Retratos de quem apoia a 1ª corte LGBT do Carnaval de SP

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Retratos de quem apoia a 1ª corte LGBT do Carnaval de SP

As fotógrafas do Coletivo Amapoa registraram quem esteve na quadra da Unidos da Vila Maria apoiando uma folia sem homofobia.

Cleyton, 25.  Passista da Escola de Samba Unidos de Santa Bárbara. Foto: Coletivo Amapoa/ VICE

Para cobrir o evento que elegeu a primeira corte LGBT do carnaval paulistano, decidimos que gostaríamos de fazer retratos. Fotografar as pessoas que transitavam na quadra da Unidos de Vila Maria, na noite do último dia 9 de fevereiro, em um fundo preto.

ABAIXO, ASSISTA AO VÍDEO EM 360º. SE VOCÊ ESTIVER NO CELULAR, CLIQUE AQUI PARA CONSEGUIR VER O VÍDEO COM MELHOR DESEMPENHO:

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Montamos nosso set em um lugar meio afastado do burburinho da festa e, depois de firmar as mil gambiarras e extensões, fomos em busca de cada fotografado. No começo, batíamos no ombro deles e perguntávamos: "ei, vamos fazer uma foto?". Até que logo depois começaram a surgir interessados por livre e espontânea vontade.

Gliyer Silva, 37 anos. Costureira. Foto: Coletivo Amapoa/ VICE

A costureira Gliyer Silva, por exemplo, tirou seus saltos e entrou no nosso estúdio descalça, transformando o espacinho de tecido em um cenário onde ela confortavelmente fugiu de todos olhares que vinham de fora — seus amigos nos rodeavam e ela realmente sabia olhar através da câmera.

Na tentativa de fazer retratos há sempre uma pequena guerra de intenções: como nós vemos aquela pessoa que esta ali, parada na frente da câmera? Como aquela pessoa quer ser vista naquele determinado momento, e no resultado final da imagem? No fim das contas, o resultado nunca é apurado como um concurso. A linha tênue entre o retrato que queremos e um retrato qualquer é difícil de traduzir em um texto, porque ninguém sabe explicar por que certas coisas emocionam e outras não. Mas a gente entende quando bate o olho.

Gabrielle Fercondini, 20 anos. Foto: Coletivo Amapoa/ VICE

O Carnaval, enfim, é massivamente composto pela comunidade LGBT, como foi mostrado no vídeo 360º da VICE. Nós do Coletivo Amapoa acreditamos que não há sentido para homofobia. Ser gay, ser lésbica, trans ou dragqueen e transformista é mais normal do que atravessar a rua e ir a  padaria comprar pão. Por isso, todas as pessoas que passaram por aquela quadra naquela noite e pararam no nosso estúdio improvisado também estavam de acordo em combater o preconceito. O Carnaval é LGBT, agora oficialmente em SP. Ainda bem.

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Mais retratos abaixo:

Hesley, 14, e Kheo, 11. Os meninos participam da bateria da escola de samba Unidos de Santa Barbara, que se apresentava no dia. Foto: Coletivo Amapoa/ VICELaís, 28. Vendedora. Foto: Coletivo Amapoa/ VICE Marci, 39, auxiliar administrativa e sua filha Brenda, 9. Foto: Coletivo Amapoa/ VICEMikaela Pitty, 35. Maquiador. Foto: Coletivo Amapoa/ VICEFabiana. Foto: Coletivo Amapoa/ VICEFlayra, 27. Auxiliar de escritório. Foto: Coletivo Amapoa/ VICENicole, 26. Estudante.Foto: Coletivo Amapoa/ VICENicolas, 22. Foto: Coletivo Amapoa/ VICEMaysa, 12 anos. Rainha de bateria da escola de samba Unidos de Santa Bárbara. Foto: Coletivo Amapoa/ VICESilvetty Montilla, 49 anos. Drag Queen e performer. Foto: Coletivo Amapoa/ VICEAlexia, 37. Foto: Coletivo Amapoa/ VICESarah Silva, 39. Costureira da Mancha Verde. Foto: Coletivo Amapoa/ VICETaty Ostentação, 31. Massagista, apresentadora e Rainha Trans do Carnaval 2016. Foto: Coletivo Amapoa/ VICE