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Noisey

Rica Pancita analisa os lançamentos da sexta #73

Até que foi uma semaninha ok, viu?

E ae simpatia.

Semana bem suave de lançamentos. Não teve lá taaaaanta coisa relevante assim, e o que teve foi até que bom. Sempre fica uma lista de coisas que devia ouvir mas não deu tempo, então hoje vou fazer uma análise de um disco que não ouvi. Com certeza não sou o primeiro a fazer isso, mas enfim.

----DISCO QUE NEM FIZ QUESTÃO DE OUVIR MAS VOU FALAR MESMO ASSIM----

Rae Sremmurd - SR3MM

Disco com 1 hora e 41 minutos de duração. Tá louco que ia ouvir tudo isso. Passei rapidão por todas as faixas, dando uma média de 1 segundo de audição pra cada. O que não é trap é reggaeton, ou é Imagine Dragons. É isso o disco. Economizei 1h e 40 min da minha vida.

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Agora vamos pras que eu ouvi de fato.

----AS QUE DE FATO OUVI E GOSTEI BEM----

Dirty Projectors - “Break-Thru”
O cara já fez um disco #top ano passado e quem sabe vem outro #top aí. Porque o single é #top. O nosso David pra fazer uns timbres diferentes é campeão. Então soa uma “música do Dirty Projectors” ao mesmo tempo que soa algo muito novo. Isso daí é talento & técnica.

Kanye West - “Lift Yourself” e “Ye vs. the People”
Num tô aqui pra analisar contexto e que que o cara faz ou num faz na vida. Me importa zero. “Ah ele falou umas coisa”, aí é com ele e com quem se importa. Então seguinte: “Ye vs. the People” o cara tem muito papo aí, tá cheio de coisas pra falar, e fala em cima de uma base fixa que não varia em momento nenhum, ficando meio cansativo de ouvir e nada do que ele tiver falando vai deixar menos cansativo de ouvir. “Lift Yourself” já tem uma base mais legal, mas lá num falou muito não. E é uma base boa (bem boa) mas não é também “uouuu que gênio”, a molecada que tem MPC em casa faz bonito assim também. Mas é boa.

Christina Aguilera - “Accelerate”
Foi uma reação meio estranha, porque a música não bateu de primeira, ao mesmo tempo que a música #bateu de primeira. A melodia no tecladinho é muito (MUITO) boa, e o vocal da Christina encaixou perfeitinho.

Aí entra o trap. Eeeeeeeee o trap. Eu gosto muito de trap. Trap e pizza são as coisas que eu mais gosto.

Aí volta pro tecladinho, mas não volta #naquela mesma energia do começo. Mas volta. Mas eu também acho que fiquei meio PÁ mais pela total mudança da Christina do que pela música exatamente. Porque a música é bem boa sim.

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MC Kevinho - “Papum”
A fusão do funk com o pagode baiano não teve um ainda que deu errado, é impressionante. Tudo que veio que juntou os dois ficou maneiraço. Essa ficou maneiraça. Eu, sinceramente, vou falar que não curto muito a voz do Kevinho não. E mesmo assim, música maneiraça. Estou fazendo um joinha aqui.

Belo - “Perfeita pra Mim”
Fico impressionado com o Belo tá a tanto tempo na pegada do romântico. Deve ser o cidadão que mais ama no Brasil. Amor pra caralho. Vem com mais uma baladinha bem do romântico, bem da suave, coralzinho e batida #charm. Tá bom esse som aí.

Heavy Baile - Carne de Pescoço
Bom, os singles eu já falei dos singles então vamos pular essa parte e ver o que sobra. “Só Joga” foi uma que bateu fudido na hora que ouvi. As outras não bateram não. Mas são boas sim. Mas não são pra mim, eu sou velho, eu não vou em festa, eu vejo transmissão ao vivo de festival de música na tv daí quando vai pro palco de eletrônico e eu vejo que tem uma multidão pra um DJ que nunca ouvi falar eu penso “mas carai quem que é esse DJ aí que tem mó galera pra ver?” Isso aí sou eu. Mas no geral o disco é bom. Esse disco inteiro é uma ótima trilha pra uma festa muito descolex ao qual eu vou ficar no canto meio desconfortável achando que não devia tar ali e era melhor beber em casa mesmo, que é confortável e a cerveja não é R$10,00.

