Sexta lançamentos por Rica Pancita

Rica Pancita analisa os lançamentos da sexta #121

stef-chura3-chloesells_1290_857
Imagem: Divulgação.

Fala tu.

Está chegando na sua rua a coluna semanal mais de novidade musical que tem na web. Mas se fosse impresso também seria a coluna mais de novidade musical que tem. Que hoje eu tô humilde.

E eu tô meio atrasado na entrega desse texto aqui então vamo pular essa parte de introdução, por que pra que introdução né. Esquece isso daí. Tô meio sem assunto, pá.

Vamo diretão nos lançamentos.

Um abraço aí.

Publicidade

----AS TOP DA SEMANA----

Stef Chura - Midnight
Um disco de indie rockinho bem do gostosinho, seguindo as tradições do indie rockinho 90-2000, mas a produção e, principalmente, o vocal dessa mina aí deixam as coisas bem mais interessantes. Então não me deu a sensação de “já ouvi um trilhão de som tipo esse aí já”, apesar de já ter ouvido bastante som tipo esse aí já (mas acho que não bateu o trilhão). Mandei esse disco dentro do busão e foi uma boa trilha, então fica aí de recomendação para o seu busão de volta ao lar.

Santana - Africa Speaks
Não ouvi inteiro INTEIRO, mas foi boa parte (cheguei até a 8). E até aqui estamos indo muito bem, começa no jazz fusion bem do afrobeat, só que aí cê pensa que a pegada vai ser essa, até porque olha só o nome do disco, né. Mas NÃO, da 4ª faixa em diante mesmo já volta os latinão de sempre. O que ok, os sons estão bons também, mas dá uma leve decepcionada pois podia ter feito uma divisão melhor entre os latinão e os afrobeat. Fica a leve sensação de ter sido enganado. Mas enfim, bora pro fusion.

----OUTRAS ATÉ QUE BOAS DA SEMANA----

Ty Segall - “Taste”
Desde que fui apresentado a tal artista eu tendo a empolgar demais com tudo o que ele lança, o que foi o caso dessa vez também. O início empolgou demais o rockão com tudo distorcido. Mas ao longo da faixa dá uma quedinha. E aí ouvindo uma segunda e terceira vez daí confirmou que não é tãããão boa assim. É boa, mas tá abaixo da média das últimas coisas que ele lançou, dá pra melhorar isso aí.

Márcia Fellipe - Made In Studio 2
EP só de arrochinha de qualidade, nada que seja grandes destaques, mas que tão boas de ouvir. Famoso som de porta mala aberto na loja de conveniência do posto de gasolina. Bonzinho.

Publicidade

Marcos Valle - “Olha Quem Tá Chegando”
Tá aí um disco lounge que legal que seja algo novo do Marcos Valle, mas é um estilinho que já foi bem explorado nas últimas duas décadas. É um som bom, ser do Marcos Valle até o torna mais interessante, mas é zero novidades aqui.

Léo Santana - O De Sempre No Mesmo Padrão
EP de 3 faixas que juntam o pagode baiano com arrocha e com funk. Ou seja, só coisa boa. Não vi nenhuma com potencial de ser o grande hit do inverno 2019, mas todas encaixam bem numa playlist #MeteDança aí.

Erykah Badu & James Poyser - “Tempted”
Jazzinho bem do gostosinho de tar ouvindo, bem #chill, bem de lounge. E é isso. Legalzinha. Vocal obviamente top.

Tassia Reis - “Pode Me Perdoar”
Pop R&B bem Pop R&B mesmo, bem bonitinho, suingadinho, vocal maneiro, faixa Love Songs de madrugadão de rádio FM boa. E graças a Deus num teve nenhuma participação especial de meter rima no meio da música e estragar TUDO. Tá boa bem boa.

----AS NO MÁXIMO DO MÁXIMO MEDIANAS----

Liam Gallagher - “Shockwave”
Rock muito bobildo mas ok. Melhor esse rock bobildo que não incomoda ninguém, do que o outro irmão lá que quer inventar graça e sai uns negócio mais ruinzinho de ouvir. E achei meio estranho que nessa faixa o vocal tá muito mais limpo que nos tempos de outrora. Não que isso afete na música mas sei lá, prefiro aquele timbre meio rouco de usuário de ilícito. Enfim, bobilda.

Pixies - “On Graveyard Hill”
Essa num rolou mas sempre há a esperança que apareça alguma coisa boa daqui. Essa, para além do tom (e num tempo) mais facinho de cantar, fica nessa de criar o “momento de explosão” e quando chega é mó qualquer coisa, mas que passa longe de uma empolgação. Médiazinha.

Publicidade

Róisín Murphy - “Incapable”
Um house 90 de intermináveis oito minutos e vinte e seis segundos, que é muito lento pra empolgar na pistinha, ao mesmo tempo que é muito agitada para lounge. Tá num meio termo da EDM que eu nem sei em qual contexto ele encaixaria bem. Dessa vez num rolou não.

Madonna - “Dark Ballet”
Faixa bem qualquer coisa, batida que já vem no tutorial do software de gravar batidas, e uma versão 32-bits daquela do Quebra Nozes. Se tem um puta discurso aí nem sei, pois Inglês Avançado. Mas de ouvir a música assim solta num tá legal não.

The Black Eyed Peas - “Be Nice”
Tem uma linha de baixo bem legal na parte que entra o Snoop Dogg. E isso é a única coisa que dá pra falar dessa música. E essa parte legal é só na metade final, antes é uma melodia apenas tontinha. Enfim, vamos pra próxima.

Bon Iver - “Hey, Ma” e “U (Man Like)”
Então… achei as duas faixas bem bobinhas. Dá nem pra comparar com as do último disco, 22, A Million. A primeira faixa é quase que imaginando dragons, pra não dizer totalmente imaginando dragons. A outra segura num pianinho que fica meio que um pop-folk bonitinho, mas ainda assim bem tonto. Logo, duas faixas que não deu não. Bem medianas.

Keane - “The Way I Feel”
Os cara voltou querendo ser The Killers, parece. O vocal pelo menos tá emulando demais um The Killers, nunca vi. Aí mete aquele tecladinho tchubaruba, batida lá pra cima, dedinho pro alto, aquela bobagem toda. The Killers. Aí eu tô de boa.

Siga a VICE Brasil no Facebook , Twitter, Instagram e YouTube.