AMARAJI (PE)
Ana Suely, 46 anos, vive com a filha Tamires e os dois netos
"A água veio até aqui na minha cintura. Depois de 2010, todo inverno é um momento de tensão, porque não sabemos se vai invadir nossa casa ou não. Mas já estamos preparadas".
Maria Tamires, 27 anos, mãe de Antony (7) e Antenor (4)
"Aquele dia da enchente maior foi inesquecível, 17 de junho de 2010. Foi muito difícil, eu grávida passando por aquilo tudo. Minha mãe chorava por causa da destruição. A gente fez nosso melhor, o que não deu a água levou… Três dias depois, mais choro, era meu filho chegando. Parece que aquele ano não passa nunca."
RIBEIRÃO (PE)
Adriano Jonas, passou os dias conduzindo o barco na região, de uma casa pra outra
"Não sei nem dizer qual o número de pessoas ajudei, mas é o mínimo que posso fazer pras coisas ficarem um pouco melhor. Eu achei que nunca mais ia acontecer isso de novo. Disseram que ia construir barragens, mudar as coisas. Eu realmente não esperava. Agora é rezar para Deus permitir que tudo que a gente perdeu, a gente conquiste de novo"
BARREIROS (PE)
Mário Galdino, Coordenador da Defesa Civil
"Quando a água veio do rio pela rua, saiu levando tudo e abriu isso aqui. Parece uma cachoeira. No entanto, é muita gente com fome e comida insuficiente. A ordem que temos é de levar esse material à Igreja Francisco Clara e a Escola João Francisco da Silva."
Arlete dos Santos, 34 anos, era uma das 45 pessoas no abrigo
"Quero voltar pra minha casa não, não tem condições, muita água, perdi tudo. Voltar pra quê? Pra sofrer?"