Matt and Kim - Almost Everyday
A impressão que deu é que eu já tinha escutado o disco inteiro já, de tanto single que saiu Alguns eu falei aqui na coluna, alguns não. Mas enfim, o disco em geral é bem bonitinho, bem tchubaruba, bem musiquinha de gente feliz, mas não é tipo “musiquinha de gente feliz no supermercado”, é mais pra “musiquinha de gente feliz na hamburgueria”. Curtinho, tem menos de 30 minutos, cê ouve e nem sente o tempo passar.

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Eleanor Friedberger - Rebound
Rapaz eu comecei a ouvir, aí fui ouvindo, aí ouvi mais, aí acabou o disco. E foi isso. Tive que repassar o que ouvi porque nem prestei atenção direito. São várias baladinhas lentinhas bonitinhas vocal maneiro, mas pra focar só na audição do disco eu acho difícil. Em algum momento você desencana e deixa lá tocando, enquanto faz outra coisa da vida. Então é uma boa trilha lentinha pra qualquer outra coisa que você esteja fazendo.

Kamaal Williams - “High Roller”
Jazzinho instrumental Ed Motta. Eu fiquei mentalmente fazendo os improviso do Ed Motta enquanto ouvia. Durum papum bleeein durururudããããã papa piriiuuuuummm dãdãdaummmm. Foi assim e foi daora ser assim.

----AS QUE OUVI DE FATO E TÃO BOAZINHAS TAMBÉM----

LSD - “Genius”
Labirinth, Sia, Diplo = L.S.D…. Ah, pelamor hein meu. Mas beleza, vou ignorar essa parte. EDM que tanto faz viu. Puta Chainsmokers da vida esse som aí. E olha que tem a Sia, acho a voz dela incrível de tudo, porém incapaz de transformar uma produção qualquer nota em algo que vá ter algum destaque na nossa vida. Essa música não vai. Okzinha boazinha (por causa da Sia só).

Enrique Iglesias - “Move To Miami”
Parafraseando Silvetty Montilla, quando eu vi que tinha um single de Enrique Iglesias FEAT. Pitbull logo pensei “vem coisa boa aí”.

E não veio coisa boa não. Veio esse EDM latino meio reggaeton que tá pra lá de manjado já tamanha a quantidade de EDM latino meio reggaeton que saiu no último ano. Esse é só mais um. Boazinha, mas nada de mais.

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Florence + The Machine - “Hunger”
É esse popzinho que ela + a banda dela já fazia antes. Mudou nada, surgiu nada, nada acontece. É boazinha de se tiver tocando em algum lugar aí ok. Mas é isso só.

Shawn Mendes - “Youth”
Baladinha EDM de violão. Manja esses tipo? É esses tipo. Tem boa saída nas rádios do Brasil. É bonitinha até, mas tem nada de especial não.

Far From Alaska - “Iron Lion Zion”
Rock #stoner bem feitinho mesmo, rola até uma melodia reggueira que eu não soube identificar qual instrumento era aquele, acho que era uma guitarra. Cê viu que as guitarra Gibson MORREU? Morreu. Mas enfim, a música é boa, só que é de um estilo que eu gosto pouco (não gosto).

Elza Soares - “Deus Há de Ser”
Faixa modernex aí, caixa batendo rapidão, umas batida eletrônica, tecladinho, e a caixa lá. Ficou boa. Outras questões eu vou guardar pra mim mesmo. Termina com uns bons 40 segundos de puro SILÊNCIO que até jogaria uma grana apostando que foi erro de quem subiu a faixa.

----AS QUE REALMENTE NÃO DÁ MAIS----

Detonautas Roque Clube - “Por Onde Você Anda?”
Pop rock BR voz e violão. Chato, manjado, cafona até umas hora. Nossa senhora essa música.

Travis Scott - “Watch”
Sinceramente coloquei aqui só pra avisar a algum interessado que saiu essa música aí. Que que eu tenho pra falar sobre essa música? Nada. Quem se importa ouve, quem não se importa não ouve.

Desiigner - L.O.D.
Ah mano. Yeah yeah yeah. Trap trap trap. Yeah yeah yeah. Skrrt skrrt skrrt. Yeah yeah yeah Prrrrrrrrrrrrrrrááá. Yeah yeah yeah. Cash cash cash. Yeah yeah yeah (prrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrá). 20 minutos de duração. Como vocês ainda aguentam eu não faço idéia.

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