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Os EUA jogaram sua maior bomba não nuclear no Afeganistão

A "mãe de todas as bombas" foi lançada contra uma área remota no nordeste do Afeganistão numa ofensiva ao Estado Islâmico.

Os EUA jogaram, nesta quinta (13), uma bomba de 9.500 quilos num alvo do ISIS numa área remota do nordeste do Afeganistão, segundo informação divulgada por Barbara Starr da CNN e confirmada pelo Pentágono.

O dispositivo MOAB (Massive Ordnance Air Blast Bomb) foi jogado na província afegã de Nangarhar, perto da fronteira com o Paquistão, às 19h do horário local, confirmou o Pentágono na quinta-feira à tarde. O alvo era um complexo de túneis do ISIS, uma fonte militar disse a CNN.

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É a primeira vez que uma MOAB (apelidada de "a mãe de todas as bombas") foi usada no campo de batalha desde sua criação. Desenvolvida durante a Guerra do Iraque, a MOAB é a bomba não nuclear mais poderosa dos EUA. É uma "bomba de concussão", o que significa que ela detona acima do chão em vez de penetrar defesas.

"É a munição certa para reduzir esses obstáculos e manter o ritmo da nossa ofensiva contra o ISIS", disse o general John W. Nicholson, comandante das forças norte-americanas no Afeganistão, numa declaração oficial.

O secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, discutiu o lançamento da bomba numa reunião com repórteres. "Nosso alvo era um sistema de túneis e cavernas que os combatentes do ISIS usavam para se movimentar livremente, facilitando ataques a militares norte-americanos e forças afegãs na área", disse ele.

O ISIS dificilmente é o grupo terrorista mais forte no Afeganistão – o Talibã continua dominante –, mas o grupo se expandiu desde que entrou no país em 2014 e é uma preocupação crescente para o governo afegão, o exército norte-americano e seus aliados. Os EUA aumentaram significativamente os ataques aéreos no Afeganistão em 2016 – uma tendência que continuou no primeiro mês da administração Trump.

O ISIS assumiu a responsabilidade por um ataque suicida em Cabul que matou pelo menos cinco pessoas e feriu outras 10 na quarta-feira.

Além de combater a influência crescente do ISIS no país, os EUA continua entrincheirado numa guerra de retirada com o Talibã. Em fevereiro, o general Nicholson requisitou que "alguns milhares" de soldados fossem mobilizados para responder ao fortalecimento do Talibã. "Isso nos permitiria engrossar nossos esforços de acompanhamento na missão no Afeganistão", disse Nicholson ao comitê das forças armadas do Senado.

Foto acima "Mãe de todas as bombas" (Base Aérea Eglin via AP).

Tradução: Marina Schnoor

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