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Ex-governadores e assessor de Temer são presos em operação da PF

A Operação Panatenaico investiga nomes por desvio de verbas e corrupção na reforma do estádio Mané Garrincha, em Brasília, para a Copa do Mundo 2014.
Assessor de Michel Temer, Tadeu Filippelli chegando na superintendência da Polícia Federal. Foto: José Cruz/Agência Brasil

Mesmo com Brasília em estado de tensão e incerteza sobre o que acontecerá com a governança de Michel Temer, os trabalhos da Polícia Federal (PF) não param. Na manhã de terça-feira (23), a 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal determinou a prisão temporária dos ex-governadores José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT) e, do ex-vice-governador, atual assessor do presidente Michel Temer, Tadeu Filipelli (PMDB).

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Cerca de 80 policias federais cumprem 15 mandados de busca de apreensão, dez de prisão temporária e três conduções coercitivas. Segundo a Polícia Federal, os acusados estariam envolvidos em desvios de verba da obra do estádio Mané Garrincha, em Brasília, orçada em cerca de R$ 600 milhões, mas que custou mais de R$ 1,5 bilhão, como informa a Rede EBC.

As prisões fazem parte da Operação Panatenaico que investiga a a organização que fraudou e desviou recursos das obras de reforma do estádio para a Copa do Mundo de 2014. As investigações foram iniciadas a partir das delações premiadas de três executivos da Construtora Andrade Gutierrez, em setembro de 2016, junto à Procuradoria Geral da República (PGR).

Constam nos depoimentos que José Roberto Arruda enquanto governador do DF, facilitou a articulação e saída de outras construtoras na licitação para consumar a vitória do consórcio formado pelas Construtoras AG e Via Engenharia em troca do recebimento de propinas. Por sua vez, Agnelo facilitou todos os meios para viabilizar que a estatal brasiliense Terracap fosse a executora da obra, como informa o portal G1.

Já Tadeu Filippelli é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e de ter solicitado várias propinas à construtora Andrade Gutierrez, além de ter recebido propina para o PMDB,
entre 2013 e 2014, através do contrato da reforma do estádio junto às construtoras.

O Ministério Público do Distrito Federal (MP-DF) determinou o bloqueio de bens de 13 envolvidos até o limite de R$ 60 milhões. O nome da operação da PF é uma referência ao Stadium Panatenaico, sede dos Jogos Panatenaicos, competições realizadas na Grécia antiga, anteriores aos Jogos olímpicos modernos.

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