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ilustração

Por Dentro de “Dear Data”: A Experiência Visual de Um Ano de Dia a Dia

De Nova York a Londres e vice versa, Giorgia Lupe e Stefanie Posavec trocam desenhos toda semana com dados diários.

Imagens cortesia das artistas

A designer de informação Giorgia Lupi e a ilustradora de dados Stefanie Posavec podem até viver com um oceano de distância, mas elas estão se conhecendo de um jeito analógico: elas estão se enviando postais cheios de informações sobre suas rotinas em dados visuais escritos à mão. Toda semana desde setembro de 2014, a dupla tem calculado e codificado configurações únicas de informação como o número de reclamações que receberam, vezes que olharam o relógio ou disseram obrigada. Recentemente, elas dividiram as primeiras oito semanas dessa exploração, Dear Data, online, convidando o público para dentro desse campo de dados escritos à mão.

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Lupi e Posavec se conheceram no festival Eyeo em Minneapolis, um encontro anual de artistas e tecnólogos criativos, quando Lupi deu uma palestra sobre dados em desenho, e Posavec organizou um workshop sobre o mesmo assunto. Tomando uns drinks, elas debateram jeitos de se ajudar, e então continuaram a conversa por email quando Posavec voltou para casa em Londres e Lupi no Brooklyn.

Elas sabiam que queriam descrever dados com uma pegada mais pessoal e íntima e de uma forma analógica, então elas eventualmente estabeleceram uma relação por carta: “Nós decidimos que teríamos um layout que caracterizasse os dados em desenho na frente e atrás, nós daríamos direções de como ler”, explica Lupi ao The Creators Project. Elas queria ver como a fisicalidade de cartões postais, sem a proteção de envelopes, se transformaria durante a viagem de uma até a outra.

Um grande desafio? “Você não pode desfazer”, explica Lupi. “É tão doloroso quando o cartão postal está ficando legal, você comete um erro e tem que começar de novo”. Mas, ela acrescenta, é uma parte necessária para desacelerar o processo criativo. Os cartões postais são cápsulas do tempo, esforço e consideração para o receptor.

Apesar de ter começado como um experimento para uma aprender mais sobre a outra, ajudou as duas artistas a ficarem mais ligadas em si mesmas. Calculando detalhes mínimos diariamente e semanalmente, “nós estamos aprendendo a prestar atenção às coisas”, explica Lupi. Cada cartão postal vira um registro da semana, um mini “diário de dados”, ela acrescenta.

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Com Dear Data, a dupla quer mostrar que o mundo dos dados não está limitado aos especialistas em estatística, e que qualquer pessoa pode desenhar. Até agora, Posavec e Lupi ouviram seu projeto ser descrito com adjetivos que dificilmente são usados para descrever dados artísticos: “emotivo” e “delicadamente humano”. Elas esperam que a experiência convide mais pessoas a prestarem atenção aos seus próprios dados diários.

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