As gêmeas DJs de 12 anos arrepiam mais que muito DJ marmanjo por aí
Amira e Kayla curtindo muito desenrolar um som nas pickups. Foto: Reprodução.

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Música

As gêmeas DJs de 12 anos arrepiam mais que muito DJ marmanjo por aí

Você vai pirar com as irmãs Amira e Kayla fazendo scratches nas pickups.

Quando as irmãs gêmeas norte-americanas Amira e Kayla, de 12 anos, assumem as pickups, não tem como não ficar com a cara no chão. Enquanto a maioria das pessoas com essa idade no máximo colocaria o vinil na vitrola — isso se vinil for uma parada da sua época —, essas garotinhas aos quatro anos já mostravam talento para lidar com os mixers analógicos em meio a era das crianças high tech.

Ver os vídeos das gêmeas revezando nas pickups e arrepiando em meio a scratches perfeitos e dancinhas para animar a galera parece até montagem. Mas talvez seja justamente por isso que elas hoje fazem tanto sucesso na internet.

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O pai, produtor musical, dava discos para as meninas brincarem, mas elas gostavam mesmo é de dançar. Logo ficaram conhecidas como as “bebês dançantes”, mas o pai enxergou além e percebeu que as filhas tinham futuro como DJs. A partir de então, ele passou a incentivar as meninas a tocarem.

A grande estreia aconteceu de bobeira numa festa da escola. Quando as duas começaram a discotecar, a criançada pirou. Mas mesmo os adultos ficaram impressionados com a percepção sonora e os remixes das gêmeas, o que as garantiu um certo status profissional que pouca gente que se diz DJ tem.

Meigas, as meninas surpreendem tocando, mas também chamam a atenção quando falam. A voz delas é tão fininha que as duas poderiam dublar o desenho Alvin e os Esquilos sem distorção de voz.

As DJs mirins revezam os estudos com as aulas de DJ. O talento precoce já rende aparições em rede nacional e participação em concursos. No momento, elas estão se preparando para um dia entrarem na lista de melhores DJs do mundo que, em pleno 2018, absurdamente ainda é dominada por homens.

Os números de seguidores nas redes sociais indicam que as gêmeas estão no caminho certo. São mais de 500 mil seguidores no Facebook e 100 mil no Instagram, em pouco mais de um ano de carreira.

A VICE Brasil bateu um papo com essas talentosas garotas para entender mais sobre a sua paixão por música e como elas se veem no futuro.

VICE Brasil: Como vocês descobriram que gostavam de tocar?
Kayla: Nosso pai tocava o dia todo em casa e isso fez com que passássemos a amar música. Ele começou a nos ensinar os conceitos básicos de discotecagem e apresentar diferentes estilos. Quando tocamos a primeira vez em uma festa na escola, a reação das pessoas nos deu certeza de que deveríamos continuar discotecando.

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Como é tocar com a irmã? Rola muita briga?
Kayla: Nós adoramos ser irmãs gêmeas, porque compartilhamos um vínculo especial. Discotecar nos ajuda a trabalhar juntas e a termos experiências fantásticas como irmãs. Algumas vezes temos desentendimentos, mas eles são rapidamente resolvidos.

Qual a reação das pessoas quando elas veem vocês tocando pela primeira vez?
Amira: Nosso primeiro show foi na nossa escola para mais de 800 crianças e elas ficaram loucas. Vimos como elas olhavam para nós e como poderíamos ter uma influência positiva sobre as pessoas.

Qual estilo de músicas vocês mais gostam?
Amira: Nós amamos todos os tipos de música e tocamos todos os gêneros, dependendo do público, mas nossos estudos foram em cima do Hip Hop old school. Sempre surpreendemos quando tocamos uma música que as pessoas não têm ideia de que conhecíamos, porque ela foi lançada bem antes da gente nascer.

Quem são as inspirações de vocês?
Kayla: Somos inspiradas por pessoas que não têm medo de seguir seus sonhos e causar um impacto positivo no mundo.

Qual música vocês mais curtem tocar?
Amira: A parte boa de ser DJ é poder analisar o público e descobrir as melhores músicas para tocar. Nossas preferências variam conforme o público para quem estamos tocando.

Qual foi a coisa mais legal que fizeram desde começaram a tocar?
Kayla: Discotecar em rede nacional é uma das coisas que mais gostamos. Fomos em diversos programas, como The Tonight Show, Wendy Williams, The Real, ESPN e tal. Todas essas apresentações foram importantes para nós.

Qual o sonho de vocês?
Amira: Queremos sair em turnê pelo mundo todo, ter nosso próprio programa de TV e nos tornarmos médica e advogada.

Vocês têm uma voz fina e fofa. As pessoas comentam sobre isso?
Kayla: Nossas vozes são agudas e finas. Algumas pessoas tentaram tirar sarro na Internet, mas nunca deixamos isso nos abater. Cada um tem algo que é exclusivo. Deus nos deu nossas vozes especiais e nós as usaremos para encorajar, motivar e inspirar pessoas em todo o mundo, especialmente outras crianças.

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