FYI.

This story is over 5 years old.

Noticias

Um zuão mandou um toque de recolher falso pelo Whatsapp e foi pego pela polícia

A gravação, feita por um estudante de 19 anos, pedia que comércios, escolas e hospitais fechassem. Caso contrário, o pipoco iria estralar pra dentro nos municípios de Campinas e região.

O estudante Julio César Novo Filho, detido pela polícia de Limeira depois de espalhar um áudio anunciando falso toque de recolher. Crédito da imagem: Rápido no Ar

Nos últimos dias, um áudio anunciando um falso toque de recolher em diversas cidades do interior de São Paulo criou um pânico generalizado. A gravação, feita por um estudante de 19 anos, pedia que comércios, escolas, faculdades e hospitais fechassem na quarta-feira (26) a partir das 22h. Caso contrário, o "pipoco" iria "estralar pra dentro" nos municípios de Campinas e região.

"[Nos] últimos dias aí tá tendo uma procedência muito estranha e esquisita da galera dos vermes [policiais]. Então, tô avisando que a bandeira vai subir e, a partir dessa quarta-feira, às 22h, toque de recolher geral", informa o áudio.

Publicidade

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Limeira ficou responsável pelo caso e chegou até o criador do áudio: Julio César Novo Filho. Na presença dos pais, ele confessou aos policiais que era o responsável pela gravação, que rapidamente se espalhou pelo WhatsApp.

"Era uma brincadeira", confessou Julio, que foi indiciado por apologia ao crime e falso alarme.

OUÇA O ÁUDIO ABAIXO:

Caso o player não funcione, clique, aqui com o botão direito do mouse para salvar o arquivo de áudio.

Na quarta-feira em questão, comerciantes baixaram as portas antes da hora e estudantes deixaram de ir à aula ou saíram mais cedo assustados.

"Vamos passar em frente aos postos policiais e, viatura que a gente encontrar na rua, só vai ser rajada", dizia o áudio que botou pânico em Campinas e região

Ao encontrar o perfil de Julio no Facebook, a polícia se deparou com fotos do garoto exibindo armas – o que fez as suspeitas aumentarem.

Para o investigador Marcos, da DIG, Julio "não é bandido". Por telefone, o policial falou à VICE: "Ele é de uma residência bem humilde. Não tem passagem [na polícia]. Ele alegou que fez isso meio na brincadeira, só que não esperava que tomaria a proporção que tomou." Segundo o investigador, as fotos foram deletadas.

Os crimes pelos quais Julio foi acusado são de menor potencial ofensivo, por isso ele responde em liberdade. Seu iPhone foi apreendido e será enviado para perícia.