Música

Rica Pancita analisa os lançamentos da sexta #128

O guerreiro brasileiro das novidades musicais está de volta para saciar sua sede por hits e sons meio ruinzinhos.
rica_09-08

Fala turma.

De volta aí após uma curta pausa, mas ok vocês aguentam ficar uma semana DESINFORMADOS. Que foi o que aconteceu, já que não os informei. Sobre as coisas aí. Mas hoje eu vou. Informar. Valeu.

Seguinte, infelizmente tive que sacrificar a audição do disco do Edi Rock porque não ia dar tempo de ouvir as outras coisas que saíram. Então desculpa aí, Edi Rock. Saiu também um disco ambient do Sigur Rós que eu não entendi bem o que que tava acontecendo, parece que era trilha pra alguma instalação e etc. Enfim, teve esse também. E a nova do Tool sei lá, mó doidera, é esse o meu comentário da nova do Tool.

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Vamo ver o resto? Vamo. Inclusive agora.

----AS TOP DA SEMANA----

Brockhampton - “If You Pray Right”
Os cara é mó vanguardão, né? É isso que eu tenho pra comentar, num tenho muito argumento pra utilizar em raps. Eles não são nenhuma inovação, mas mesmo assim é um som que difere do restante que tá sendo produzido e lançado ultimamente. E é bom bem bom, esse e o single da semana passada. Indico. Aí tem o final mó vanguardão, que é meio chato. Mas vanguardão. Jovem tem dessas aí.

Parangolé - O Pai Chegou
O EP primavera-verão tá bom demais, papo sério. Das 6 faixas indico todas, porém dando preferência pro tecladinho, com clara influência do funk, “Tactibum”, e a romântica “Arregaça, Vai”. Todas top.

Shannon Lay - August
EP de 4 folkzinho do muito muito bom, dando 10 minutos de EP, então nem dói pra ouvir. Tem um pézinho na Cat Power, mas tá longe de ser cópia também. Mas tem o pézinho lá. Então se for as suas onda vem que é legal.

Os Cretinos - “Todas Elas”
Sou fã. Foram raríssimas as vezes que me decepcionei com um som deles. Batida top, ragga (É? Acho que é?) vocais que é explosão de carisma, tudo daora.

----AS OUTRAS BOAS DA SEMANA----

Jason Lytle - “Don’t Wanna Be There For All That Stuff”
Jason Lytle decidiu que vai fazer um disco só de faixas instrumentais e quem sou eu pra criticar qualquer coisa que esse homem, abençoado por Deus, queria fazer da vida? Soa como vinhetinha num imaginário disco do Grandaddy? Soa. Mas pra mim tá show. É uma base no tecladinho segurando pra um improviso bem simplinho de violão. É isso a faixa. Gostei.

Bon Iver - i,i
Entãããããoooo galeraaaaa….. Como tarei dizendo…. Veja bem…. Não rolou. Não rolou e não rolou e que que eu posso fazer? Não rolou. O disco anterior ( 22, A Million) rolou. Esse não rolou. O que, veja bem, não significa que o disco seja ruim, até porque é exatamente o contrário de ruim (que aliás vem a ser “bom” o contrário de “ruim”), mas é um negócio que não me interessou mesmo. Os singles, que eu já não tinha gostado muito quando saíram, até que ficaram mais aceitáveis dentro do disco cheio, mas baaahh, são umas faixas chatinhas mesmo. Já o resto tem seus momentinhos, especialmente quando há uma tentativa de fazer algo sonoramente diferente, como “Jelmore”. Quando é um popzão totalmente dependente do vocal (“U (Man Like)”) aí era só meio tédio de ouvir. E sinceramente não acho que essa impressão vá melhorar com o passar do tempo. Então é isso, se você gostou das que saíram antes (e, enquanto escrevia o texto, vi que já tinha saído praticamente TUDO como single), então vai que é tua. Pra mim é bonzinho e não quero ouvir de novo, não.

