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Música

IMPRINTS: Exploited Ghetto

Conheça o sub-selo da label de Berlim que ostenta um catálogo só com feras do house underground.
A série Imprints traz regularmente perfis dos selos mais saborosos do mundo afora com pareceres de quem faz e acontece nas cenas locais de música eletrônica.

Nome: Exploited Ghetto
Vibe: Feito para as pistas
Fundação: 2015
Localização: Berlim

Nos idos de 2007, Shir Khan, nascido e criado em Berlim, fundou o Exploited, um selo híbrido que ostentava um catálogo impressionante de artistas, além de um som house pesado e profundo.

Oito anos depois, o Exploited é um selo fundamental nas bibliotecas musicais dos fãs do house underground de todo o mundo. É uma época empolgante para os criativos por trás da marca, com a expansão do seu nome para incluir o Exploited Ghetto, um sub-selo que promete as mesmas faixas trepidantes de pista sobre as quais o projeto foi fundado originalmente.

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O THUMP conversou com Shir para saber mais sobre as suas inspirações, processos criativos e a fundação do Exploited Ghetto.

THUMP: Por que você decidiu fundar o Exploited Ghetto?
Shir Khan: A Exploited Records se tornou uma base para os meus artistas principais, como Adana Twins, Joyce Muniz e Doctor Dru. Tenho dez nomes que lançam frequentemente pelo selo, e chegou ao ponto em que não havia mais espaço para novos talentos. Decidi começar um segundo selo para dar a outros artistas a chance de lançar música conosco. Queria trazer de volta a verdadeira vibe de pista sem precisar retroceder com o selo, então criei o Exploited Ghetto.

Como você descreveria o som dele em comparação ao Exploited?
O Exploited tem um apelo mais amplo. Produzimos discos que você pode ouvir no clube, mas também pode ouvir no rádio. O Exploited Ghetto é menos eclético e mais focado na cena DJ. São faixas simples que você pode tocar numa pista.

Qual vai ser o próximo lançamento do selo?
Vai ser "Call Me Up", do PJU com o Early Grey. O PJU é o projeto do Punks Jump Up, com lançamentos anteriores pela Kitsuné. O Earl Grey é o projeto solo do Danny Ashenden, também conhecido como metade do The C90s, ou metade do Say Yes to Another Excess.

Como é a cena de Berlim?
Como alguém que já viajou muito, acredito que Berlim tem a melhor cena de clubes do mundo. É incrivelmente variada. Sempre senti que no Reino Unido, quando completam 30 anos, as pessoas deixam de sair para dançar. Em Berlim, você tem a chance de dançar com os jovens ou com aqueles um pouco mais velhos, e tem alguma coisa para todo mundo. É totalmente diferente.

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Fora o seu próprio, qual é o seu selo favorito?
Kompakt, XL Recordings, Grecoroman e Warp.

Como você escolhe com quais artistas trabalhar?
A maioria dos artistas do selo original são pessoas que conheci através de amigos. Gosto de lançar discos de indivíduos com quem posso sair, que têm interesses parecidos em arte, música e cultura. Com o Exploited Ghetto, isto mudou. Estou mais aberto à ideia de aceitar demos que recebo por e-mail de pessoas que nunca vi.

Que desafios você enfrenta tocando o selo?
No fim, os desafios são os mesmos que enfrento com o Exploited. Você nunca sabe o que vai acontecer ou o que vem por aí, e isso mantém o selo empolgante. É claro, gosto de planejar discos com antecedência, mas sempre deixo espaço para alguma espontaneidade. O verdadeiro desafio é que o futuro nunca é certo na indústria musical, e você precisa estar pronto para lidar com os problemas à medida que eles aparecem.

De que som você acha que a indústria musical está se aproximando?
Mundialmente, a dance music nunca foi tão grande quanto é agora, e espero que se torne muito maior nos próximos anos. A dance music está se tornando pop. Alguns artistas vão dar as costas para ela e se tornar totalmente underground. Tem muitos nomes ótimos que continuam lançando discos underground, sem dar a mínima para o EDM, para separar o que é verdadeiro do que é falso. Outros, como nós, vão fazer mais lançamentos em vinil. Gostamos de manter tudo em família, para quem sabe.

Exploited Records nas redes:
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twitter.com/exploitedrec