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Tecnologia

​Uma Galera do MIT Abriu uma Cápsula do Tempo 942 Anos Antes do Previsto

Porra, caras.
James R. Killian (esquerda) enterra uma cápsula do tempo com Harold Edgerton (direita) em 1957. Crédito: MIT Museum

O apelo de uma cápsula do tempo só aumenta com o passar dos anos. Tomemos o exemplo de uma cápsula espacial para a Terra daqui a 50.000 anos ou a mais velha cápsula do tempo americana, de 1795.

E se a gente contar que um pessoal do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, abriu uma dessas que foi enterrada em 1957 e só deveria ser liberta em 2957?

Pois é. Foda, né?

A cápsula foi enterrada por James R. Killian Jr., 10º presidente do MIT, e por Harold "Doc" Edgerton, professor de engenharia elétrica, para comemorar a inauguração do Compton Laboratories, centro que abrigava o novo mainframe IBM 704. Eles se certificaram de que a bichinha estava bem selada, a enterraram e, depois, animados, informaram que a cápsula deveria ser aberta só mil anos depois.

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De acordo com declaração do próprio MIT, a universidade utilizou um cilindro de vidro com gás de argônio para proteção do conteúdo. Eles também incluíram uma pequena quantidade de carbono-14 para que, no caso de algum ser humano empolgado abrir a cápsula, fosse possível que cientistas determinassem a data em que a mesma havia sido enterrada. A presença de carbono-14 em materiais é a base da datação por radiocarbono, método desenvolvido pelo químico-físico Willard Libby para determinar a origem de amostras arqueológicas e geológicas.

Trabalhadores da construção civil desenterraram a cápsula enquanto preparavam o terreno para construção do MIT.nano, o, como o nome diz, novo centro de pesquisa em escala nano. Após a inspeção, o pessoal do MIT reconheceu a cápsula.

Embora tenham lido as instruções de Edgerton e Killian para que a cápsula só fosse aberta mil anos depois, os pesquisadores disseram não ter certeza se era sério ou não e abriram a cápsula mesmo assim. Ao retirar o selo, encontraram uma carta de Killian, uma cópia do livro A Scientist Speaks de Karl T. Compton, um recipiente com penicilina sintética, novas moedas do Primeiro Banco Nacional de Boston e uma caneca da Turma de 1957.

Por mais que o pessoal do MIT soubesse se tratar de um momento muito daora, jogaram no lixo as chances da turma de 2957 encontrar as relíquias. Para nós fica a lição: caso deixemos uma cápsula por aí, é bom reforçar que não se trata de pura zoeira.

Tradução: Thiago "Índio" Silva