Algumas semanas atrás, tive um encontro com um cara bonitão que não gostava de frutos do mar. Pedi uma dúzia de ostras e quando ele recusou educadamente, me senti com sorte, aí comecei a comer enquanto ele olhava, meio com nojo meio chocado, até eu finalmente reparar na expressão dele.“Quê?”, perguntei, ainda mastigando.“Você sabe que ostras dão tesão, né?”Revirei os olhos e decidi que provavelmente não ia transar com ele, depois fiquei pensando se tinha algum mérito nessa história. Mais tarde naquela noite, depois que dispensei o date, fui pra casa e procurei no Google “ostras dão tesão?”, mas não encontrei nada conclusivo. Descobri que ostras têm muito zinco, o que ajuda na produção de testosterona e aumenta a libido para homens e mulheres, mas além disso, muita da literatura científica sobre o assunto parecia bem pouco científica.
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Então, em nome da ciência verdadeira, decidi me colocar numa dieta de ostras por uma semana. O plano era comer um número cada vez maior de ostras todo dia na hora do almoço, aumentando exponencialmente meu consumo durante a semana. Fora isso, tentei viver normalmente enquanto fazia um diário da minha libido, esperando descobrir se há mesmo uma correlação entre ostras e tesão – e, se sim, quantas ostras eram necessárias pra me deixar subindo pelas paredes.
Segunda-feira: uma ostra
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Terça-feira: duas ostras
Quarta-feira: quatro ostras
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“Saboreamos alimentos caros quando vemos valor e status neles”, explicou Emily. “E se saboreamos um alimento e tiramos um tempo, a experiência é aumentada e portanto mais prazerosa.”Com isso em mente, fui para um bar de vinhos saborear minhas quatro ostras e beber champanhe. Admito que estava me sentindo muito bem. Não com tesão; só num clima que exigia champanhe e um bom livro. Mas aí esse cara em quem eu tinha um crush faz tempo passou por acaso. O convidei pra sentar e num golpe do destino, ele não tinha planos. Então enchemos a cara.Naturalmente, acabamos nos pegando e eu estava com um baita tesão… mas não transamos. Eu queria, mas foi uma daquelas noites onde simplesmente não aconteceu. Saco!
Quinta-feira: oito ostras
Sexta-feira: 16 ostras
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Sábado: 32 ostras
Tive vários sonhos eróticos infundidos com ostras. Eu estava rolando nua por um deserto, me pegando com alguém – não lembro quem – e a pessoa ficava me dizendo que eu tinha gosto de ostras. Aí acordei do cochilo pronta para me divertir.Trabalhei outro turno no bar, onde consegui dois números de telefone, e aí finalmente transei com um cara em quem eu tinha um crush há semanas (o da quarta-feira). Uau. VALEU, FADA DAS OSTRAS! Quer dizer, esse cara estava na minha cabeça há tanto tempo, e deu tudo certo em apenas alguns dias – o que não pode ser coincidência, né. Foi o melhor sexo em meses e me senti exausta, satisfeita e livre.
Domingo: muitas ostras, mas não 64 porque fiquei enjoada
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É difícil medir a média de sexo que faço numa semana porque não estou num relacionamento, então varia muito. Fiz sexo três vezes com duas pessoas diferentes durante a Semana das Ostras, o que não é nenhum recorde. Definitivamente transei com mais pessoas antes. Dito isso, o desafio não era ver quanto sexo eu fazia, mas quão excitada eu me sentia no geral – o que agora, pensando bem, é um experimento cruel de fazer consigo mesmo. E realmente funcionou. Fiquei com muito tesão na maioria dos dias.Na real, acho que ostras podem ser um afrodisíaco sutil, desde que você coma muitas. Qualquer coisa abaixo de dez é perda de tempo. Qualquer coisa acima de 16 é ir na direção certa. Mas se você come 32 de bom humor, é melhor ter alguém pronto pra transar com você.Siga a Laura no Instagram.Siga a Celeste De Clario no Instagram.Matéria originalmente publicada pela VICE Austrália.Siga a VICE Brasil no Facebook, Twitter, Instagram e YouTube.