Os Sapeurs de Kinshasa

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Os Sapeurs de Kinshasa

La Sape emergiu nos anos 60 em Brazzaville, na República do Congo, como um estilo de indumentária que combina elementos do dandismo colonial com detalhes extravagantes numa tentativa de referência e resistência.

Cerca de cinco anos atrás, o fotógrafo de KinshasaYves Sambu se viu no cemitério do distrito de Gombe assistindo a uma cerimônia de tributo ao fundador do movimento La Sape, Stervos Niarcos Ngashie. La Sape emergiu nos anos 60 em Brazzaville, na República do Congo, como um estilo de indumentária que combina elementos do dandismo colonial com detalhes extravagantes numa tentativa de referência e resistência. Desde então, o movimento se espalhou por outras cidades, como Kinshasa e Paris.

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"Eu me interesso pelo La Sape há anos, mas nunca fui realmente um sapeur", explicou Sambu. "Eu estava trabalhando numa série fotográfica sobre cemitérios quando cruzei com um evento em homenagem a Stervos Niarcos. Fiquei fascinado com o contraste gritante entre as roupas dos sapeurs e a arquitetura do cemitério, e senti que tinha de registrar isso." O resultado é uma série de retratos de sapeurs que Sambu intitulou Vanité Apparente ["Vaidade Aparente"].

"Através das minhas fotografias, eu também queria mostrar que essas não são apenas pessoas cheias de estilo – suas roupas são uma ferramenta que permite que eles expressem sua mentalidade e seus compromissos políticos", disse Sambu.

Vanité Apparente está em exposição no Palais de Tokyo em Paris, França.

Tradução: Marina Schnoor