O festival É Tudo Verdade vai começar em SP e no RJ
Imagem do filme "Fogo no Mar". Crédito: divulgação

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O festival É Tudo Verdade vai começar em SP e no RJ

Serão 85 títulos de 26 países diferentes. E a VICE fez uma seleção bem com a nossa carinha pra você assistir.

A 21a edição do festival É Tudo Verdade, que abarca filmes não-ficcionais brasileiros e gringos, acontece em São Paulo e no Rio de Janeiro entre os dias 7 e 17 de abril. Neste ano, serão 85 títulos de 26 países diferentes, sendo 22 estreias mundiais. Todas as sessões são gratuitas.

A VICE esteve presente na coletiva de imprensa que rolou nesta manhã (24), na qual Amir Labaki, crítico e fundador do festival, deu suas impressões sobre a programação, que traz uma retrospectiva do cineasta brasileiro Carlos Nader e documentários sobre as Olimpíadas. "É um número recorde de estreias mundiais", detalhou. "O documentário me parece uma das formas primeiras de expressão contemporânea, hoje, no Brasil e no mundo."

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Imagem do filme "Galeria F," que relembra a trajetória de fuga de um militante comunista durante a ditadura no Brasil. Crédito: reprodução

Após a coletiva, foi exibido Fogo no Mar, do italiano Gianfranco Rosi, que recentemente levou o Urso de Ouro em Berlim. O longa exibe refugiados que partem da África e do Oriente Médio em barcos precários e aportam na ilha italiana da Lampedusa. Sem entrevistas ou muitas explicações, o documentário explicita a grande crise humanitária vivida pela Europa nos últimos anos.

Submetido à censura do governo da Coreia do Norte, o filme "Sob o Sol", do diretor ucraniano Vitaly Mansky (foto), saiu totalmente diferente do esperado. Foto: divulgação

As mostras competitivas "longas e médias-metragens" e "curtas-metragens" se dividem entre nacionais e internacionais. Ou seja, tem uma caralhada de filme que provavelmente você jamais poderia assistir não fosse o festival. O vencedor da categoria "longas e médias-metragens nacionais" do ano passado, A Paixão de JL, de Carlos Nader, será reexibido. O filme poético resgata gravações íntimas de um diário feito pelo artista cearense Leonilson.

A VICE fez uma seleção de filmes que serão exibidos na 21 a edição do festival É Tudo Verdade (as datas, os horários e locais saem na próxima semana no site do evento). Obviamente, pulamos coisas muito melosas e cineastas que entrevistaram os próprios avós pra descobrir o passado assombroso ou lírico da família (sério mesmo, tem muito disso na programação). Dá um ligo:

GALERIA F (estreia)
Direção: Emília Silveira / Brasil, RJ, 86', 2016

Acusado de matar um sargento durante a ditadura militar, preso, condenado à morte e fugitivo. Theodomiro Romeiro dos Santos, militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), relembra sua trajetória ­– que permaneceu oculta por anos – nesse documentário.

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LAMPIÃO DA ESQUINA (estreia)
Direção: Lívia Perez / Brasil-SP, 82', 2016

"A questão guei invade o teatro." Foi com manchetes assim que o jornal homossexual Lampião da Esquina ( já falamos sobre ele ) sacudiu o Brasilzão em plena ditadura militar. Ney Matogrosso, João Silvério Trevisan, Glauco Mattoso e Aguinaldo Silva estão entre os entrevistados.

NUTS!
Direção: Penny Lane / EUA, 79', 2016

Implantar testículos de bodes em homens não era a ideia de um chapado completo, mas, sim, do médico Dr. John Romulus Brinkley, que afirmava ter descoberto a cura da impotência.

SOB O SOL
Direção: Vitaly Mansky / Rússia, Letônia, Alemanha, República Checa, Coreia do Norte / 106', 2015

O diretor ucraniano Vitaly Mansky pediu autorização ao governo da Coreia do Norte para gravar, durante um ano, uma família. Ele deixou a câmera rodando enquanto os representantes oficiais manipulavam e censuravam cada tomada feita pela equipe.

A CULPA É DA FOTO
Direção: Eraldo Peres, André Dusek, Joédson Alves / Brasil-DF, 15', 2015

O curta-metragem relata um dia em 1984, quando, no lugar dos incontáveis cliques, repórteres fotográficos deixaram suas câmeras no chão em forma de protesto durante a saída do presidente general Baptista Figueiredo do Palácio do Planalto. Mas um deles, José Maria França, registrou o boicote.

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