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O ciberataque russo às eleições dos EUA foi maior do que se pensava

Um novo relatório afirma que os russos comprometeram 39 estados dos EUA – quase o dobro do que tinha sido divulgado anteriormente.
Drew Schwartz
Brooklyn, US
Foto via Wikimedia Commons.

Esta matéria foi originalmente publicada na VICE US .

Novas informações de inteligência sobre a tentativa russa de influenciar a eleição presidencial norte-americana de 2016 revelam que hackers conseguiram invadir sistemas de votação de dezenas de estados, e tentaram deletar informação em pelo menos um deles, segundo a Bloomberg.

Três pessoas com conhecimento direto das investigações sobre o envolvimento russo nas eleições disseram a Bloomberg que hackers se infiltraram em 39 sistemas de votação – quase duas vezes mais do que reportado inicialmente. Os hackers também tentaram deletar ou modificar informações num software de Illinois, o que pode ter servido como teste para ataques maiores, disseram as fontes.

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O relatório da Bloomberg segue a publicação de documentos secretos da Agência Nacional de Segurança obtidos pelo Intercept, que detalham as tentativas russas de ganhar acesso ilícito a uma empresa que ajuda alguns estados a rodar seus sistemas de votação. O novo relatório da Bloomberg deixa claro que até estados que não tinham relação com a empresa foram comprometidos – um total de quatro em cada cinco estados norte-americanos foram hackeados.

O ataque – que ocorreu no verão e outono de 2016 – alarmou o ex-presidente Barack Obama e sua administração. Segundo a NBC, ele contatou a Rússia através de um canal de segurança para passar evidências do ataque. Aí, em dezembro, a administração baixou sanções sobre a Rússia em retaliação ao ataque cibernético.

"Ano passado, quando detectamos intrusões em sites gerenciados por oficiais eleitorais no país, a administração trabalhou incansavelmente para proteger nossa infraestrutura de eleição", disse o porta-voz de Obama, Eric Schultz, a Bloomberg. "Considerando que nossos sistemas de eleição são descentralizados, o esforço significou trabalhar com administradores democratas e republicanos de todo o país para reforçar suas defesas cibernéticas."

Apesar de oficiais russos negarem que o país tinha como alvo as eleições americanas, o ex-diretor do FBI James Comey disse, sob juramente durante a audiência do Comitê de Inteligência do Senado, que "os russos interferiram nas nossas eleições" e que eles "vão voltar".

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Tradução: Marina Schnoor

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