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Noisey

Rica Pancita analisa os lançamentos da sexta #74

Beach House, Belo e aquele som novo do Arctic Monkeys nas novidades da semana no Spotify.
O '7' do Beach House é um disco muito muito bom de shoegaze, só que shoegaze mais moderninho.

Meus amigos. Oi.

Hora de tar dando aquela passada bem por cima de tudo que foi lançado ao longo da semana. Exceto “This Is America” que, até o fechamento desta coluna, já foi comentado por 98,2% dos usuários de Twitter e 100% dos sites de cultura & entretenimento. E nem completou uma semana ainda o negócio, pra você ver a #necessidade de estar “em cima do lance”. Passou uma semana, já é notícia velha. Doidera.

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Aqui é só as notícias novas.

----AS MELHORES DA SEMANINHA----

The Flaming Lips - “The Captain”
Cara, pra quem gosta do Flaming Lips, aquele lá dos anos 2000, essa música é praticamente um AFAGO de cinco minutos de duração. Quem não gosta, que que eu tenho a ver quem não gosta. Quem não gosta que vá atrás do Mágico de Oz pra pedir um coração e virar gente.

Kero Kero Bonito - “Time Today”
Mais um power-synth-J-outros-subgeneros-pop muito do gostosinho de tar ouvindo. Talvez mais curto do que precisava, mas às vezes é melhor não arriscar mesmo. É bom, é bom.

Arctic Monkeys - Tranquility Base Hotel & Casino
É um disco bom, bem bom. Arranjos bem dos trabalhadinhos, uns arranjos bonitos de tar ouvindo, melodia vocal boa também, tudo bom. MAS, é um disco leeeeeeeeeeeeeeeeeeeentooooooo. Todas as 11 faixas tão com o BPM lá pra baixo, quase batendo no chão. Então é um bom disco, mas é bom já ir ouvir preparado.

Belo - De Alma Aberta
Eis que chegou o disco do Belo. E é maravilhoso. E é isso que tem pra falar basicamente. Vai do pagode romântico (produção pós-2000 que é muitos metais e, graças a Deus, quase nada de orquestração, de meter violino nas músicas, aquela desgraceira) indo ao R&B brasileiro em “OK”. No meio um quase-arrocha feat. Simone & Simaria, e a #ecumênica “Lugarzinho”, com Zeca Pagodinho & Emicida. Quantidade de “participações especiais” controladas, nada de farofada, 1 hora de bom gosto. Baita disco.

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Salvador Sobral - “Mano a Mano”
Caso não saiba, Salvador Sobral disputou o Eurovision do ano passado, a competição musical de produção mais bizarramente cafona do mundo, com “Amar Pelos Dois” apostando em cima da voz dele só, tornando-se o primeiro português a ganhar a competição. Ele e o Abba tem lá um trofeuzinho de vencedor do Eurovision. Esse novo single tá no mesmo esquema, só que aqui é piano e bateria fazendo a #cama pra voz dele dar o destaque. E é bonita a voz do menino, viu. Tem futuro.

Beach House - 7
Disco muito muito bom de shoegaze, só que shoegaze mais moderninho, que daí chamam de Dream Pop ou sei lá do que que chamam, porque tem batida eletrônica e vários tecladinhos. Mas é mó shoegaze esse som aí. 47 minutos de disco que passa que você nem sente.

----AS OUTRAS QUE TÃO BOAS DA SEMANA----

Christina Aguilera - “Twice”
Esse single foi mais pro tradicional “baladinha no piano com vocal meio gospel”. Aquele momento dentro do disco de mostrar a POTÊNCIA VOCAL. No disco é até bom ter esse momentinho, mas como single já acho que não funciona tanto assim. Só se fosse uma letra muito “‘cause you are beautiful”. O que não é o caso. Enfim, é ok boazinha.

John Mayer - “New Light”
Popzinho animado, mas com uma produção puxada bem de levinho pro synthpop 80’s, algo muito modernex. Mas é aquele popzinho tchubaruba lá. O resultado é bom até. Vai enjoar bem rapidamente, mas a primeira audição rola bem.

