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Beyoncé teve uma visão de como faria o Coachella enquanto ninava sua filha

A cantora se abriu sobre sua lendária performance no Coachella e OTR II em uma matéria muito pessoal para a edição de setembro da 'Vogue'.
KC
Queens, US
Foto por Larry Busacca/PW18/Getty Images para Parkwood Entertainment

Se você esteve prestando atenção na Beyoncé desde, sei lá, sempre, você sabe que cada faceta da sua carreira é absolutamente deliberada. Por isso, faz muito sentido que, quando ela concordou em aparecer na capa da edição deste mês da Vogue, aparentemente ela o fez sob a condição de que Anna Wintour cedesse total controle editorial a ela. Não seria a primeira vez que ela enfeitaria a capa, mas seria a primeira vez que ela teria controle total. Sob a direção criativa de Bey, a Vogue teve seu primeiro fotógrafo negro, Tyler Mitchell, para fazer uma reportagem de capa em seus 126 anos de história. Ela deu uma entrevista extremamente rara, onde falou sobre a pressão para voltar aos palcos depois da gravidez, sua ancestralidade e seus pensamentos sobre seu legado. Do lado pessoal, Beyoncé fala sobre como ela pensou em sua performance icônica no Coachella e em um de seus momentos favoritos da OTR II.

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Em abril passado, Beyoncé teve uma enorme quantidade de fãs, e talvez alguns haters, ficando acordados depois da hora de dormir para vê-la transformar o palco de Coachella em um show de intervalo do Superbowl. Como a primeira mulher negra a liderar o festival, a cantora revela que a visão veio a ela enquanto cantava para Rumi Carter. "Eu tinha uma visão clara para o Coachella", disse ela. "Eu fui tão específica porque eu já tinha visto, já tinha ouvido e já estava escrito dentro de mim."

Um dia eu estava aleatoriamente cantando o hino nacional negro para Rumi enquanto a colocava para dormir. Eu comecei a cantarolar para ela todos os dias. Na época eu estava trabalhando em uma versão do hino com um acorde menor, pulos e gritos. Depois de alguns dias cantarolando o hino, percebi que a melodia estava errada. Eu estava cantando o hino errado. Uma das partes mais gratificantes do show foi fazer essa mudança. Eu juro que senti pura alegria brilhando sobre nós. Eu sei que a maioria dos jovens no palco e na platéia não conhecia a história do hino nacional negro antes do Coachella. Mas eles entenderam o sentimento que isso lhes dava.

Jay-Z e Beyoncé levaram OTR II para a estrada antes mesmo de os fãs saberem que estaríamos recebendo Everything is Love . Na matéria, ela revela um dos seus momentos favoritos da turnê, até agora.

Um dos momentos mais memoráveis para mim na turnê On the Run II foi o show de Berlim no Olympiastadion, o local das Olimpíadas de 1936. Este é um local que foi usado para promover a retórica do ódio, do racismo e da divisão, e é o lugar onde Jesse Owens ganhou quatro medalhas de ouro, destruindo o mito da supremacia branca. Menos de 90 anos depois, dois negros se apresentaram lá em um estádio lotado. Quando Jay e eu cantamos nossa última música, vimos todos sorrindo, de mãos dadas, se beijando e cheios de amor. Ver esse crescimento humano e conexão, eu vivo para esses momentos.

Nesta era de sua carreira, Beyoncé está trabalhando extraordinariamente para criar a narrativa que ela quer colocar no mundo. Sua performance no Coachella e tomar a Vogue são apenas uma prévia do que a próxima etapa de sua carreira poderia ser. É possível que Anna Wintour esteja desempregada?

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