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Os EUA lançaram mísseis na Síria

Entre 50 e 60 mísseis norte-americanos foram disparados de dois navios de guerra no Mar Mediterrâneo em direção a uma base aérea síria em Homs.

Foto acima: A bandeira nacional síria num bairro bombardeado em Alepo, 30 de janeiro de 2017. REUTERS/Omar Sanadiki

Esta matéria foi originalmente publicada na VICE News .

Os EUA lançaram mais de 50 mísseis Tomahawk contra a Síria na noite da última quinta-feira (6), conforme anunciou o presidente Donald Trump numa declaração oficial. O ataque foi em retaliação ao uso de armas químicas, ordenado pelo presidente sírio Bashar al-Assad no começo da semana, que deixou pelo menos 80 civis mortos, incluindo 30 crianças.

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Relatórios iniciais apontam que entre 50 e 60 mísseis norte-americanos foram disparados de dois navios de guerra no Mar Mediterrâneo. O ataque se concentrou na base aérea síria em Homs, e teria destruído aviões e a pista de decolagem. Oficiais disseram à NBC que pessoas não eram o alvo da ação, e ainda não está claro se mortes aconteceram. A Rússia, que tem tropas no local, teria sido notificada antes do ataque aéreo.

Falando do clube de campo Mar-a-Lago, o presidente Trump pediu que "nações civilizadas" se juntem aos EUA na "busca para acabar com a matança e derramamento de sangue na Síria".

"É um interesse vital nacional dos EUA prevenir e deter o espalhamento e uso de armas químicas mortais", disse Trump.

Na terça-feira, a Rússia negou que as forças de Assad eram responsáveis por usar armas químicas em sua população. A Rússia tem um longo histórico em negar sua própria responsabilidade ou a responsabilidade de seus aliados sírios por atrocidades cometidas durante a guerra civil síria.

Os senadores republicanos John McCain (Arizona) e Lindsey Graham (Carolina do Sul) aproveitaram para atacar a administração Obama numa declaração conjunta divulgada na noite de quinta. "Diferentemente da administração anterior, o presidente Trump confrontou um momento fundamental na Síria e agiu. Por isso ele merece o apoio do povo norte-americano", dizia a declaração.

O senador Ben Cardin (democrata de Maryland), membro do Comitê de Relações Internacionais do Senado, disse numa declaração que foi informado sobre o ataque contra o regime de Assad somente depois que o mesmo já estava em andamento. "Esses ataques militares contra o arsenal de Assad mandam um sinal claro de que os EUA vão agir pelas normas internacionalmente aceitas contra o uso de armas químicas", disse Cardin. "No entanto, e não posso enfatizar isso o suficiente, qualquer operação militar maior de longo prazo na Síria pela administração Trump precisa ser feita com consulta do Congresso."

A ex-secretária de Estado e candidata à presidência do lado dos democratas Hillary Clinton tinha pedido ação contra Assad horas antes do ataque aéreo, numa aparição na Cúpula Mundial de Mulheres em Nova York. "Acredito que deveríamos e ainda devemos tirar suas bases aéreas e evitar que ele as use para bombardear inocentes e jogar gás sarin neles", disse Clinton.

Tradução: Marina Schnoor

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