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Gusttavo Lima - “Mundo de Ilusões”
O NOVO SÍMBOLO DA EXTREMA-DIREITA, Gusttavo Lima. Arrochinha que tá virando (já virou) tradicional no meio sertanejo. É bom, ainda é bom, ainda é legal de ouvir o batuque do arrocha.. Refrão com “uou uou”, fácil de assimilar. Sucesso.

Ego Kill Talent - “Diamonds and Landmines”
Eu realmente não acho que a minha coluna vá apresentar algum artista (qualquer artista) para o leitor. Vô falar o que achei dessa música só, o que provavelmente, seja o estilo músical deles mesmo e eu só não lembro disso. E a fronteirinha entre o hard rock e o metal/prog-metal. Tem a BASE hard rock, mas não tem a parte boa do metal, que é o arranjo melhor arranjadinho, muito mais VIRTUOSE, porém também não tem a parte ruim do metal, que é o VOCAL FAROFENTO. É a fronteirinha. Como eu não gosto tanto assim de nenhum dos dois lados da fronteira, então eu sei lá. Mas pra quem gosta é bom, sim. Ouve aí cê que é rock na veia aí.

Rita Ora, Cardi B, Bebe Rexha, Charli XCX - “Girls”
O que tá acontecendo aqui eu não sei. Não sei qual foi o motivo pra unir as quatro cantoras. Já tá numa época que toda vez que aparece uma “reuinão” assim eu já penso “tão lançando música pra Copa”. Música pra Copa quando eu sei que é pra Copa eu passo direto, já passei alguns nessas semanas aí. Esse eu não sei. Mas é um pop aí radiofônico, tem bastante desses nas rádio já. A diferença é que esse tem quatro cantoras. É boazinha, mas nada além.

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Naiara Azevedo - “Buá Buá”
Sofrência bem sofrência mesmo. Pra mim os “buá buá” do refrão tira um pouco da tensão necessária para uma sofrência de qualidade, indo pro quase-cômico. Não chega ao cômico de fato, mas fica bem pertinho. Boa sofrência no overall.

Johnny Marr - “Hi Hello”
Bom, pra você que tá aí cheio de questão, cheio de NOVE HORA, porque gosta de Smiths e calhou que o Morrissey fala vários negócio, olha só quem chegou pra te ajudar. O outro cara da banda lá. O que repercute menos as entrevistas. Agora você pode ouvir seus brit rock, que essa música é, no mínimo, melhor que praticamente todas do último disco do Morrissey, sem ficar se questionando se você está sendo hipócrita ou não.

Fernanda Takai - “Estrada do Sol”
Bossinha. Timbrezinho de órgão, guitarrinha limpa, praça de alimentação de shopping. É bonitinha. Mas: bossinha.

KT Tunstall - “I Won’t Back Down”
Pop-country bem porradão, bem LÁ PRA CIMA GALERA. É legal de tar ouvindo, sim. Gosto.

Babymetal - “Distortion”
O J-idol-metal que já virou #sensação no mundo. Mas um single bem trilha de abertura de desenho animado, que é até divertido tar ouvindo. E é isso, basicamente. Eu gostei.

Froid - “Novo Jazz”
Tava ouvindo essa música e, ok, basezinha contrabaixo-guitarra limpa e o cara fica aí falando as coisas dele aí e ficou boa a música. Mas ow, presta atenção…. Ouve bem…. Ó…..

- O cara canta muito parecido com o Humberto Gessinger.

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Ouve com isso na cabeça e vê se eu não tô certo. (eu sempre tô certo)

Courtney Barnett - “Sunday Roast”
É som #gostosinho. Indiezinho violão, som limpo limpo, e a voz dela é boa mesmo de tar ouvindo. Bateu legalzinho.

----AS RUINS----

Essa semana eu não ouvi som ruim, não. Graças.

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