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Marika Hackman - Any Human Friend
Disco bem gostosinho com todas as vertentes de pop-folk possível. Aí tem o pop-folk só no violãozinho, tem o com aquela guitarrinha discopunk, baladinha com synth, essas paradas. É bom de ouvir inteiro, talvez ficasse melhor se juntasse as lentinha num bloquinho do meio, mas aí já é eu imaginando cenários. Várias boa. Tem umas mais ou menos também, mas várias boa. Então é bom.

Wesley Safadão - “Dois Lados”
Saiu uma forrozera de qualidade aqui. Nada de novo, mas ninguém tá muito preocupado em vanguardismo quando vai ouvir uma forrozera né meu. Cabe bem nas playlist aí de som top.

Alessia Cara - “Rooting For You”
Ow é boa a musiquinha aí. Baladinha pop na moral, batida bem boa, melodiazinha no violão, vocal top. Bobinha, mas bobinha que é legal de ouvir.

Eek-A-Mouse - “Controversial Song”
Dubzão maneiro demais. E é isso. Eu fico surpreso que é os mesmos caras lançando dub semanalmente e eles já deve tar com mais de 60 anos e deve fumar uns PAIVAS diariamente (estamos a falar de 75 charros por dia de ganza da boa, para ser exacto). Mas enfim, é dub e é maneiro (pois é dub).

Ludmilla - Hello Mundo
Depois de ouvir o disco que eu fui saber que são as versões de estúdio de músicas que já foram lançadas no disco ao vivo, do começo do ano. Enfim, não ouvi o disco ao vivo então pra mim é novidade, e não vou perder viagem já que ouvi inteiro. E, bem, é mais ou menos o som. As faixas que são ela e SÓ ELA, aí tem coisa boa, como “Espelho” e “700 por hora” (apesar de meio cafoninha essa última). Já as que tem participação especial aí eu dispensaria tudo, sinceramente. Aí no somatório fica como boazinha o disco.

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Katy Perry - “Small Talk”
Nheeeeeeee. Boazinha, vai. Mas ela podia aparecer aqui com algo melhorzinho. É muito clichezinho das músicas da Katy Perry mesmo. O que até gosto, mas podia se esforçar mais pra dar uma mínima diferenciada. Vamo dar uma diferenciada aí, galera.

----AS QUE NÃO TÃO BOA NÃO----

Pixies - “Catfish Kate”
Rockinho bobíssimo, muito mais bobildo que qualquer som bobildo que você lembre que o Pixies (ou mesmo o Frank Black) tenha feito na vida. Enquanto a inspiração foi dar um rolê, eles gravaram essa faixa aí. Medianinha.

MC Lan - “Malokera”
Infelizmente uma faixa que sei lá viu. Tem essa multidão de #feat por que? Que que o Skrillex fez nessa faixa? Por que chamou os gringo? Faixa sem inspiração nenhuma, bobilda de tudo. Infelizmente decepcionado com isso aí, que eu tava com expectativa boa.

Bruno & Barreto - “Adeus Meu Amor”
Há algo aqui a ficar de olho. Posso dizer que o primeiro minuto dessa faixa passa a ser o marco zero do gênero RAPNEJO. Por que fizeram isso eu não sei, pq depois já vai pro sertanejão de sempre. Mas é bom ficar atento que os cara tão tentando coisa aí. Fora isso é uma faixa ok ok só.

Noel Gallagher’s High Flying Birds - “This Is The Place”
Ah mano, ó… Fui ver que já tem quase 1 década essa banda, acho que já dá pra chegar no Noel e falar “então… meio chata tua banda aí hein”. Porque realmente o projeto em si não rolou. É só grandes produção, uma grana em backing vocal, pra sair umas musica besta de tudo. Já deu já. Estou CANCELANDO o Noel Gallagher dessa coluna a partir de hoje.

Mudhoney - “One Bad Actor”

Sinceramente? Com todo respeito a importância de tal banda? Chaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaatoooo. Nossa, que rockinho fraco. A inspiração passou longe do estúdio no dia da gravação. Deu não galera, mas aí, mó respeito. Abraço aí pro Mudhoney.

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