerreiras "bailistas" com espetinhos, hot dogs, vodca e uísque com energético. Afinal, não pode deixar cair. Ou pode. O lance mesmo era que todo mundo ali caísse no embalo do pancadão que, às cinco horas do domingo (13), ainda ecoava bairro adentro.

Foto: Jardiel Carvalho/R.U.A Foto Coletivo

Foto: Jardiel Carvalho/R.U.A Foto Coletivo

Foto: Jardiel Carvalho/R.U.A Foto Coletivo

Veja mais fotos do Jardiel Carvalho no site do R.U.A Foto Coletivo